Consumo excessivo de proteínas pode aumentar chances de pessoa morrer de cancêr
Uma dieta com muita carne e queijos pode levar uma pessoa a desenvolver um câncer e até a morte. É o que aponta um estudo publicado nesta última terça-feira (4) pela revista Cell Metabolism. Os estudos revelam que o consumo excessivo de carnes e queijos pode ser tão ruim quanto fumar, apesar de considerar o consumo de proteínas saudável, principalmente para quem tem mais de 65 anos. Os pesquisadores avaliaram a dieta e as condições de saúde de adultos por duas décadas e constataram que o consumo contínuo de proteínas animais aumenta em até quatro vezes a probabilidade de uma pessoa morrer de câncer do que alguém com uma dieta pobre em proteínas. O risco é comparável ao de uma pessoa que fuma. As pessoas que tinham um alto consumo de proteínas ficaram 74% mais propensos a morrer do que os colegas que consumiam menos proteínas. Elas também ficaram mais propensas a desenvolver diabetes. O estudo da USC conclui que a fase adulta não é monolítica, já que a biologia muda à medida que as pessoas envelhecem. A proteína controla o hormônio do crescimento IGG-I, mas também é associada ao aparecimento de câncer. Os níveis de IGF-I caem substancialmente depois dos 65 anos de idade e isso contribui para o enfraquecimento e perda muscular. Ainda foi avaliado que, apesar da ingestão elevada ser prejudicial na meia idade, a proteína, em consumos moderados depois dos 65 anos podem fazer com que as pessoas fiquem menos suscetíveis às doenças. O consumo ideal é de 0,8 gramas de proteína por quilograma de peso corporal por dia na meia idade. Nesse caso, uma pessoa de 59 quilos deve consumir entre 45 e 50 gramas de proteína por dia, com preferência para a de origem vegetal. A pesquisa qualifica como dieta de alto consumo de proteína aquela, em que, pelo menos 20% da quantidade ingerida vêm de proteínas, independente se é vegetal ou animal. Uma dieta moderada inclui de 10 a 19% de calorias de proteína, e uma dieta baixa é a que inclui menos de 10% de proteína.