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Reconstrução mamária: avanços no tratamento fazem pacientes recorrerem à Oncoplastia para o combate ao câncer de mama

Por Sérgio Calmon

Reconstrução mamária: avanços no tratamento fazem pacientes recorrerem à Oncoplastia para o combate ao câncer de mama
Foto: Divulgação

Nos últimos anos, a legislação brasileira tem dado passos importantes no reconhecimento da reconstrução mamária como um direito das mulheres em tratamento contra o câncer de mama. Essa conquista, válida tanto para pacientes da saúde suplementar quanto do Sistema Único de Saúde (SUS), reforça que a reconstrução mamária vai muito além da estética — ela é parte essencial do processo terapêutico, impactando diretamente o bem-estar emocional e a qualidade de vida das pacientes.

 

O avanço das técnicas cirúrgicas e dos protocolos oncológicos tem permitido abordagens cada vez mais conservadoras. A mastectomia, que consiste na retirada total da mama, deixou de ser a primeira opção e passou a ser indicada apenas quando estritamente necessária. “Hoje, a mastectomia é considerada o último recurso. Sempre que possível, damos preferência à cirurgia conservadora, que preserva parte da mama e oferece resultados funcionais e estéticos mais satisfatórios.

 

Nesse contexto, ganha destaque a oncoplastia, especialidade que une os princípios da cirurgia plástica às técnicas da cirurgia oncológica da mama. Embora a oncoplastia e a reconstrução mamária estejam intimamente relacionadas, há diferenças importantes entre elas. A oncoplastia é realizada no mesmo momento da retirada do tumor, permitindo reconstruir a mama na própria cirurgia oncológica, utilizando técnicas que preservam o máximo de tecido sadio possível. Já a reconstrução mamária, por sua vez, é o procedimento voltado à restauração da forma da mama após a mastectomia, podendo ser feita imediatamente ou em um segundo momento.

 

A decisão sobre qual técnica adotar depende de uma série de fatores clínicos e pessoais, como o estágio do tumor, a saúde geral da paciente, o tipo de tratamento complementar indicado e as expectativas individuais em relação ao resultado estético e funcional.

 

Ainda que, mesmo quando a mastectomia é necessária, as pacientes têm direito — garantido por lei — à reconstrução imediata. Essa possibilidade representa um avanço significativo, pois favorece uma recuperação mais positiva, tanto física quanto emocional. A reconstrução mamária ou a oncoplastia não são um luxo estético, mas uma etapa fundamental do tratamento oncológico. Quando devolvemos a forma da mama, estamos devolvendo à paciente sua imagem corporal, sua confiança e, consequentemente, sua autoestima.

 

A integração entre oncologia e cirurgia plástica tem transformado o modo como o câncer de mama é tratado no Brasil, permitindo que o cuidado vá além da cura da doença, alcançando também a restauração da integridade e da identidade feminina.

 

*Sérgio Calmon é Mastologista Oncoplástico | RQE: 11901

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias