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Rendimento escolar e menor qualidade de vida podem estar relacionados à qualidade do sono

Por Andrea Barral

Rendimento escolar e menor qualidade de vida podem estar relacionados à qualidade do sono
Foto: Divulgação

Quem nunca ficou acordado até altas horas mexendo no celular ou assistindo à televisão? Essas são algumas práticas comuns consideradas prejudiciais, principalmente entre jovens brasileiros, e que podem afetar o desempenho escolar, uma vez que uma noite mal dormida reflete, sobretudo, na atenção, concentração, humor e disposição no dia seguinte. O estímulo visual, ou seja, assistir TV, usar o computador, tablet ou celular antes de deitar para dormir, inibe a liberação do hormônio do sono (melatonina) e atrasa o seu início.

 

A maioria das pessoas, por questões sociais, trabalho ou escola, precisa acordar cedo. Então, dormem tarde e acordam cedo, e o resultado é a privação de sono, que tem consequências diurnas, como a sonolência excessiva. Outro grande problema na atualidade é a insônia. Estudos mostram uma média de 40% de queixas de insônia na população brasileira (que são dificuldade para iniciar ou manter o sono, despertar precoce e sono não reparador).

 

Dentre os sintomas de uma noite mal dormida estão fadiga, dor de cabeça, cansaço, irritabilidade, sonolência, déficit de atenção e de concentração, além de alteração na memória. Existe uma Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono, dividindo todos os problemas de sono em seis grandes grupos: o das insônias; o das hipersonolências (pessoas que dormem muito); o dos que têm problemas respiratórios (o mais frequente e mais conhecido é a Apneia do Sono); os que têm alteração de ritmo; os que têm distúrbios de movimento durante o sono; e as parassonias (falar ou andar durante o sono, o despertar confusional, terror noturno nas crianças e pesadelos, entre outros).

 

Para ter uma boa noite de descanso, seguem algumas dicas: estabeleça horários regulares para dormir e acordar; evite usar  aparelhos eletrônicos, como celular, televisão e tablets, próximos da hora de dormir; mantenha um ambiente agradável e propício ao repouso, com boa temperatura, baixa luminosidade e sem barulho; pratique atividade física durante o dia; evite álcool, bebidas cafeinadas, nicotina e refeições pesadas antes de ir para a cama;  e evite cochilos diurnos. Dormir bem é ter a quantidade de horas de sono específica para cada faixa etária, com qualidade e mantendo ritmicidade. Uma boa noite de sono é de oito horas, no mínimo, para a maioria da população adulta.

 

*Andrea Barral é Pneumologista no Hospital São Rafael e especialista em Medicina do Sono

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias