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Laiane Apresentação

Artigos

Isabela Suarez e Georges Humbert
Direito e Sustentabilidade III
Fotos: André Carvalho/ BN Hall/ Divulgação

Direito e Sustentabilidade III

Em 2025 o Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade chega à sua 3ª edição consolidado como um dos mais relevantes eventos no cenário jurídico e empresarial do Brasil. Realizado na cidade de Salvador, já reuniu mais de 1.500 congressistas em suas edições anteriores, promovendo debates de alto nível sobre temas essenciais e contemporâneos.

Multimídia

Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”

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O presidente do diretório estadual do Partido Verde (PV), Ivanilson Gomes, afirmou quea sigla irá realizar uma reavaliação dos deputados eleitos pelos verdes para verificar se estão seguindo com os “requisitos básicos” da legenda. Em entrevista ao podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, nesta segunda-feira (4), o dirigente admitiu que o PV serviu de “barriga de aluguel” para políticos que buscavam a reeleição, mas que não necessariamente se adequavam às ideologias do partido.

Entrevistas

Diego Brito indica preocupação com frota e aponta “última milha” como desafio no trânsito de Salvador

Diego Brito indica preocupação com frota e aponta “última milha” como desafio no trânsito de Salvador
Foto: Alana Dias / Bahia Notícias
O superintendente de Trânsito de Salvador (Transalvador), Diego Brito, comentou sobre a preocupação da pasta com o crescimento da frota de veículos na capital baiana. Segundo ele, Salvador já conta com mais de 1,2 milhão de veículos, sem considerar os carros que vêm da região metropolitana e circulam diariamente pela cidade. Para lidar com esse desafio, o prefeito Bruno Reis (União), em parceria com a Transalvador, tem implementado medidas para melhorar a mobilidade urbana.

Equipe

Laiane Apresentação

Foto de Laiane Apresentação

Graduanda em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação da UFBA. Fundadora e redatora do blog literário Estreia.

Últimas Notícias de Laiane Apresentação

Flipelô 2025: Autor Deco Lipe comenta sobre importância de festas literárias na Bahia

Dentre as mais de 80 festas literárias previstas para serem realizadas neste ano na Bahia, a Festa Literária Internacional do Pelourinho, é uma das mais antigas e conhecidas. Conhecida pelos amantes de literatura apenas como Flipelô, o evento ocupa pela nona vez o coração da cidade: o Centro Histórico.

 

Assim como em outras edições, os largos e praças do Pelourinho receberão espaços para debates, rodas de bate-papo, lançamentos e saraus, todos com o propósito de espalhar o amor por livros. No Largo Tereza Batista, por exemplo, cria-se todo ano uma vila, com direito a palco para conversas e apresentações e uma varanda para divulgação de obras.

 

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Pelo terceiro ano consecutivo, a Vila Literária fica sob responsabilidade do autor e influenciador literário Deco Lipe, também conhecido como Primeira Orelha, nas redes sociais. O curador ficou responsável pela organização e programação da festa neste espaço que receberá em 2025 nomes como Thalita Rebouças, Lázaro Ramos e Raphael Montes.

 

Ao Bahia Notícias, Deco descreveu a Vila como “esse lugar de colocar, ter, grandes nomes dialogando com nomes da nossa literatura baiana que está começando”. Além dos debates relacionados ao tema deste ano, que homenageia o dramaturgo Dias Gomes, o espaço receberá batalhas de desenho e bate-papos especiais voltados para a literatura presente no KDP, Kindle Direct Publishing, ferramenta da Amazon que permite que autores se publiquem de maneira independente por meio de e-books.

 

Com a possibilidade de reunir nomes consolidados com outros, recém-chegados no meio, e até aqueles que já possuem uma grande comunidade digital, o autor explica que pensou em uma programação capaz de dialogar com um público diverso. “Quando eu penso uma programação, eu penso em como que essa programação e esses nomes, que tem uma força midiática maior, como que eles podem agregar a essas pessoas [independente] que estão expondo”, explica.

 

De maneira fixa, autores independentes da Bahia poderão expor suas obras e lançamentos na varanda presente na Vila, transformando o espaço em um ambiente inclusivo e de oportunidades. “A ideia da Vila ter esse espaço de autor independente é poder justamente dialogar com esse público que, possivelmente, não se conheçam, com o público que já vem ver outros autores”, conta Deco.

 

A proposta de um espaço na programação para o KDP partiu diretamente da Amazon. A primeira vez que a ideia foi proposta e colocada em prática foi em 2024, quando escritores e escritoras que utilizam da ferramenta de autopublicação ganharam um espaço para dialogar com o público. Neste ano, os diálogos seguiram o tema da edição, trazendo debates relacionados a televisão e dramaturgia.

 

Ao site, Deco revelou ainda que a construção da programação possui influência em sua própria referência enquanto autor. “Quando eu estou nesse lugar em que escrevo, que publico minhas histórias, eu penso em como também essas histórias podem chegar de outras formas. Quais outras formas a gente pode tirar falar sobre isso”, aponta.

 

“Esse meu lugar de autor e de entender essas ausências é também um olhar de que a gente pode ocupar alguns espaços e que esse lugar de não se ver, é também um lugar da gente tornar as oportunidades, fazendo que as oportunidades aconteçam, de fato”, completa.

 

Além de curador da Vila Literária, Deco também ficou responsável por outro espaço na festa: o espaço Infantil Mabel Veloso, reservado ao público infantil. Essa será a primeira vez com a tarefa que se tornou um desafio para o autor. Para Deco, a maior dificuldade foi encontrar uma maneira de pensar no protagonismo da criança na literatura.

 

Neste ano, a programação do Mabel contará com nomes importantes para produção infantil como Flávia Lins e Silva, autora da série “Detetives do Prédio Azul”, e representantes do cenário baiano como Emília Nuñez, Ana Fátima e Marcos Cajé. Entre as atividades esperadas estão contações de histórias, lançamentos e brincadeiras.

 

O contato com autores durante a festa é um dos pontos de maior importância para o autor, para além de conhecer apenas seus nomes. “É uma forma de incentivo, você vê a pessoa que escreveu aquele livro que você gosta e tem um contato com ela, sabe? Então, tanto na cena baiana, quanto na cena brasileira e como um todo, eu acredito que esse contato com autores é algo fundamental”, defende. 

 

FLICA E OUTRAS FESTAS BAIANAS
Neste ano, Deco também foi convidado pela segunda vez para a curadoria do espaço Geração Flica, na 13ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira, no Recôncavo baiano. O espaço procura alcançar o público jovem e dialoga, em cada ano, com o tema escolhido para a edição.

 

“Esse ano, a gente coloca a literatura como esse lugar de massa, como esse lugar de pop, a literatura popular. Então, para pensar em como atrair essas pessoas da região, em como fazer com que as pessoas se interessem, perceber como que está o cenário dentro da literatura e fora da literatura. Como que a gente pode colocar e pensar pessoas, talvez fora da literatura para atrair pessoas que não são da literatura”, compartilha Deco.

 

Além da Flipelô e da Flica, a Bahia abriga outra festa bastante popular: a Festa Literária Internacional de Praia do Forte (FliPF). Neste ano, devido ao edital Bahia Literária, lançado pelo Governo do Estado, mais de 80 festas foram aprovadas para serem realizadas durante os meses. Só no primeiro semestre, 40 feiras ocorreram em municípios variados da Bahia, como Itapetinga, São Francisco do Conde, Irecê, Alagoinhas, Ilhéus, Mutuípe, Serrolândia e Santa Cruz Cabrália.

 

Participante assíduo das festas e feiras literárias do estado, Deco celebrou o aumento de eventos. “Eu acho que esse boom que a gente está tendo de festas literárias nos interiores é algo que nunca aconteceu, eu nunca tinha visto e eu tenho conhecido cidades através dessas festas literárias. Eu não sabia de várias cidades que existiam aqui no estado e descubro através dessas festas e eu amo ser convidado para essas festas”, confessa.

 

O autor admite que ainda falta nessas festas uma dificuldade em atrair o público e apresentar a literatura baiana aos estudantes de escolas públicas fora desses eventos, mas que existe esperança. “Seria um sonho quando a gente chegasse nessas festas, nessas feiras literárias, a galera que tivesse indo já soubesse quem é que tava ali, sabe? Eu acho que o trabalho da literatura é dentro das escolas, eu acho que poderia tentar trabalhar”, propõe. 

“Hit dos Paredões”: Rei dos Faixas lidera lista de músicas mais tocadas na Bahia em julho
Foto: Divulgação

Em julho, três certezas puderam ser tiradas das listas de artistas e músicas mais tocadas no estado pela plataforma Youtube: a Bahia gosta de arrocha, rap e pagodão. Tanto em Salvador, quanto em todo o estado, a banda Toque 10 liderou entre os artistas mais escutados, enquanto a canção “Hit dos Paredões”, do Rei dos Faixas, foi a mais ouvida. 


 

 

Os dados foram coletados pelo Bahia Notícias, através da plataforma Youtube Charts, com base no consumo de música da população nos últimos 29 dias, de 2 a 29 de julho. Em Salvador, o top 3 de artistas não tem novos nomes: Toque 10, Pablo e Natanzinho Lima mantém sua dominância entre os gostos musicais de quem usa a plataforma na cidade.
 

Já na Bahia, a dupla sertaneja Henrique e Juliano entrou no top 3 pela primeira vez no ano. Eles não são os únicos novatos na lista, no top 10 da Bahia também apareceu pela primeira vez o cantor Netto Brito. 
 

Artistas mais tocados da Bahia em julho

1. Toque 10 
2. Natanzinho Lima
3. Henrique e Juliano
4. Pablo
5. Theuzinho
6. Filipe Ret
7. Wesley Safadão
8. Tayrone
9. Orochi
10. Netto Brito

 

Artistas mais tocados de Salvador em julho

1. Toque 10
2. Pablo
3. Natanzinho Lima
4. Filipe Ret
5. Oruam
6. Orochi
7. Henrique e Juliano
8. Menos é Mais
9. MC Cabelinho
10. Ludmilla


 

Entretanto, nem só de arrocha/sertanejo se vive no estado, artistas de rap alcançaram novas posições esse mês como Filipe Ret e Orochi. Em Salvador, o consumo desses artistas é maior, Filipe Ret, Oruam, Orochi e MC Cabelinho aparecem no top 10, na 4ª, 5ª, 6ª e 9ª, respectivamente. 


 

Quando o assunto é música, o assunto muda e o arrocha e rap dão lugar ao pagodão. O gênero, nascido no estado e com grande popularidade nos bairros da cidade, ocupa a primeira posição tanto na Bahia, quanto em Salvador, com o sucesso do Rei dos Faixas: “Hit dos Paredões”. Confira a lista completa:
 

Músicas mais tocadas da Bahia em Julho

1. Hit dos Paredões - Rei dos Faixas
2. Meu Jeito de Amar - Theuzinho
3. Mais do Que Sonhei - Toque Dez
4. Foi o Destino - Toque Dez
5. P do Pecado (Ao Vivo) - Menos é Mais part. Simone Mendes
6. Eu Sou Teu Pai - Valesca Mayssa
7. Boobie Goods - Mc Bringel & Lukão Mec
8. Low Profile - Jennifer e Stefany & Juliana Marques
9. Não Tente Me Impedir - Theuzinho
10. Me Apaixonei Nessa Morena - Natanzinho Lima

 

Músicas mais tocadas de Salvador em Julho

1. Hit dos Paredões - Rei dos Faixas
2. P do Pecado (Ao Vivo) - Menos é Mais part. Simone Mendes
3. Bloquinho dos Faixas 2.0 - Rei dos Faixas
4. Meu jeito de amar - Theuzinho
5. Eu Sou Teu Pai - Valesca Mayssa
6. The Funk Box Medley - THE BOX part. Oruam, Real Fubá, Didi e Luanzin
7. Coração Partido (Corazon Partío) - Menos é Mais
8. Bloquinho do Embrazza 2.0 - Pitico Embrazza
9. Putaria Ritmada - Pankadão
10. Não Tente Me Impedir - Theuzinho

Após denúncia, médicos suspendem atendimentos em hospitais públicos da rede estadual
Foto: Divulgação / Sesab

O Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (SindiMed) anunciou a suspensão de atendimentos eletivos clínicos e cirúrgicos em cinco hospitais públicos da rede estadual após denúncia de possível desligamento de profissionais em regime CLT.  Segundo denúncia, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) estaria demitindo mais de 500 médicos de cinco unidades estaduais para contrá-los em regime Pessoa Jurídica (PJ). 

 

A paralisação deve entrar em vigor a partir das 00h do próximo dia 31 de julho, quinta-feira, nas maternidades Albert Sabin e Tsylla Balbino, IPERBA, Hospital Geral Roberto Santos e Hospital Geral do Estado. Os atendimentos de fichas verdes e azuis também estarão suspensos. 

 

A decisão foi tomada em assembleia do sindicato na noite da última quinta-feira (24). “Diante da frustração nas negociações com o Governo do Estado, foi deliberado, por unanimidade, que haverá, nas aludidas unidades, restrição de atendimentos das fichas verdes e azuis, bem como dos procedimentos eletivos”, informa a nota. 

 

 

 

Em entrevista anterior ao Bahia Notícias, a presidente do SindiMed, Rita Virgínia, explicou que um aviso sobre os desligamentos foi enviado para a organização responsável pelas contratações dos profissionais. Conforme a representante da classe médica, o ofício informada que até o dia 31 de julho cerca de 529 médicos das unidades em regime CLT seriam demitidos. 

 

Em nota enviada à imprensa, a Sesab informou que a medida era uma ferramenta para fortalecer a gestão pública e que encerraria o escalonado do contrato com o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS). 
 

VÍDEO: Nasce Benjamim, primeiro filho da influenciadora Lore Souza
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Após longa espera, nasceu Benjamim, primeiro filho da influenciadora digital baiana Lore Souza. A novidade foi divulgada pela criadora de conteúdo na última sexta-feira (26). Em dezembro de 2024, Lore compartilhou sua jornada com a maternidade e revelou ter perdido dois bebês em 2023. 

 

Em clima de festa, a influenciadora deixou avisado aos seus seguidores desde o início da manhã que estava a caminho da maternidade para a dar luz ao filho. Durante o dia, através de seu perfil no Instagram, a irmã do influenciador Tiago Souza, compartilhou as novidades até a chegada da criança.

 

 

 

Na maternidade, Lore contou com o apoio e torcida de amigos próximos e familiares que acompanharam o momento do lado de fora da sala de parto. Entretanto, nem tudo foram flores, através de seus stories influenciadora compartilhou que sofreu um quadro de pré-eclampsia e o bebê teve “restrição de crescimento” o que motivou a vinda antecipada da criança. 

 

“Vou ter que agradecer pra sempre a Deus por colocar sabedoria na vida dessa mulher e ter nos apresentado. Ela vinha nos acompanhando e com a última ultra de Ben e meu exame de sangue, agiu rápido e salvou a minha vida e do meu filho, colocando ele pra vir ao mundo com 37 semanas de uma maneira acolhedora e humanizada”, agradeceu à médica obstetra responsável pelo seu quadro. 

 

 

 

Lore Souza completou 26 anos ao final de 2024, quando compartilhou com o público suas tentativas anteriores de engravidar e o período depressivo que enfrentou após a perda de dois bebês. Diagnosticada com endometriose profunda aos 15 anos, a influenciadora anunciou a gravidez em fevereiro deste ano. 

 

Considerado um bebê arco-íris, por ter vindo após a perda prematura de uma outra gestação, o nome de Ben foi dedicado a uma música do cantor Rubel chamada “Ben”. “Logo que soubemos que estava grávida, Junior colocou uma música que a gente amava chamada ‘Ben’ de Rubel pra tocar, e a gente ouvia sempre… eu fiquei com muita dúvida de nome de menina, mas tinha certeza que ele seria meu bemzinho, e o papai dele que escolheu”, contou. 
 

Metamorfose Ambulante: Entenda influência da Bahia na evolução do rock brasileiro
Foto: Acervo Discos

“Basta ser sincero e desejar profundo, você será capaz de sacudir o mundo", é o que diz a letra de “Tente Outra Vez”, um clássico eternizado no rock brasileiro pelo baiano Raul Seixas. Em 2025, essa música completou 50 anos e Raul completaria 80 anos. No mês em que se comemora do Dia do Rock, o Bahia Notícias relembra a história desse movimento musical e cultural que, na Bahia, exportou nomes como o próprio “Maluco Beleza”, Novos Baianos, Camisa de Vênus e Pitty. 

 

Para compreender esse movimento, o BN entrevistou o músico Tom Tavares, formado em Composição e Regência na Escola de Música (EMUS) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Sobre as peculiaridades do ritmo, o músico, que é roqueiro de longa data, afirma não ser possível definir as características que o diferenciam.

 

“Porque eu já não sei mais o que é, o que não é rock. [...] Hoje eu não sei mais o que não é rock”, declarou. “O universo do rock hoje se ampliou de maneira tal que fica difícil definir o que é/qual é a essência do rock, porque ele virou várias coisas no final das contas, entendeu?”, confessou. 

 

E como se propôs Raul Seixas, Tavares afirma que a proposta do rock no final dos anos 1950 e início dos anos 1960 era “causar alguma ebulição, causar alguma revolução dentro do universo sonoro mundial”. “A gente tem o rock inicial, que era totalmente despretensioso, era uma música, era um entretenimento puro. É para você brincar, para você dançar”, contou. “Os anos 60 se caracterizam por ser uma década em que o mundo teve uma revolução como nunca antes, em todos os campos”, relembrou. 

 

E foi por meio de referências como Little Richard, Chuck Berry, Elvis Presley, The Beatles, Rolling Stones e outras bandas com músicas em inglês que o rock chega ao Brasil e à Bahia. É essa influência e seus desdobramentos que o jornalista e pesquisador de Cultura e Identidade na UFBA, Zezão Castro, analisa em seu livro “A Jovem Guarda na Bahia”, publicado em 2015. 

 

“O rock chegou à Bahia em 3 de fevereiro de 1957, do ponto de vista massivo, com a estreia, no Cinema Guarani, do filme ‘Ao Balanço das Horas’, de Fred Sears. E ele já vinha precedido de uma certa publicidade sensacionalista, porque no Rio [de Janeiro] e São Paulo os jovens quebravam o cinema, começavam a dançar na frente da tela, jogar pipocas para o alto e fazer aquelas danças, tudo isso assustou um pouco”, detalha Castro. 

 

Um admirador e entusiasta da carreira de Raul, o jornalista, que é natural de Camacan, no sul baiano, estudou justamente os artistas que surgiram entre os anos 60 e 70, diretamente influenciados pelo rock internacional. No entanto, para ele, o movimento da jovem guarda na Bahia foi camuflado aos olhos do público devido ao crescimento simultâneo de outras referências. 

 

“Eu costumo dizer que a Jovem Guarda na Bahia foi um movimento bastante subestimado, porque daqui saíram também da Tropicália, Caetano, Gil, então tinha, vamos dizer, uma concorrência muito alta. Fora isso, já tinha todo um imaginário em cima do samba, por causa de Dorival Caymmi, por conta da Bahia ser o celeiro do samba no Brasil”, reflete. 

 

“Teve uma importância realmente nas décadas seguintes, quando se estruturou o que é a MPB. Então, é nesse sentido que eu acho que a jovem guarda é um movimento subestimado. Na minha tese, eu contabilizei umas 80 bandas aqui em Salvador, e mais 30 em cidades do interior, então, tem um substrato que se desdobrou em importantes forças do rock nas décadas seguintes”, conclui. 

 

A CONSOLIDAÇÃO DO FENÔMENO 
O crescimento dessa manifestação cultural pode ser acompanhada pela trajetória de Raul Seixas, considerado o pai do Rock brasileiro. Na segunda metade anos 1960, o gênero musical vai se transformando muito em relação a sua letra.

 

No Brasil, o período foi marcado pelo surgimento do ídolo baiano. “O rock produzido na Bahia, nos anos 1960, era aquele rock que ainda tava muito linkado com as baladas. Era rock balada, digamos assim… Músicas mais lentinhas, muitas sem muito vigor, do ponto de vista de provocar atividade física, mas eram baladas. Se você pegar o primeiro disco do Raul, ‘Raulzito e os Panteras’, ele é um disco que a grande maioria não considera que seja um disco de rock, porque é um disco que hoje é visto como balada”, explica Tom Tavares.

 

Na década de 60, Raul ainda era o vocalista da banda Raulzito e os Panteras, quarteto musical diretamente inspirado pela banda britânica The Beatles. Com um único disco, lançado em 1968, a banda foi considerada uma das mais relevantes do rock da época. 

 

“Era uma música que chamo de música de transição, ainda para aquilo que verdadeiramente acabou acontecendo na metade dos anos 60. E nesse período também tem um disco gravado pelo Pepeu Gomes, era um compacto, ‘Os Minos’, de Pepeu Gomes e outros irmãos dele, era uma coisa também assim, um roquinho”, conta Tavares.

 

 

Após a falta de repercussão da banda na Bahia, “Raulzito” se mudou para o Rio de Janeiro, onde teve mais contato com a Jovem Guarda dos anos 70. Foi nesse momento que o soteropolitano viveu o auge da sua carreira, primeiro como produtor de discos na CBS e depois como artista solo, com o lançamento de cerca de oito discos, incluindo os clássicos do álbum Krig-ha, Bandolo!, de 1973, “Mosca na Sopa” e ‘Metamorfose Ambulante”. 

 

A ascensão do baiano teve explicação: o artista ficou conhecido por misturar referências de diversos ritmos em seus trabalhos, como country. O pesquisador Zezão Castro explica que essa escolha pautou toda a produção rockeira da época. “Nos anos 70 o rock se dilui em misturas. Acho que os Novos Baianos são um marcante disso e tem a questão da eletrificação da música. Mas assim, nada [novo] acontece em termos de rock and roll puro. Mas esse eixo [de experimentação] ficou muito no Sudeste, no Rio e São Paulo”, conta. 

 

 

A ascensão e a “queda” de Raul foram rápidas. Nos anos 80, Raul lançou outros cinco trabalhos de músicas inéditas, mas tem a vida pessoal e profissional marcada pelos excessos: períodos sem contrato, divórcio, nascimento de sua terceira filha e o excesso de drogas que, junto a um diagnóstico de diabetes e uma parada cardíaca, o levaram à morte aos 44 anos. 

 

O maior destaque foi o “Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!”, que ganhou disco de ouro, marcado por músicas como “Cowboy Fora Da Lei” e “Gita”. Na Bahia, Zezão relembra que os anos 80, momento de crescimento do movimento Axé Music, consolidou o rock local como combativo e rebelde. “O rock na Bahia é sempre esse contexto de resistência. O próximo marco é a Camisa de Vênus, a partir de 82, que gravou um compacto, bem punk rock, de Marcelo Nova e companhia, também dando uma bicuda total no sistema. ‘Salvador, cidade do axé, vira a cidade do horror’, e essas são as contribuições ao rock”, relata o jornalista. 

 

DA BAHIA PARA O FUTURO
Para Zezão, o novo fôlego do rock na Bahia só retorna nos anos 2000, em um movimento que volta a exportar os baianos para o Brasil e o mundo. Um dos maiores exemplos é a soteropolitana Pitty e seu “Admirável Chip Novo”, de 2003, e a banda Vivendo do Ócio com “Nem Sempre Tão Normal”, de 2009. O Bahia Notícias entrou em contato com a banda, que esse ano celebra 19 anos de carreira e se prepara para o lançamento do seu 5º álbum de estúdio. 

 

A banda surgiu em 2006 com Jajá Cardoso, Lucas Bori e uma proposta de criar uma música sobre suas vivências soteropolitanas e suas identidades a partir de inspirações como Foals, Gang of Four, The Strokes e The Jam, referências no rock alternativo e punk-rock. Espaços como os antigos Boomerang, Commons e Portela Café serviram de palcos para a consolidação de diversas bandas do gênero na capital baiana. 

 


Foto: Alan dos Anjos / Divulgação 

 

Segundo conta Jajá Cardoso, apesar da existência de diversas bandas na cidade, a música não tinha grande visibilidade da mídia e o preconceito com o rock ainda é algo forte. “Muitas pessoas nem se permitem ouvir gêneros alternativos para saber se gostam. Já ouvimos coisas como ‘não gosto de rock, mas gosto do som de vocês’, o que mostra como o acesso molda o gosto”, explica Jajá. 

 

Apesar disso, a banda aponta que a recepção do público em Salvador continua sendo especial, mesmo tendo conhecido outros espaços passando por festivais como Rock in Rio e Lolapalooza. “A recepção sempre foi boa, o comportamento do público nos shows comparando com Salvador não tem igual, afinal é a nossa terra e baiano sabe curtir como ninguém música ao vivo. As pessoas se entregam!”.

 

O último lançamento da banda, a canção “Baila Comigo”, faz parte de seu próximo álbum de estúdio. Com quase 20 anos de estrada, o single foi feito em parceria com um fã da banda, o artista Paulo Miklos, ex-Titãs. “Essa colaboração surgiu porque quando essa música ficou pronta, sentimos que ela tem muito a ver com o trabalho dele no Titãs, então conseguimos contato e ele aceitou”, contou Jajá.

 

Palco de grande referências do rock no país, a Bahia exporta não apenas bandas e grandes nomes, como identidades próprias. O gênero produzido no estado incorpora características e influências outras em seu ritmo. “Os artistas baianos têm o molho, podemos misturar o que a gente quiser com o rock ou qualquer outro gênero porque somos berço musical e temos propriedade para experimentar sem parecer forçado”, garante o integrante do Vivendo do Ócio. 

 

O músico Tom Tavares concorda. Para ele, o rock baiano adquiriu um diferencial em sua produção: a absorção da cultura afro. “Ele absorveu, de alguma forma, ainda que não explicitamente, alguns conteúdos da cultura afro. Falando do ponto de vista rítmico, muita gente acabou absorvendo isso e botando dentro da sua música. Porque, nessa coisa do ritmo, existe o negócio chamado compasso, e você pode botar basicamente todo e qualquer ritmo dentro de um compasso”, declarou. 

Oh Polêmico explica sobre vontade de migrar para música gospel: “Meu pagode tá mudando”
Foto: André Carvalho / Bahia Notícias

O cantor de pagode baiano Davisson Nascimento, conhecido como Oh Polêmico confirmou, nesta quinta-feira (24), sua vontade de migrar de gênero musical. Em junho, o artista comentou sobre “estar chegando” no gospel. 

 

Presente no Festival Negritude, o cantor revelou ao Bahia Notícias que a vontade de se aproximar da religião realmente existe, mas ainda levará tempo. “No momento ainda não vou, não aceitei Jesus ainda, mas estou vivendo uma nova fase da minha vida, onde eu estou bem mais apegado a Deus”, explicou. 

 

“Tudo surgiu por causa de um comentário que eu fiz no post de um amigo que é do pagode e hoje está na presença de Deus e eu falei para ele que em breve eu estaria também. No momento eu não estou, mas estou bastante apegado”, reiterou

 

As mudanças, entretanto, já começaram aos poucos. “Para quem escuta o meu pagode atual, o meu pagode é um duplo sentido, uma parada mais limpa. Eu não estou fazendo mais aquelas paradas de antigamente. No começo, a gente começa com o pagodão proibidão, mas graças a Deus, meu pagode tá mudando e a galera tá gostando dessa nova fase minha”, apontou Oh Polêmico. 
 

Mani Reggo explica por que evita citar ex Davi Brito: "Não tem muito o que se falar sobre esse assunto"
Foto: André Carvalho / Bahia Notícias

A empreendedora Mani Reggo comentou, nesta quinta-feira (24), sobre como lida para desvincular sua imagem a de seu ex-namorado Davi Brito, campeão do BBB 24, em sua vida pública. Separados há mais de 1 ano, Davi ainda costuma falar sobre o antigo relacionamento dos dois. 


Optando por focar em seus empreendimentos, Mani costuma manter sua vida íntima longe de sua vida pública. “Não tem muito o que se falar sobre esse assunto, nem sobre isso. Eu tento resolver minhas questões fora da vida pública, quem me acompanha sabe que eu não falo muito sobre minha vida particular, mas é a vida que segue”, conta. 


Presente no Festival Negritudes, a empreendedora revelou ter planos para expandir loja de roupas, uma parceria com sua irmã Fabiana, para outros shoppings de Salvador e do Brasil. “É um empreendimento assim diferente, porque a gente nunca trabalhou com moda, nem com vestuário, então tá tudo muito novo. A gente ainda está tentando se adaptar e aprendendo aos poucos”, explicou. 

Edvana Carvalho comenta sobre combate ao etarismo: “Quem quiser que saia da frente”
Foto: André Carvalho / Bahia Notícias

A atriz Edvana Carvalho, presente no Festival Negritudes, nesta quinta-feira (24), comentou sobre sua forma de combate ao etarismo. Com 57 anos, a artista coleciona trabalhos no cinema, no teatro e na TV Globo e, recentemente, esteve no ar na novela Renascer. 

 

A artista, que apresentará o monólogo “Aos 50 - Quem Me Aguenta?” entre as celebrações do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, contou ao Bahia Notícias como lida com o preconceito etário no mundo artístico. 

 

“Eu acho que o problema do etarismo não está dentro de mim, está na sociedade. Porque eu me acho uma mulher bonita, eu me acho uma mulher potente. Eu, aos 50 e poucos anos, estou aqui fazendo o meu mestrado, estou na escola trazendo de fora para fazer essa troca dentro da escola”, conta Edvana. 

 

“Eu trago artistas, eu trago psicólogos, eu trago historiadores, eu faço essa troca com a comunidade, eu estou fazendo a novela, eu estou fazendo um filme. Então assim, para mim, a vida não para não. Para as pessoas que querem sempre separar, diminuir, dividir e na minha cabeça isso não exite. Então assim, eu sigo potente e quem quiser que saia da frente”, completa. 
 

