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Sindcorda faz reunião nesta terça para definir reajuste na diária dos cordeiros no Carnaval de Salvador; profissionais pedem R$ 100

Por Bianca Andrade

Sindcorda faz reunião nesta terça para definir reajuste na diária dos cordeiros no Carnaval de Salvador; profissionais pedem R$ 100
Foto: Sindcorda

O reajuste no valor pago aos cordeiros que atuam no Carnaval de Salvador voltou a ser discutido a menos de 2 meses para o início da folia na capital baiana. Nesta terça-feira (14), a Associação dos Trabalhadores Cordeiros da Bahia terá uma nova reunião para tentar pleitear o aumento na remuneração dos profissionais.

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, Matias Santos, presidente do Sindcorda, informou que o sindicato tentará, novamente, aumentar o valor da remuneração.

 

Em novembro de 2024, antes da primeira reunião com os agentes do Carnaval, a ideia era de tentar chegar ao valor de R$ 150, o mesmo que foi proposto em 2024 e recusado. Agora, o Sindcorda tenta, ao menos, chegar a 30% da proposta.

 

“A diária é R$ 80, estamos em processo de negociação. Estamos discutindo um aumento de 30% a proposta do sindicato”, informou.

 

Para o Carnaval de 2025 em Salvador, mais de 24 blocos já estão confirmados para desfilar na festa, entre eles trios com abadás que vão de R$ 210 a R$ 1.890. 

 

Em 2024, alguns blocos entraram em um acordo para pagar a mais do que o determinado durante as reuniões, que foi a diária de R$ 80. Entre os blocos estava o Camaleão, que tem o abadá mais caro do Carnaval de Salvador.

 

“Os blocos de grande porte vão pagar além do que foi acordado. O que preocupa são os blocos pequenos, que não tem como pagar isso. Então a busca é para que esses blocos busquem o apoio dos patrocinadores para pagar a diária. O Camaleão, por exemplo, além da diária, eles vão ganhar um ticket em um valor que vai reforçar a questão da diária", contou Matias na época.

 

De acordo com o presidente, os blocos de grande porte costumam ter entre 500 a 800 cordeiros, e alguns chegam a desfilar com 1.500 profissionais na avenida.

 

Ao site, Matias afirmou que houve uma queda no número de profissionais na rua em 2024 e a motivação foi a remuneração estacionada. 

 

Estima-se que atualmente 17 mil cordeiros atuem na função no Carnaval de Salvador. Na criação do sindicato, em 2001, o número estimado era de 50 mil profissionais atuando e, desde então, o número vem caindo devido às condições de trabalho.
 

 

“A gente percebeu uma baixa de cordeiro nas ruas pela questão do valor. Hoje o cordeiro não quer ganhar 50 reais, 80 reais. O Cordeiro quer ser valorizado para melhorar a questão do poder de compra. Hoje não se compra quase nada com 80 reais. O que a pessoa faz, trabalhando de 6 a 8 horas na rua para voltar para casa com R$ 60?”, questionou.

 

No acordo firmado em 2024, as negociações deram aos cordeiros direitos básicos de trabalho como o seguro de vida, EPIs de qualidade e um espaço no Conselho Municipal de Carnaval. 

 

No entanto, apesar da promessa, o acordo não foi cumprido em sua totalidade. Ficou em falta a camisa UV e uma alimentação reforçada. A expectativa para o Carnaval de 2025 é que essas reivindicações sejam atendidas.
 

 
“A esperança é a última que morre. É um cenário de muita luta ainda, muita luta, porque para se arrancar um valor digno tem sido algo muito difícil. E a gente precisa conscientizar esses empresários que os profissionais precisam de um valor justo, um valor que atenda a categoria, que os cordeiros tenham o poder de compra, que tenham o seguro, que ele não faça um papel de duplicidade.”