Dia Mundial: Mercado para Terapia Ocupacional está longe da saturação, avalia conselheiro
Por Marcos Maia
Foto: Reprodução / Facebook
É comemorado nesta terça-feira (19) o Dia Mundial do Terapeuta Ocupacional. Esse profissional da área de saúde trata de distúrbios físicos e mentais, ou desajustes emocionais e sociais, a partir da elaboração de planos de reabilitação e adaptação. Formada há nove anos, e trabalhando há oito no Sistema Único de Saúde (SUS) em Vitória da Conquista, Patrícia Barreto avalia que o desafio diário da profissão consiste em criar atividades adequadas para o tratamento de pacientes com necessidades distintas, ás vezes tendo a mesma doença. “Por exemplo, temos dois pacientes com paralisia cerebral. Um pode ter dificuldade para alimentar-se, vestir-se sozinho, não tem força e coordenação para essa atividade. Então será iniciado um trabalho de atividade da vida diária. O outro pode fazer tudo isso, mas não conseguir distinguir letras, números e cores. Para esse, será realizado um trabalho voltado para a cognição”, explica. De acordo com Lucas Morais Rêgo, conselheiro e coordenador da comissão de honorários do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 7ª Região (Crefito), o mercado de trabalho está longe da saturação, inclusive com a remuneração para o profissional de terapia ocupacional maior que a do fisioterapeuta. “Hoje a solicitação é muito maior que o número de profissionais”, disse. Em conversa com o Bahia Notícias, Rêgo destacou a necessidade de aumentar a oferta de cursos para formação de terapeutas ocupacionais. “O fechamento de universidades de terapia ocupacional é preocupante. O que vem acontecendo é uma regressão no número de faculdades com disponibilidade para o curso”, avalia. Segundo ele, o Conselho tem uma comissão de educação dedicada a visitar faculdades e universidades para apontar essa necessidade. “Foi através dessa comissão que foi aberto o curso de Terapia Ocupacional na Universidade Federal de Sergipe”, conta. Em 2014, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) regulamentou através da lei 13.003, regulamenta a contratualização entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços. Rêgo explica que, com base na lei, a Federação Nacional dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais (Fenafito), a Crefito e as associações estaduais elaboraram reajuste na tabela referencial de remuneração da classe a ser seguida pelos planos de saúde. No final de dezembro, houve uma manifestação em Salvador porque a modificação ainda não tinha sido acatada pelas empresas de saúde (saiba mais). “Essas negociações já estão em andamento. Alguns planos de saúde já acataram as modificações. Então já existe um adiantar nesse sentido”, disse. Ele ainda destaca que o período de janeiro a março é marcado pela negociação anual, estabelecida pela ANS. “O índice tem que esta em contrato, é obrigatório haver o reajuste. Se não houver acordo entre as partes, o índice é estabelecido pela ANS”, conclui.