Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Saúde
Você está em:
/
/

Artigo

Liderança feminina no setor da saúde

Por Margarida Miranda

Liderança feminina no setor da saúde
Foto: Divulgação

Ao longo dos anos, temos acompanhado um movimento global em direção à igualdade de gênero e o impacto transformador das mulheres em posições de liderança em diversas áreas, que vão desde política a saúde. Contudo, mesmo havendo alguns progressos significativos alcançados, ainda existem muitos desafios persistentes que precisam ser superados.

 

Na gestão da saúde não é diferente. Só para se ter uma noção, segundo os dados divulgados pela organização Women in Global Health, 70% dos profissionais da linha de frente da área da saúde são mulheres, porém, deste mote, apenas 25% dessas mulheres ocupam cargos de liderança. Isso comprova que ainda temos um longo caminho a percorrer para alcançar a equidade de gênero. 

 

As unidades de saúde precisam de um olhar atento às necessidades de cada paciente. Por isso,  a ocupação feminina na área da saúde é um campo que está em constante evolução, impulsionado pela dedicação, habilidades e olhar diferenciado das mulheres que são essenciais para entender e atender às necessidades complexas e multifacetadas dos pacientes. Elas trazem consigo uma compreensão única, além de possuírem, em sua maior parte, uma sensibilidade cultural e social que é fundamental para abordar disparidades em comunidades diversas.
 
Apesar dos avanços nas últimas décadas, as mulheres continuam a enfrentar uma série de desafios ao buscar posições de destaque em diversos campos, principalmente no setor de saúde. As organizações mantêm estruturas e culturas que favorecem os homens em cargos de liderança, criando barreiras significativas para o avanço feminino, além disso, outros fatores também chamam atenção: a disparidade salarial e o machismo, que deságuam no preconceito, no qual se acredita que o sexo feminino não pode ocupar cargos com grandes responsabilidades.

 

Lideranças femininas desempenham um papel vital na promoção da diversidade e inovação na sociedade. Por isso, as companhias precisam criar uma cultura que incentive e apoie esse avanço, primeiramente aceitando que as mulheres são tão capazes quanto os homens para assumir posições de liderança e a partir daí promovendo oportunidades de promoção.
 
Isso inclui não apenas questões relacionadas a representação e remuneração igualitárias, mas também políticas e práticas que promovam a igualdade de oportunidades para mulheres em todas as áreas. Para além de fortalecer as organizações e comunidades, contribui para um mundo mais justo, inclusivo e sustentável. Reconhecer e valorizar as contribuições das mulheres líderes, podemos criar um futuro onde todos tenham a oportunidade de alcançar seu pleno potencial e prosperar em um ambiente de respeito, igualdade e dignidade.


*Dra. Margarida Miranda é diretora médica do Hospital Teresa Lisieux da Hapvida NotreDame Intermédica

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias