Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Saúde
Você está em:
/
/
Saúde

Notícia

Bahia terá fábrica para teste rápido de dengue e chikungunya para distribuição mundial

Por Renata Farias

Bahia terá fábrica para teste rápido de dengue e chikungunya para distribuição mundial
Secretário da Saúde mostra teste rápido | Foto: Renata Farias/ Bahia Notícias
O secretário estadual da Saúde Fábio Vilas-Boas anunciou, nesta quinta-feira (10), que a Bahia receberá uma fábrica, construída no Tecnocentro de Salvador, para produção e distribuição de testes rápidos para dengue e chikungunya para o Brasil e restante do mundo. "Será construída, no estado da Bahia, uma fábrica para o desenvolvimento e comercialização desses equipamentos para todo o país e todo o mundo", declarou o secretário. O anúncio foi feito durante o lançamento da campanha de combate ao mosquito transmissor das doenças, com o mote "Dengue ou Chikungunya? Não vacile, vá à unidade de saúde". Acompanhado do médico infectologista Roberto Badaró, subsecretário da pasta, Vilas-Boas ainda apresentou o maior reforço à campanha deste ano: um teste rápido que detecta as enfermidades em apenas 20 minutos e fornece à secretaria o local onde eles foram diagnosticados, tecnologia inédita no mundo. Anteriormente, o diagnóstico de chikungunya levava cerca de 60 dias para ser efetivado, com custo aproximado de mil reais, enquanto o teste rápido custa cerca de R$ 50. "Convidei o professor Roberto Badaró, que é um dos infectologistas de maior expoência no mundo, para poder ser o nosso subsecretário e, entre os mais importantes encargos que transferi para ele, se encontrava o desenvolvimento de um projeto que se dedicasse à redução da dengue e da chikungunya, que naquele momento representava uma grande ameaça à população do nosso país e, em particular da Bahia, pelo simples fato de que o primeiro caso de chikungunya do nosso país ter sido aqui na Bahia, em Feira de Santana", contou o secretário. 
 

Foto: Reprodução/ Sesab
 
Em parceria entre a secretaria, a empresa brasileira Orangelife e o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, Badaró desenvolveu um aparelho que, conectado a um celular com um aplicativo, transmite em tempo real dados do paciente, sua localização e resultado do teste para a Secretaria da Saúde do Estado. "Com uma gota de sangue, sem precisar separar o soro, você coloca naquele poço e espera haver a reação. Além disso, nós acoplamos a leitura dessa reação a um leitor inteligente, porque às vezes olhando a reação, uma pessoa pode dizer que é positiva, outra pode dizer que é negativa, mas o leitor lê com precisão. Somado a isso, nós vamos marcando os sintomas apresentados [pelo paciente], e o aparelho calcula qual a chance de o paciente estar com chikungunya, dengue ou as duas coisas. E como é um aparelho celular, que pode fazer georreferenciamento usando GPS, automaticamente lá em Ribeira do Pombal, na hora que ele fez o teste, eu sei aqui e posso acionar a vigilância", explicou o subsecretário.
 

Secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, e médico infectologista Roberto Badaró apresentam campanha
 
Na Bahia, foram notificados um total de 3740 casos de febre chikungunya em 94 municípios, desde setembro de 2014, dos quais 1775 foram confirmados. Os municípios com maior número de casos suspeitos são Feira de Santana (1601 suspeitos e 1096 confirmados), Riachão do Jacuípe (1454 suspeitos e 539 confirmados), Salvador (161 suspeitos e 5 confirmados) e Ribeira do Pombal (154 suspeitos e 122 confirmados). Na primeira fase, estes municípios receberão 100 aparelhos para um total de mil testes, que serão realizados por agentes de saúde em postos de atendimento e na casa dos pacientes. Nesta quinta-feira (12), 40 agentes receberão treinamento para se tornarem "multiplicadores". "O secretário criou um incentivo para o agente sanitário com o objetivo de intensificar a ação de combate ao mosquito. Aquele que está ali trabalhando vai ser gratificado, vai ser incentivado a fazer, evidentemente pelo tamanho do município", disse ainda Badaró. No total, a campanha de 2015 contará com o investimento de R$ 12 milhões, valor superior ao aplicado nos anos anteriores. "Essa é uma campanha que não tem volta. A intenção é reduzir ainda mais a dengue e, se possível, eliminar a chikungunya", afirmou Badaró.