Camaçari: Prefeito diz que volta de comércio vai depender de 'novo normal'
por Francis Juliano

Ipiaú: 'Testar, testar e testar', aponta secretária como ação eficaz de controle da Covid-19
por Francis Juliano

Live do BN: 'A contaminação em Feira é proporcional ao nº de habitantes', diz prefeito
por Fernando Duarte / Bruno Leite

Primeira cidade do estado a ter um caso confirmado do novo coronavírus (Covid-19), Feira de Santana tem atualmente 1.805 pessoas infectadas com a doença. Em entrevista ao Bahia Notícias, na tarde desta quinta-feira (18), o prefeito Colbert Martins Filho (MDB) comentou sobre a quantidade de casos, as experiências de prevenção tomadas pelo município até então e sobre temas polêmicos como a reabertura do comércio.
De acordo com o gestor, o número expressivo de casos e a alta taxa de infecção se devem a fatores como o aumento de testes realizados e a proporcionalidade ao número de habitantes. "A curva de crescimento foi achatada em Feira de Santana desde o início, enquanto em Itabuna, Ilhéus e Ipiaú aumentaram o número. A contaminação em Feira de Santana é proporcional à quantidade de habitantes", argumentou.
Na cidade, medidas de restrição no bairros e nas atividades foram aplicadas. Dentre as localidades feirenses mais afetadas estão o SIM, na Zona Leste; o Tomba, na Zona Sul; e o bairro da Brasília, na região central da cidade.
Criticado pela reabertura do comércio, o prefeito justificou a ação: "Estamos trabalhando fortemente nos bairros e restringindo atividades inclusive em feiras lives. Deixamos claro que Salvador abre lojas de até 200 metros quadrados [de área] há muito tempo e apenas na semana passada abrimos as lojas aqui, de maneira alternada". A motivação pela abertura, contou, se deu pelo objetivo de equacionar o impacto da pandemia no âmbito econômico do município, que tem o setor de comércio e serviços como uma das principais atividades econômicas.
Para Colbert, a disseminação do vírus está acontecendo de maneira distribuída pelo território do município. Circunstância agravada, relata o prefeito, pela localização geográfica estratégica de Feira e a malha viária que a faz despontar como o maior entroncamento rodoviário do Norte-Nordeste. "Essa ligação com o transporte de cargas torna a cidade ainda mais vulnerável", disse.
Uma das preocupações das gestões com o momento pandêmico tem sido a assistência social. Segundo o gestor de Feira de Santana, mais de 15 mil cestas já foram distribuídas para a população e outras 20 mil estão sendo adquiridas para serem direcionadas aos estudantes da rede municipal de ensino - esse quantitativo vai complementar as 5 mil já entregues para famílias de alunos carentes.
CRÍTICAS E LEITOS
Alvo de críticas por parte do secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, nos dois momentos em que optou pela reabertura do comércio local (relembre aqui e aqui), Colbert negou a existência de qualquer rusga com o governo do petista Rui Costa ou com o titular da pasta estadual. "Não existe [tensionamento]. Eu conheço muito o secretário Fábio, até do ponto de vista pessoal. Tenho algumas concordâncias e algumas discordâncias. Estamos fazendo o que é necessário para o povo. Não há tensionamento", comentou Colbert, que assim como o secretário, é médico por formação.
Amistosa com o governo estadual, a relação também tem sido positiva com o governo federal, disse o alcaide: "Existe um bom relacionamento desde a época do ministro Mandeta. Na semana passada conseguimos 7 respiradores novos e já estão em Feira de Santana, alguns deles estão reforçando nosso hospital de campanha. Estamos solicitando também ambulâncias do SAMU para que possam ser completadas a quantidade. Estamos sendo ouvidos sim pelo governo federal".
Assim como outras cidades em todo o país, a prefeitura montou um hospital de campanha, nas antigas instalações de uma maternidade particular. No local, 50 leitos clínicos e 10 de UTI estarão disponíveis nos próximos dias, mas até o momento, como declarou o prefeito, apenas 26 leitos clínicos e 5 de UTI estão ativos. Deste número, 18 leitos clínicos e 4 de UTI estão ocupados. Conforme apontou Colbert, além destes, há leitos em hospitais estaduais e na rede privada, todos com uma ocupação geral acima de 80%.
"Nossa opção aqui vai ser a de aumentar leitos. Eu ofereci ao Exército Brasileiro [o Joia da Princesa] para que pudesse montar um hospital de campanha, mas não tive uma resposta positiva ainda. Fiz essa sugestão e ainda está aberta essa perspectiva. Mas amanhã posso dizer para você se teremos mais leitos abertos em Feira de Santana, estamos buscando a ampliação de mais 30 ou 40 leitos na cidade", anunciou.
Confira a entrevista na íntegra:
Hospital em Eunápolis vai 'desafogar' UTIs para Covid-19 em Porto Seguro, avalia prefeita
por Matheus Caldas

Com 90% de UTIs ocupadas, Ilhéus aguarda mais 35 leitos para tratar Covid-19
por Francis Juliano

Medidas preventivas fizeram a Covid-19 não avançar muito em Alagoinhas, avalia prefeito
por Mari Leal / Bruno Leite

O prefeito de Alagoinhas, Joaquim Neto (PSD), cedeu uma entrevista ao Bahia Notícias através de uma live no fim da tarde desta quarta-feira (20). Durante o bate-papo, mediado pela jornalista Mari Leal, o gestor comentou sobre as ações de enfrentamento da sua gestão ao novo coronavirus (Covid-19) e ressaltou que medidas tomadas com antecedência fizeram com que a doença não tivesse um aumento exponencial nos limites do município.
"Temos a felicidade de tomarmos atitudes precoces e medidas que nos fizeram conter a pandemia do novo coronavirus. Desde fevereiro, montamos barreiras sanitárias, nossa rodoviária está fechada e o comércio e o fluxo de pessoas foram restringidos", apontou Neto, defendendo a essencialidade da ciência e a proteção da vida nas decisões políticas nesse momento.
Tendo em vista a queda na arrecadação, a redução dos salários do prefeito e do vice-prefeito, assim como dos secretários, foi implementada na cidade de Alagoinhas. Além disso, contratos de locação de veículos e o pagamento de diárias foram reduzidos.
Quanto a rede de assistência médica para os pacientes acometidos com a Covid-19, duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) foram mobilizadas exclusivamente para tal serviço. A rede poderá contar ainda com a inclusão de um hospital de campanha no Estádio Municipal Antônio Carneiro.
O alcaide, que também é medico, contou que montou dois comitês: um técnico, formado pelas autoridades de saúde; e outro composo pelas forças empresariais, por representantes do Ministério Público, do Legislativo municipal e de associações rurais. A política, explica Neto, busca dar um equilíbrio nas decisões durante a crise econômica e de saúde pública causada pela pandemia.
Na cidade, estudantes da rede municipal de educação estão recebendo um benefício para auxiliar na alimentação. O recurso, segundo Joaquim Neto, veio da verba que iria para a realização dos festejos juninos – cancelados em todo o estado. A gestão agora tem buscado meios para amparar também profissionais como mototaxistas e artistas.
Na live, ele ainda informou em primeira mão o total de casos diagnosticados em Alagoinhas até esta quarta-feira: são 26. Deste quantitativo, 14 pacientes já se encontram recuperados.
Confira a entrevista completa:
Jaime Barreiros Neto, analista do TRE-BA e professor da Ufba
por Francis Juliano

Luciene Santana, ativista dos direitos humanos e cientista social
por Bruno Leite

Vitor Maciel, mestre em contabilidade governamental
por Francis Juliano

Guilherme Dutra, biólogo e diretor da ONG Conservação Internacional
por Francis Juliano

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Artigos

Alessandro Macedo
A LC 178 e as despesas com pessoal: mais um enterro da Lei de Responsabilidade Fiscal
Como bom baiano, e em pleno dia do Senhor do Bonfim, dia 13 de janeiro de 2021, data que renovamos a esperança de dias melhores, sobretudo, neste difíceis meses de pandemia, somos literalmente chamados há mais um enterro, agora da nossa Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF, que já tinha sido mutilada pela Lei Complementar nº 173, que flexibilizou regras daquela norma, dando in tese, um cheque em branco aos gestores para descumprir travas importantes da LRF que tentavam a tão sonhada “gestão fiscal responsável”, jamais atingida por força dos gestores públicos, que sempre utilizaram a máquina pública para o clientelismo, o fisiologismo e o nepotismo, características do modelo patrimonialista ainda presente no Estado brasileiro.