Melhor prevenção contra Covid-19 é 'não se infectar' e não relaxar, alerta médica
por Jade Coelho

O crescimento no número de internações de crianças por causa da Covid-19 está associado à flexibilização das atividades e ao fato da população estar se descuidando. A avalição é da infectopediatra especialista em medicina de viagem Anne Galastri. A médica foi a entrevistada desta terça-feira (5) no Isso é Bahia, programa da A Tarde FM em parceria com o Bahia Notícias.
Segundo ela, as crianças ficaram muito tempo em casa durante alguns meses, mas com a retomada de atividades elas passaram a circular mais, e consequentemente se expuseram mais ao vírus. “No momento que existe flexibilização é comum que aconteça aumento de casos e as crianças voltem a ficar doentes”, argumentou.
A Bahia registava até esta segunda-feira (4) 36 mortes de crianças de zero a nove anos pela Covid-19. A especialista reconhece que não há como comparar os números com os registros de morte entre os adultos, mas que ele deve servir como alerta.
“É um número ínfimo perto do global que aconteceu pela Covid-19. Mas isso não é pra ignorar. Precisamos de atenção, manter os cuidados. Quantas vezes nós não vimos nesses últimos dias todos sem higiene, respeitar distanciamento?”, questionou.
Na opinião da médica, a nova escalada dos casos não é falta de conscientização. “As pessoas não estão mais sabendo lidar, acham que tudo bem se infectarem, mas quando elas se infectam, eu posso ser infectada, você, minha avó. As pessoas estão esquecendo como é viver em sociedade”, lamentou Anne Galastri.
Durante a entrevista a especialista também explicou o motivo pelo qual as crianças não são incluídas nos testes clínicos e não estão entre as prioridades para a vacinação contra a Covid-19. “As crianças até o momento na maioria das vacinas ainda não são testadas. Isso ocorre porque precisamos de vacina rápido e que basicamente diminuam óbitos, risco de UTI, e por isso estudos iniciais são para adultos, idosos e pessoas com doenças crônicas. As crianças devem ser incluídas na próximas fases”, disse.
Diante disso a médica foi categórica: “A prevenção é não se infectar”.
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