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Conselho de Fisioterapia é alvo de inquéritos sobre corrupção e nepotismo

Conselho de Fisioterapia é alvo de inquéritos sobre corrupção e nepotismo
Foto: Divulgação

O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Bahia (Crefito-7) é alvo de, pelo menos, quatro processos no Ministério Público Federal (MPF). De acordo com o advogado Mario Scaldaferri, que representa um grupo de fisioterapeutas, um mesmo grupo político se alterna no comando da entidade há cerca de 30 anos e é acusado de uma série de irregularidades. "O problema não é só a falta de alternância, mas também a malversação dos recursos. Existem quatro inquéritos civis que tramitam no Ministério Público Federal. São denúncias que foram feitas por nós para apurar essas irregularidades, que vão de nepotismo a má utilização dos recursos", afirmou em entrevista ao Bahia Notícias. Com a proximidade das eleições do Crefito-7, que acontece no próximo domingo (25), os fisioterapeutas acreditam ser necessário que toda a classe compreenda as questões que permeiam o processo. Os inquéritos investigam o pagamento irregular de diárias e gratificações a conselheiros, funcionários e colaboradores; irregularidades na contratação de um escritório de arquitetura; irregularidades na contratação de um escritório de advocacia; não cumprimento da Lei de Acesso à Informação; e nomeação de parentes como colaboradores. No entanto, o defensor questionou a impossibilidade de acompanhar os processos, já que correm em segredo de Justiça. "Todo e qualquer profissional deveria ter acesso a essas informações", pontuou Scaldaferri. "A nossa dificuldade hoje é demonstrar para a categoria que aqueles dirigentes não têm um perfil, ainda mais em uma época na qual se discute tanto a corrupção no país. A gente vê pessoas que estão em uma esfera muito maior serem condenadas, então por que não esses que estão em uma esfera menor?". Atualmente, o Crefito-7 tem uma receita anual de aproximadamente R$ 8 milhões, fruto da anuidade de mais de 9 mil profissionais. "A nossa luta hoje é que os profissionais tenham conhecimento e que o Ministério Público Federal possa rever o posicionamento para que esses inquéritos fiquem disponíveis, até porque são denúncias graves. A gente percebeu que um volume muito grande de dinheiro está sendo utilizado de forma indevida", ressaltou o advogado. Scaldaferri ainda criticou a falta de transparência da entidade, que começou a divulgar a prestação de contas apenas em agosto de 2017.