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Americano injetou vírus de HIV em filho há 25 anos

Americano injetou vírus de HIV em filho há 25 anos
Foto: Reprodução / BBC
O pai de Brryan Jackson se aproveitou de uma internação hospitalar do filho por causa de uma asma para injetar o vírus HIV na corrente sanguínea do filho. Para piorar a situação, o pai, que era técnico de hematologia, sequer usou o mesmo tipo de sangue do bebê, o que provocou uma reação imediata, e severa, no organismo do bebê, que foi atribuída pelos médicos aos efeitos da asma.  Segundo Bryan, que agora possui 25 anos, o pai foi para a Primeira Guerra do Golfo em 1991 e, quando ele voltou, as atitudes em relação à ele haviam mudado. “Ele começou a dizer que eu não era seu filho e como estava se separando da minha mãe, estava preocupado com o pagamento de pensão", contou Jackson, durante entrevista ao programa "Outlook", do Serviço Mundial da BBC. Quando os médicos descobriram a situação, decretaram que Jackson só tinha cinco meses de vida pela frente. Não apenas o temor pelos efeitos da doença assombravam os médicos, como também os efeitos do coquetel de remédios que ele precisava tomar para tentar manter o vírus sob controle. Hoje, com 25 anos e com a doença sob controle, Brryan Jackson se transformou em palestrante motivacional e criou uma ONG, a Living With Hope (Vivendo com Esperança), para promover maior compreensão sobre a doença e estimular solidariedade com portadores do vírus. Mesmo com algumas sequelas do tratamento, como audição afetada e fala prejudicada, Jackson criou a ONG para encorajar e ajudar outras pessoas que passam pelos sintomas e efeitos da doença. “Quando criança, eu não era convidado para festas de aniversário. As outras crianças me insultavam. Mas essa era a realidade do HIV nos Estados Unidos nos anos 90. Havia muita desinformação. Comecei a achar que não havia mais espaço para mim neste mundo", lembra. Jackson cogitou o suicídio, mas optou pela religião. A conversão ao Cristianismo fez com que decidisse perdoar o pai, Brian Stewart, que foi condenado à prisão perpétua em 1998. Em entrevistas à mídia americana, disse rezar pelo pai. No entanto, adotou uma grafia pouco usual para seu nome justamente para diferenciar-se do pai e evitar o assédio da imprensa. Jackson diz que nunca teve contato com o pai depois do acontecido. Mas ele poderá ficar frente a frente com ele ainda este ano, quando uma junta examinará um pedido de liberdade condicional. O filho pretende ler um comunicado em que recomenda que o pai continue preso. Segundo Jackson, sua rotina médica hoje já não envolve mais andar com sondas pelo corpo, como nos tempos de escola. As 23 pílulas diárias hoje são apenas uma, embora de três em três meses ele precise ir ao médico para checar seu sistema imunológico.