MPF faz recomendação de combate à violência obstétrica na Maternidade Climério de Oliveira
Uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF) ao superintendente da Maternidade Climério de Oliveira requer a adoção, de modo imediato, de medidas de combate à violência obstétrica na unidade de saúde da capital baiana. O documento foi publicado em 6 de agosto, e nele consta o prazo de 30 dias para que o gestor informe sobre o acatamento das medidas.
Segundo o MPF, a partir da instauração de inquérito em 2017, o órgão ouviu depoimentos de pacientes sobre condutas de violência obstétrica em atendimentos, consideradas ilegais e rejeitadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), entre elas a realização de manobra de Kristeller, quando membros da equipe pressionaram a barriga de uma paciente enquanto ela fazia força; violência verbal; e até proibição de acompanhante.
De acordo com o procurador da República Edson Abdon Peixoto Filho, a situação na Maternidade Climério de Oliveira não é um fato isolado. Ele apontou que casos de violência obstétrica encontram reforço no senso comum de que ao dar à luz em uma maternidade pública brasileira, a parturiente já deve estar preparada para se submeter a diversas formas de violência física e verbal.