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Sesab rompe contrato com Martagão Gesteira e afeta atendimento, denuncia Cremeb

Sesab rompe contrato com Martagão Gesteira e afeta atendimento, denuncia Cremeb
Foto: Divulgação

O Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) denuncia a rescisão abrupta do contrato da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) com o Hospital Martagão Gesteira. Segundo o Cremeb, o rompimento do contrato vai impactar no atendimento a crianças. De acordo com informações do Conselho, o tempo ideal para realizar uma cirurgia de fratura infantil é de 72 horas após a lesão. Até então, o hospital garantia a realização do procedimento para população em 48 horas após o primeiro atendimento. Mas, conforme diz o conselheiro Fernando Cal Garcia, com a ruptura do contrato, a rede pública poderá levar até 15 dias para marcar as cirurgias. O Martagão Gesteira é o único hospital infantil ortopédico e traumatológico da Bahia, com uma equipe de profissionais treinada na assistência à criança. O Cremeb afirma que o rompimento do contrato se deu pelo fato da Sesab acreditar que o Hospital do Subúrbio pode assumir essa demanda. O órgão lembra ainda que nos últimos dois dias foram noticiadas que crianças com fraturas aguardam uma vaga na Central de Regulação, que tem uma fila atual de 1,4 mil pessoas, com apenas 150 vagas por dia. "A nossa esperança é que essa medida seja revista e que a criança portadora de fratura possa ser tratada de forma ética e correta", pontua o conselheiro Fernando Cal. "Além do agravo às cerca de 120 crianças atendidas por dia, o Martagão tem a sua especialidade justificada com os projetos de residência médica com 10 preceptores, ponto de estágio supervisionado, equipamentos e estrutura focados no atendimento infantil e o cumprimento de oito turnos cirúrgicos por semana", enfatiza o conselheiro. O Conselho ainda afirma que pode haver demissões. O conselheiro do Cremeb Otávio Marambaia ainda alerta para os déficits que podem ocorrer por limitações orçamentárias nas áreas de cirurgia cardíaca e neurocirurgia, além da área de otorrinolaringologia do Martagão Gesteira. “O serviço do hospital tem propiciado atendimento aos pequenos pacientes, mas encontrado muita dificuldade devido à restrição de verbas o que impede, por exemplo, o internamento para cirurgia em número necessário para evitar formação de grandes filas. No momento, mais de 100 crianças sofrem na espera de uma vaga para realizar procedimento cirúrgico de adenoides e amígdalas”, afirma ele. O caso será encaminhado ao conhecimento do Ministério Público do Estado da Bahia pela própria Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil – Hospital Martagão Gesteira. “Destacamos que nos encontramos abertos a negociações com o Estado da Bahia para futuras negociações quanto ao atendimento ortopédico e aos demais contratos citados acima, de forma a mantermos nossa missão quanto ao atendimento de qualidade para as crianças que necessitam de atendimento especializado”, conclui.