Governo de São Paulo pode fechar maior fabricante pública de remédios do país
O governo de São Paulo, através da Secretaria Estadual de Saúde, está analisando a possibilidade de fechar a Fundação para o Remédio Popular (Furp) de São Paulo, a maior fabricante pública de medicamentos no País, segundo o Estadão.
A informação foi confirmada pelo secretário de Saúde, José Henrique Germann Ferreira, em depoimento à CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que investiga suspeitas de irregularidades no órgão.
As duas fábricas de remédios da Furp poderão ser repassadas para a iniciativa privada ou até serem desativadas.
Ferreira explicou que o motivo são os prejuízos na fundação. “A alternativa principal para a secretaria é a seguinte: se esta situação (prejuízo milionário) se consolida dessa forma, como estamos antevendo, a Furp deve parar de produzir remédios” disse Germann Ferreira.
Conforme apurado pelo Estadão, a Furp tem um total de R$ 100 mihões em dívidas, a maior parte devido a um contrato assinado com a Concessionária Paulista de Medicamentos (CPM) para administrar a fábrica de Américo Brasiliense. Esse contrato fez com que o governo pagasse até sete vezes mais por remédios fornecidos pela concessionária, na comparação com o valor de mercado, como mostrou reportagem do Estado em maio.