Wagner culpa 'política de dolarização' por greve e pede saída do presidente da Petrobras

Na avaliação do ex-governador Jaques Wagner (PT), a greve dos caminhoneiros é fruto do "desastre da política de preços da Petrobras". O petista acredita que a direção da empresa, que hoje é de economia mista, trabalha com o intuito de destruir a Petrobras para depois vendê-la. "A política de dolarização do combustível, que a gente nunca adotou, muito menos o do presidente Lula e da presidenta Dilma, que foi adotada agora, ela só tem um interessado: os grandes investidores, os ricos que têm muitas ações da Petrobras. O que eles estão fazendo é garantir pra depois vender", analisou durante a inauguração da policlínica de Feira de Santana, que acontece na manhã desta segunda-feira (28). Como exemplo ao quadro de greve que se estende por todo o Brasil, o ex-governador citou o caso da Refinaria Landulfo Alves, na Bahia. De acordo com ele, a refinaria opera com 50% da sua capacidade, o que reflete a política de deixar de produzir para importar diesel de outros países. "Eu estou sentindo que a gente vai ter que lançar de novo o movimento que aconteceu em 1950, eu não era nem nascido, que nasci em 1951. A gente descobre um patrimônio nacional como o pré-sal, eles mudam a lei pra favorecer o pessoal de fora e agora eles estão praticamente derrubando as nossas refinarias, então está na hora da gente defender a mudança da direção da Petrobras", reforça. O coro é endossado pelos próprios petroleiros que ameaçam entrar em greve de advertência na próxima quarta-feira (30). Além da saída do presidente da instituição, Pedro Parente, eles podem a diminuição dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha (saiba mais aqui). Quanto à greve dos caminhoneiros, iniciada na última segunda-feira (21), a categoria pede a diminuição dos impostos sobre o diesel, a criação de uma tabela de frete, entre outras reivindicações.