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Movimento “Anti-Sunscreen” nas redes sociais preocupa especialistas e acende alerta sobre risco de câncer de pele

Por Laryssa Faiçal

Movimento “Anti-Sunscreen” nas redes sociais preocupa especialistas e acende alerta sobre risco de câncer de pele
Foto: Divulgação

Um movimento crescente nas redes sociais, conhecido como “Anti-Sunscreen”, tem despertado preocupação entre médicos e pesquisadores da área da saúde. A tendência, impulsionada por alguns influenciadores digitais, questiona a segurança dos filtros solares e defende o abandono do produto. Especialistas alertam, no entanto, que a desinformação em torno do tema pode comprometer décadas de avanços na prevenção do câncer de pele e no combate ao envelhecimento precoce.


Os perfis que aderem ao discurso “anti-protetor solar” alegam que alguns componentes químicos presentes nos produtos causariam irritações ou danos à saúde. Em decorrência disso, muitos usuários têm recorrido a alternativas sem comprovação científica, como receitas caseiras, filtros minerais de eficácia duvidosa ou até mesmo a completa suspensão do uso.

 

Essas práticas colocam em risco a saúde da população, já que não garantem a proteção necessária contra os raios ultravioleta (UV). A exposição desprotegida pode provocar desde queimaduras até mutações no DNA das células, desencadeando o desenvolvimento de diferentes tipos de câncer de pele.

 

Toda substância química tem potencial de causar alergias. Algumas já foram banidas e outras serão substituídas ao longo do tempo, mas isso não elimina a importância do protetor solar. A maior causa do câncer de pele é a exposição solar sem proteção, seja em episódios de queimaduras, seja por dano cumulativo ao longo dos anos.

 

Ainda que há ampla evidência científica sobre os benefícios do protetor solar. Um exemplo vem da Austrália, país com os maiores índices de melanoma no mundo, onde campanhas nacionais exigem o uso diário do produto em escolas e ambientes externos. Essa política já mostra resultados concretos, com redução progressiva na incidência de câncer de pele.

 

Um estudo do Orlando Health Cancer Institute mostrou que um em cada sete adultos com menos de 35 anos acredita que usar protetor solar diariamente faz mais mal do que se expor ao sol sem proteção. O dado evidencia a vulnerabilidade da chamada Geração Z, altamente impactada pelo conteúdo viralizado nas redes sociais.

 

O melanoma é um câncer altamente letal, e os carcinomas geram grande morbidade. A fotoproteção é a principal medida preventiva, e os filtros solares são peça fundamental nesse processo.

 

A orientação médica segue firme: o uso regular e correto do protetor solar, aliado a chapéus, roupas adequadas, óculos escuros e à evitação da exposição solar nos horários de maior intensidade (10h às 16h), continua sendo a forma mais eficaz de preservar a saúde da pele.

 

*Laryssa Faiçal é dermatologista do Grupo de Oncologia Cutânea

 

*Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias