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Bahiafarma quer se consolidar como produtor de insulina para Brasil e países vizinhos

Por Renata Farias

Bahiafarma quer se consolidar como produtor de insulina para Brasil e países vizinhos
Ronaldo Dias | Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

Após registro concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para produção e distribuição de insulina em território nacional (veja aqui), a Bahiafarma "quer se formatar como um player de insulina", afirmou o presidente da empresa, Ronaldo Dias. Em entrevista ao Bahia Notícias, ele explicou que o acordo para produção partiu do próprio Ministério da Saúde, provavelmente devido ao trabalho realizado na fabricação de testes rápidos de arboviroses, como zika e chikungunya. "O ministério acredita hoje que produtos estratégicos devem ter uma produção nacional e essa produção deve ter condição de concorrer para que o preço para o SUS [Sistema Único de Saúde] seja o menor possível", explicou. "Acho que, em virtude do bom trabalho do teste de diagnóstico, começamos a ter oportunidade de ter outros projetos junto ao ministério e começamos a discutir essa possibilidade da insulina", acrescentou. O projeto é fruto de uma parceria entre a Bahiafarma e a empresa ucraniana Indar, uma das líderes mundiais na fabricação de insulina, e prevê a instalação de uma fábrica na Bahia. "A gente está em discussão sobre o projeto. Acredito que deva começar [a construção da fábrica], se não esse ano, no início do ano que vem", pontuou Dias. Ainda assim, a previsão é que ainda em outubro deste ano a estatal baiana já inicie o fornecimento de insulina para o SUS. O gestor acredita que, no futuro, a Bahia dominará todo o processo de produção. "A gente quer dominar a tecnologia em território nacional, fazer até a produção do IFA [Insumo Farmacológico Ativo], fazer todo o processo da insulina aqui na Bahia. A tendência é que instale a fábrica e domine toda essa tecnologia aqui no estado", ressaltou. A princípio, toda a produção será adquirida pelo Ministério da Saúde, representando 50% do estoque nacional. O restante seria produzido pela atual fornecedora, a mineira Fundação Ezequiel Dias (Funed). A expectativa é que a produção se amplie e a Bahiafarma passe a fornecer insulina para países vizinhos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil tem aproximadamente 18 milhões de diabéticos, dos quais 600 mil são portadores de diabetes tipo 1, ou seja, dependentes de insulina.