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Ildazio Jr.: O Carnaval de volta em grande estilo

Por Ildazio Jr.

Ildazio Jr.: O Carnaval de volta em grande estilo
Foto: Jotta Fotógrafo

Prezados, escrevo esse texto na terça, dia 21, às 17:30, assistindo a magnífica cobertura da TVE após voltar do Campo Grande e extasiado com essa festa e o seu poder de  recuperação (muito a ver com o momento e ambiente político em que a cultura estava achincalhada  totalmente e volta a florescer, impulsionada pela vontade de muitos!). Essa festa que faz todas as mazelas desaparecerem e simplesmente, em uma catarse total, todos assumem seus lados mais radiantes, soltos, livres e desimpedidos de qualquer regra de costumes. Que coisa linda!  Mas, para isso acontecer, é necessário ressaltar o mérito de muitos competentes que passaram 2 anos sem ver a cor dessa frondosa festa, e que trabalharam arduamente para que se retomasse em grande estilo o que sabemos fazer como ninguém, carnavalizar! Me pareceu que todos estavam recolhidos nesses dois anos, treinando que nem loucos em um ritual de preparação insano para chegar como os cascos brilhando e dar mais show, o que aconteceu sem dúvida! 

 

Fui em camarotes, em cima de trio, peguei (sem querer e foi punk) a pipoca de Bell, saída do Ilê e fui na Barra - que definitivamente não comporta mais essa quantidade de gente e deve mesmo ser revisto, para se entender que carnaval cabe ali. Também fui  no Campo Grande por 3 horas e vi Durval depois de 20 anos na Avenida, Saulo, Harmonia, Daniela, e mais grandes nomes vinham chegando, o que provou a tese de muitos que bastava colocar as grandes atrações e sem corda que recuperaria esse clássico circuito. 

 

Aproveito para daqui mandar meus imensos parabéns ao Governo do Estado com o Jerônimo presente e seu Secretário de Cultura, Bruno Monteiro, que foram para dentro desta misteriosa cultura da Bahia e bancaram a democrática pipoca para todos e assim “praticaram cultura”, dando ao povo uma festa de alta qualidade artística, plástica e diversa. Gostem ou não da exposição - eu adoro, pois dá satisfação em tempo real que está ligado e demonstra proatividade, tendo a experiência e não “ouvindo o galo cantar” como muitos!  Só para chatear, ainda falta uma decoração fodástica nos circuitos em conjunto com a UFBA/Belas Artes, para decorar com criatividade e beleza e deixar os banners e comunicação visual para algo mais institucional pelo resto da cidade. Afinal, carnaval é arte!

 

E aqui abro mais um capítulo especial para o governo pela sensibilidade, até que enfim, ao homenagear o grande, maior, Moraes Moreira, de maneira digna como sempre mereceu, preservando sua imagem, sua arte e cultura desenvolvida. Pois esse foi a prova viva que existe e sempre existirá um carnaval em cada esquina nessa Bahia. Afinal, para todo mundo que aqui aporta, onde quer que estejam se divertindo, dando risadas, curtindo a alegria de viver, de Caraíva a Barra Grande, do Morro a Praia do Forte, passando por Salvador…  tudo é Bahia mesmo para eles. Agora imagina essa Bahia toda mais Carnaval? Saia de baixo!  

 

Não posso deixar de citar o imenso trabalho com vontade desempenhado também pela Prefeitura de Salvador, a verdadeira dona da festa! O prefeito Bruno Reis não se fez de rogado e como bom “pivete do Calabar” caiu para dentro da festa com seu time todo esperto e ávido a fazer acontecer (rapaz, pense em um time organizado, do uniforme às entrevistas, das fotos no insta à alegria demonstrada para segurar um BO dos maiores que envolve toda a locomoção dos foliões, vida dos ambulantes (calo da miséria no calcanhar do prefeito, mas queira Deus ele resolve, rs), de contratação de trios e artistas independentes a meter as multas nos bebuns! 

 

Falei do público, mas o que vi nas operações privadas dos blocos e, principalmente, dos camarotes, prova que os caras estão mais e mais profissionais, dominando a cena e dando show! Os Camarotes da Brahma, Salvador e Planeta Band, cada um ao que se propõe (e estive lá para atestar), performam em alto nível e a olhos e ouvidos  vivos superam as expectativas dos clientes! Congrats, Brothers!

 

Para finalizar, ficou mais e mais claro para mim a minha tese dos dois carnavais que os poderes públicos têm que conduzir e fazer acontecer! Os empresários devem ser ouvidos em um viés que não pode ser vertical, para que sejam incentivados a investir mais e mais em qualidade e atendimento. Ou seja, serviço a quem aqui está para que, assim, possam gerar emprego e renda. E, claro, o setor público continuar na mesma toada, praticando cultura democraticamente, contratando a todos que puderem, distribuindo pelos quatro cantos da cidade e do estado não só festa, mas desenvolvimento! 

 

Muito bom rever tudo isso e Feliz Ano Novo! Quem é ou se tornou baiano entende!