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Doação de órgãos: rim é um dos mais solicitados no Brasil

Por Manuela Lordelo

Doação de órgãos: rim é um dos mais solicitados no Brasil
Foto: Divulgação

O Setembro Verde é um mês dedicado à conscientização sobre a importância da doação de órgãos no Brasil. O foco da campanha é lembrar que esse gesto pode salvar vidas, especialmente em um país onde milhares de pessoas aguardam por um transplante. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 78 mil pessoas estão na fila de espera, sendo o rim um dos órgãos mais solicitados, com cerca de 40 mil pacientes aguardando pelo procedimento em todo o país. Na Bahia, somente no primeiro semestre de 2025, o número de pessoas na fila chegou a 2.123. No Hospital Ana Nery (HAN), em Salvador, até agosto deste ano foram contabilizados 155 transplantes de rim em adultos e 7 em crianças.

 

No Brasil, o transplante de rim representa cerca de 70% do total de transplantes de órgãos, sendo que 90% são financiados integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda assim, a fila cresce impulsionada por doenças como diabetes e hipertensão, principais causas da doença renal crônica. Para muitos desses pacientes, a hemodiálise é a única alternativa de sobrevivência enquanto esperam por um órgão compatível - atualmente, mais de 155 mil brasileiros fazem este tratamento regularmente, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Porém, nem todo paciente com o diagnóstico consegue realizar a diálise por falta de vaga.

 

Na Bahia, a fila de espera por vagas de diálise revela uma realidade preocupante, existente em todo o país. Faltam vagas em clínicas conveniadas ao SUS para a realização da diálise – procedimento alternativo e essencial que faz o papel dos rins, filtrando o sangue. Essa demora compromete a qualidade de vida, sobrecarrega o sistema de saúde e coloca vidas em risco diariamente.

 

Seja doador
Apesar do avanço na estrutura dos transplantes, um dos principais entraves continua sendo a recusa familiar de doação familiar. Isso significa que, mesmo diante de potenciais doadores, muitas famílias não autorizam a doação e, muitas vezes, por falta de diálogo prévio sobre o tema. Por isso, o Setembro Verde é um convite à conversa. Informar-se, declarar-se doador e compartilhar esse desejo com a família pode transformar o fim da vida de uma pessoa em recomeço para outras. Em um sistema de saúde que depende da solidariedade para funcionar, a doação de órgãos é um dos atos mais generosos e impactantes que alguém pode deixar como legado.

 

*Manuela Lordelo é médica formada pela Faculdade de Medicina de Campos - RJ em 2017; Especialista em Clínica Médica pela Universidade Federal de Viçosa (2018-2020); Especialista em Nefrologia pelo Hospital Ana Nery (2020-2022); Membro do corpo clínico do Hospital Ana Nery, Hospital Alayde Costa e Clínica Senhor do Bonfim; e atua como preceptora na residência de nefrologia Hospital Ana Nery. | CRM: 35482 - BA | RQE: 21849

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias