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Ministério assina acordo para comprar 20 mi de doses de vacina ainda sem registro da Anvisa

Ministério assina acordo para comprar 20 mi de doses de vacina ainda sem registro da Anvisa
Foto: Governo de São Paulo

O Ministério da Saúde firmou um contrato apara aquisição de vacinas contra a Covid-19 Covaxin, desenvolvida pela Precisa Medicamentos/ Bharat Biotech. O imunizante ainda não tem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nem teve os dados de eficácia divulgados. De acordo com a informação divulgada pela pasta nesta quinta-feira (25), 20 milhões de doses estão previstas no contrato.

 

A previsão é de que um lote com 8 milhões de doses cheguem ao Brasil em março, segundo o governo.  Em abril mais 8 milhões devem chegar e em maio outros 4 milhões.

 

O valor do contrato é de R$ 1,614 bilhão.

 

Mas para que a vacina possa ser usada no Brasil, a Anvisa precisa analisar a eficácia e aprovar o uso emergencial ou o registro final do imunizante. Até o momento duas vacinas foram aprovadas de forma emergencial e já estão sendo aplicadas na população, a Coronavac (Butantan/Sinovac) e a Covishield (Fiocruz/Oxford/Astrazeneca). A Anvisa concedeu nesta semana o registro final para a vacina da Pfizer.

 

O Ministério da Saúde planeja ter metade da população brasileira vacinada até julho, mas o percentual da população vacinada, até esta quinta, é de 2,99%.

 

Reportagem do Estadão ressalta que a assinatura do contrato é resultado de uma forte pressão e lobby para que o governo facilitasse a compra das vacinas Covaxin e da Sputnik V, da Rússia. No último sábado, o Ministério da Saúde publicou a dispensa de licitação para a compra dos dois imunizantes, que ainda não têm uso autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

A gestão de Jair Bolsonaro tenta reduzir a dependência da Coronavac para a campanha de vacinação, pois o imunizante de origem chinesa é associado ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), adversário político do presidente.

 

Ainda conforme a reportagem, a empresa Precisa é sócia da Global, uma firma que tem uma dívida de R$ 20 milhões com o Ministério da Saúde por medicamentos não entregues em 2017.