Ex-BBB Camilla De Lucas comenta sobre investimentos em carreira de atriz
Foto: André Carvalho / Bahia Notícias

A ex-BBB Camilla De Lucas comentou, nesta quinta-feira (24), sobre sua carreira de atriz. A artista e influenciadora digital é uma das presenças no Festival Negritudes e contou ao Bahia Notícias estar estudando atuação. 


A ex participante do Big Brother Brasil 2021 participou em 2023 do filme “O Lado Bom de Ser Traída”, ao lado de nomes como Leandro Lima e Giovanna Lancelotti. Em fevereiro de 2025, Camilla também participou de um filme ao lado do MC Cabelinho, para Globo Estúdios. 


“Eu fiz um filme para Netflix e foi um filme muito importante para mim, onde eu tive um espaço bem legal e eu recebi um feedback muito positivo. As pessoas gostaram muito da minha personagem, gostaram muito do meu desempenho e claro, isso me motivou ainda mais a ir atrás de estudar”, explicou. 


“Tem outros trabalhos também que estão saindo e eu estou nesse momento estudando lá no Rio de Janeiro, me movimentando que é sempre importante, o corpo estar em movimento”, completou a influenciadora. 
 

Baianos são finalistas de prêmio Jabuti Acadêmico 2025; confira
Foto: Divulgação / CBL

A segunda edição do prêmio Jabuti Acadêmico, organizado pela Câmara Brasileira de Livro (CBL) divulgou, nesta terça-feira (22), os finalistas de 2025. Na lista, três obras de editoras baianas concorrendo ao prêmio em três categorias. 

 

 

Entre as 30 categorias da premiação, distribuídas em dois eixos principais, os baianos concorrem a: “Letras, Linguística e Estudos Literários”, com “Modernismo Negro”; “Ilustração” com “J. Cunha & o Carnaval Negro”; e “Ciências Biológicas, Biodiversidade e Biotecnologia” com “Desmídias do Brasil: catálogo taxonômico e distribuição”. 

 

Publicada pela editora Segundo Selo, a obra “Modernismo Negro”, do autor Jorge Augusto, é um estudo sobre a formação do campo da Literatura Brasileira, do movimento modernista de 22 e a Literatura Negra, a partir do trabalho de Lima Barreto. 

 

Em nota enviada ao BN, a editora da Segundo Selo, Fernanda Santiago, afirma que “obra investe em um debate sobre o modo como a modernidade foi vista e narrada pela experiência de um escritor negro e periférico no início do século passado, mas faz isso investindo em uma compreensão da modernidade acionada por meio do repertório cultural negro-africano, reposto no Brasil”. 

 

Mais um finalista é o ilustrador José Antônio Cunha, com a obra “J. Cunha & o Carnaval Negro”, da Editora Universitária Federal do Recôncavo da Bahia (EDUFRB). Soteropolitano conhecido pela sua colaboração de décadas com o bloco afro Ilê Aiyê, sua obra mobiliza elementos das tradições afro-indígenas e registra o trabalho do ilustrador no Carnaval de Salvador. 

 

Na categoria “Ciências Biológicas, Biodiversidade e Biotecnologia” correm os autores Carlos Eduardo de Mattos Bicudo, Carlos Wallace do Nascimento Moura e Geraldo José Peixoto Ramos. O livro “Desmídias do Brasil: catalogo taxonômico e distribuição” foi publicado pela Editora da Universidade Estadual de Feira de Santana e celebra 150 anos de estudos sobre as desmídias brasileiras, como parte do Projeto Flora e Funga do Brasil. 
 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
A escolha de quem senta ao seu lado pode fazer toda diferença, especialmente quando vai se aproximando a eleição. Outro bom sinal é ver quem aparece nas redes sociais - a questão é não criar expectativas sobre reciprocidade, viu, Cacique? Agora o que me chamou a atenção mesmo foi a novidade do Correria. Só não foi pior do que a nova ideia da equipe do Ferragamo. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Luiz Inácio Lula da Silva

Luiz Inácio Lula da Silva

"O meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar".

 

Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com Donald Trump para o fim do tarifaço.

 

 

Podcast

Vereador João Cláudio Bacelar é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira

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O vereador de Salvador João Cláudio Bacelar (Podemos) é o entrevistado do Projeto Prisma desta segunda-feira (11). O programa é exibido ao vivo no YouTube do Bahia Notícias a partir das 16h.

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