Bahia tem 31 profissionais de saúde infectados por HIV e hepatite após acidentes ocupacionais
por Estela Marques

“Está tendo muito acidente com perfuro[cortantes], muitos hospitais ainda não estão seguindo a norma de segurança do trabalho [a NR 32] e, por não seguirem, nossos profissionais estão expostos, usando seringas e agulhas comuns”, explicou. De acordo com a especialista, o ideal é que os profissionais de saúde utilizem equipamentos e medidas de segurança, por exemplo, uma seringa que não permite o contato com a agulha contaminada [veja foto]. “O preço é um pouco maior, porém, quando vê os benefícios, o preço é um investimento. Um profissional doente gera um custo para a instituição, fora o fator emocional. Quando profissional tem acidente com agulha ou seringa contaminada, ele precisa ser afastado, tomar medicação, profilaxia. Isso gera um transtorno enorme e ele corre risco de contrair HIV, hepatite, mais de 20 patologias transmitidas pelo sangue”, acrescentou.
Os riscos ainda esbarram no desrespeito dos hospitais à Norma Regulamentadora 32, que estabelece as diretrizes básicas de implementação das medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores. Além disso, o Ministério Público do Trabalho, competente na fiscalização e até punição das unidades que cometem tais irregularidades, não acompanha a situação com frequência. “O hospital fica esperando a fiscalização, levar advertência para depois procurar se adequar à norma, sendo que deveria ser pensado não seguir a norma, mas proteger a saúde do trabalhador, que está na linha de frente, mas adoece na sua profissão”, acrescentou. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) foi procurada para confirmar os dados, mas até o fechamento da reportagem não tinha informações sobre o assunto. (Atualizado às 08h08)
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