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Estudo com 76 pessoas aponta resposta imune duradoura de vacina russa contra Covid-19

Estudo com 76 pessoas aponta resposta imune duradoura de vacina russa contra Covid-19
Foto: Divulgação

A "Sputnik V", vacina produzida pela Rússia contra a Covid-19, induziu resposta imune em um estudo com 76 pessoas. A pesquisa foi publicada nesta sexta-feira (4), na revista "The Lancet", uma das mais importantes do mundo.

 

Segundo a coluna Bem Estar, do G1, além da resposta imune, o produto do país europeu também não causou efeitos adversos nos participantes após 42 dias que eles o receberam.

 

Os resultados da pesquisa também apontaram que a vacina produz resposta das células T, responsáveis por destruir células infectadas por um vírus, em até 28 dias.

 

Ainda assim, cientistas russos reconhecem que é preciso fazer mais testes para comprovar a eficácia da vacina.

 

Isso porque o estudo não utilizou um grupo de controle, que são as pessoas que recebem um placebo, para comparar com quem recebeu a vacina. "Produzir anticorpos não sifnifica que tem proteção, significa que tem resposta imune. Só vai saber se dá proteção se tiver dois grupos, e ver quais pessoas se infectaram com e sem a vacina", afirma a médica epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Instituto Sabin de Vacinas.

 

Além disso, só participaram do estudo jovens com idades entre 20 e 30 anos, quando idosos acima de 60 são aqueles que representam o grupo de risco do novo coronavírus.

 

A vacina ainda precisa passar pela fase 3 de estudos clínicos, e até o momento é alvo de desconfiança da comunidade internacional. "Teria sido ótimo se tivessem feito da seguinte maneira – publicado esses resultados e passado para a fase 3. Passar para a vacinação em massa sem fase 3 é desastroso. Se há um efeito adverso que é de 1 em cada 100 pessoas, eles testaram só 76" lembra Garrett.

 

A expectativa do diretor do Fundo de Investimento Direto Russo, Kiril Dmitriev, é de que a tecnologia para a vacina começar a ser produzida no exterior seja liberada em novembro.

 

No Brasil, há um acordo entre o governo do Paraná e o país europeu, e o estado vai pedir o registro do imunizante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em pelo menos dez dias, para os testes começarem no mês que vem.