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Primeiras vacinadas, baianas comemoram: 'Não sabia se ria ou chorava'

Por Jade Coelho

Primeiras vacinadas, baianas comemoram: 'Não sabia se ria ou chorava'
Mª Angélica é enfermeira no Icom | Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias

A primeira profissional da Saúde vacinada contra a Covid-19 na Bahia, a enfermeira Maria Angélica de Carvalho Sobrinha, de 53 anos, ficou sabendo na segunda-feira (18) à tarde que seria imunizada. Foi um dia comum de trabalho até que às 16h ela recebeu ligação da diretora do Instituto Couto Maia, Ceuci Nunes, com a notícia. 

 

A enfermeira atua na linha de frente da pandemia, é servidora do Couto Maia, hospital de referência em doenças infecciosas na Bahia, e no início da pandemia também atuava no Hospital da Cidade. 

 

Na manhã desta terça-feira (19), já vacinada, Maria Angélia se comoveu. "Não sabia se sorria ou se chorava, pela emoção mesmo", disse após a cerimônia simbólica que marcou o início da imunização contra a Covid-19 na Bahia, no santuário das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), na capital baiana.

 

Estiveram presentes o governador Rui Costa, o prefeito de Salvador Bruno Reis (DEM), os secretários de Saúde do município Leo Prates e do estado Fábio Vilas-Boas, além de representantes da Osid.

 

"Esse momento é muito importante para a humanidade, os baianos e para os profissionais da saúde. É muito difícil quando você vai trabalhar numa coisa que você ama, e sabe que você pode ser vetor para a sua família, e também para todas as pessoas no trajeto por onde  você passa", disse Maria Angélica. 

 

Além dela, outras três pessoas foram vacinadas pelo próprio secretário Fábio Vilas-Boas, que é médico, durante a cerimônia. Dona Lícia Pereira Santos, idosa de 86 anos que mora, desde 2014, no Centro de Geriatria das Obras Sociais de Irmã Dulce; a representante da população indígena Deisiane Tuxá; e o médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Uenderson Barbosa.

Uenderson Barbosa é medico do Samu | Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias

 

Deisiane é natural de Rodelas, no interior do estado. Ela trabalha em Salvador no Distrito Especial Indígena da Bahia, local responsável pela atenção à Saúde Básica das populações aldeadas indígenas do estado. O distrito em que Deisiane atua é responsável por 135 aldeias.

 

"Agradeço a felicidade de estar aqui hoje, de representar não só o meu povo Tuxá, mas todos os povos da Bahia. Temos mais de 30 mil indígenas, e esse momento é histórico. É preciso que a gente acredite na vacina, em dias melhores", disse após receber a primeira dose da vacina Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. 

 

Deisiane Tuxá foi a primeira indígena vacinada na Bahia | Foto: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias

 

"Claro que temos que manter todas as medidas de cuidado, mas acreditar que esse momento de avanço é positivo", completou Deisiane.