Prates cobra distribuição de doses com base na população em grupo do Ministério da Saúde
Por Jade Coelho
O secretário da Saúde de Salvador, Leo Prates, reclama que não está havendo equidade na distribuição de vacinas contra a Covid-19 para as capitais. O gestor pleiteou nesta terça-feira (15), num grupo de Whatsapp com secretários da Saúde de capitais e representantes do Ministério da Saúde (MS), que a pasta mude o critério para envio de remessas e passe a fazer a distribuição proporcional baseada na população.
Leo respondeu a um questionamento sobre a definição de uma data para o fim da vacinação no estado de São Paulo, anunciado no domingo (13) pelo governo do estado, justificando que “para haver comparação tem que haver igualdade, esse é um dos princípios do SUS”.
“Não quero politizar algo que é técnico e eu estou trazendo um elemento técnico para o debate. Já que 25 capitais já adotaram o critério por idade, a distribuição de doses deveria ser pela proporção da população”, argumentou Leo durante entrevista ao programa Jornal da Bahia no Ar, da rádio Metrópole.
O titular da SMS chamou a atenção para o fato de que algumas capitais estão com com 79,7% da população imunizada, enquanto Salvador está com 45,2%, mesmo sendo a terceira capital do Brasil mais avançada na imunização contra a Covid-19. “Me explica aí se tem equidade e como é que isso acontece?”, questionou Leo Prates ao citar como exemplo São Luís, no Maranhão, que já está vacinando a população com 24 a 29 anos.
Prates ainda sugeriu que além da adoção da distribuição proporcional baseada na população, os municípios que receberam mais vacinas tenham doses abatidas em novas remessas até que toda a população esteja no mesmo patamar.