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Na Antena 1, Duda Sanches descarta estender horário do Samba do São Lázaro: "Não é uma possibilidade"

Por Bianca Andrade

Duda Sanches
Foto: Leonardo Almeida/ Bahia Notícias

O Samba do São Lázaro se tornou pauta do final de ano em Salvador devido à polêmica envolvendo a realização do evento gratuito, que acontece em frente a igreja de São Lázaro na Federação, e foi alvo de denúncias de moradores pelo barulho na região após às 22h.

 

Em entrevista a Antena 1 no Bahia Notícias No Ar, o vereador Duda Sanches (União Brasil), que mediou encontros entre os órgãos da Prefeitura e os organizadores do Samba do São Lázaro para encontrar uma forma de manter a realização do evento, desconsiderou a possibilidade da festa ter o horário entendido.

 

“O que a gente está debatendo é a diminuição do volume do som. Aconteceu na última edição da gente conseguir às 10 horas fazer, desligar o som mecânico e funcionar o som acústico, que funcionou e que foi bacana para todo mundo lá. Infelizmente, a gente não consegue fazer uma festa que acontece com essa regularidade, se autorizando a passar do horário das 10 horas, todas as sextas-feiras.”

 

 

Duda citou o Candyall Guetho Square como exemplo com a questão de horário. O espaço, idealizado por Carlinhos Brown e localizado no bairro do Candeal, só realiza shows até às 22h. “O Guetho passou muitos anos fechado por ordem do Ministério Público, porque ele não conseguia se adequar. Hoje quem vai no show da Timbalada, de Carlinhos Brown, 22 horas acaba o som, custe o que custar e não tem mais show”.

 

Para o edil, a opção do som acústico após as 22h é uma alternativa que não trouxe queixas de moradores e teve a adesão do público nas últimas duas edições. “Acontecer todas as sextas com autorização da prefeitura passando das 10 horas não é uma possibilidade. O que é uma possibilidade é continuar funcionando a festa de forma acústica, que as pessoas consigam, com a emissão de som inferior ao que estava sendo emitido, continuar lá, sem som de carro, sem outros estabelecimentos funcionando. Isso é muito permitido e está funcionando, pelo menos funcionou nas últimas duas edições”.

 

O Samba de São Lázaro passou a ser um problema conhecido na mídia em novembro. O evento, organizado por um grupo de pessoas entre eles Jane Ramos e Thiago da Silva, chegou a ser suspenso por algumas edições para buscar uma solução após a intervenção da prefeitura. 

 

De acordo com Duda Sanches, além das queixas dos moradores dos prédios da Federação e Ondina pelo barulho, a falta de organização no evento e as questões com o trânsito e a sujeira no bairro, foram os pontos de atenção para que a festa chegasse a ser suspensa.

 

“Toda festa que nasce de forma orgânica, natural, a gente viu um grau de desorganização alto, o que culminou com essa briga, vamos falar assim, entre os moradores, entre as pessoas de Ondina, que sofrem com som, de São Lázaro mesmo, que sofrem com o trânsito, e com os produtores do samba, que ainda é uma festa com cerca de duas mil pessoas, estava desordenada, com garrafas de vidro que não é permitido em festa de largo, com as autorizações para funcionamento sendo retiradas com a quantidade de pessoas inferior ao que de fato tinha. Tudo isso está sendo debatido e a gente está contando muito com a boa vontade do pessoal do samba. São muitos prédios na região, o barulho incomoda ainda mais moradores de Ondina, essa conversa está sendo liderada pelos síndicos de 18 prédios da região, só que eles infelizmente não podem falar por todo mundo. Então, se eles assinarem qualquer tipo de documento, a Prefeitura ainda assim pode receber denúncias e vai ter que atuar.”

 

 

Após diversas reuniões e acordos, com a emissão de todos os documentos necessários para a realização de um evento em um espaço público, o Samba do São Lázaro voltou a ser realizado. Ao BN, os organizadores afirmaram que o saldo tinha sido positivo. Para Duda, o contato mais próximo com a organização da festa tem sido essencial para o retorno do evento.

 

“As últimas edições foram muito tranquilas, não trouxeram prejuízos a ninguém e a gente está ajudando eles a se organizarem através de pessoas jurídicas, através de uma retirada de alvarás conforme a quantidade de pessoas que eles tem de fato para que a gente consiga fortalecer a festa, mas também garantir o que a legislação manda, que é o som até determinado horário e o sossego e o descanso de moradores da região.”