Paim diz que governo indicou Pfizer para reforço da Janssen; Ministério da Saúde nega
por Anderson Ramos / Gabriel Lopes

Com a instituição da segunda dose para a população que recebeu a vacina da Janssen contra a Covid-19 - antes administrada em dose única -, o Ministério da Saúde estabeleceu, no final de novembro, que a dose reforço do imunizante deve ser aplicada com intervalo de dois a seis meses após a primeira aplicação. À época, a pasta recomendava que os mais de 4 milhões de brasileiros tomassem outra dose da Janssen.
Em alguns municípios da Bahia, a Pfizer também tem sido usada como dose de reforço para esse público, confirmou a secretária da Saúde do Estado, Tereza Paim. Segundo a titular da Sesab, a recomendação atende a uma nota técnica emitida pelo Ministério da Saúde recentemente, de que "pessoas que tomaram a segunda dose como Pfizer são consideradas como dose já de reforço".
"Nós tivemos aqui no estado da Bahia uma ‘CIB de vacinas’ e fizemos essa recomendação antecipadamente por conta ainda da não identificação exata da remessa da Pfizer, isso mais de duas semanas atrás, para que as pessoas não tivessem mais do que cinco meses de intervalo, como medida protetiva e emergencial. Considerando todos os agravos que nós temos vivido, fizemos a recomendação do uso da Pfizer para quem tomou Janssen há mais de cinco meses. Agora, só vem reforçar com essa pauta do Ministério da Saúde", disse Paim ao ser questionada sobre o tema pelo Bahia Notícias.
"Agora, quem tomou Janssen e tem a oportunidade tomar a segunda dose Janssen está tudo certo também. Esse que é o ponto chave, precisa se tomar dose de reforço. Ou a segunda dose. Porque daqui a seis meses provavelmente vai tomar vacina", acrescentou a secretária.
Na resolução (nº 246) citada por Tereza Paim, a Comissão Intergestores Bipartite-BA (CIB) aprova a proposta para aplicação do imunizante. No documento, a CIB afirma que a "dose de reforço deve ser aplicada com a Janssen e na indisponibilidade desta, alternativamente com a Pfizer ou AstraZeneca, proporcionalmente ao quantitativo de doses disponíveis".
Ainda no texto, a comissão discorre sobre "utilizar a vacina Coronavac como dose de reforço da Janssen mediante apresentação de atestado médico".
O BN também procurou o Ministério da Saúde para saber se a pasta prevê o uso da Pfizer neste caso e as últimas atualizações sobre a administração da Janssen no país. Em nota, no entanto, o MS manteve o posicionamento de que a dose de reforço deve ser do mesmo imunizante, entre dois e seis meses após a primeira aplicação, diferente do que ficou definido na resolução da CIB.
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