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Travelling

Davidson pelo Mundo: Turismo regenerativo – viajar para deixar o mundo melhor do que encontramos

Por Davidson Botelho

Davidson pelo Mundo: Turismo regenerativo – viajar para deixar o mundo melhor do que encontramos
Foto: Divulgação

Viajar sempre foi um convite à descoberta, novas paisagens, sabores, culturas e histórias. Por muito tempo, o turismo foi encarado como uma experiência de consumo, onde o viajante escolhia um destino, explorava suas atrações e voltava para casa carregado de lembranças. Nos últimos anos, a pauta da sustentabilidade trouxe um olhar mais responsável: minimizar impactos ambientais, reduzir resíduos e valorizar a cultura local. Mas agora surge um passo além, ainda mais transformador: o turismo regenerativo.

 

A lógica é simples e poderosa. Se o turismo sustentável busca causar o menor impacto possível, o turismo regenerativo propõe algo a mais: deixar o lugar melhor do que estava antes da sua visita. É um convite para que cada viajante seja um agente de cuidado, preservação e até de revitalização.

 

Nesse modelo, o turista deixa de ser apenas consumidor e se torna colaborador. A viagem não se resume a selfies em pontos turísticos, mas a um envolvimento real com o destino. Pode ser ajudar em projetos de reflorestamento, apoiar comunidades tradicionais ao consumir seus produtos, escolher hospedagens que reinvestem na preservação do ambiente ou até compartilhar conhecimento em programas de voluntariado.

 


Existem exemplos inspiradores mundo afora e também no Brasil. Reservas ambientais que direcionam parte do ingresso para a conservação, vilarejos que abriram as portas para experiências de turismo comunitário, hotéis que não apenas neutralizam a emissão de carbono, mas promovem a recuperação de ecossistemas inteiros. Nesses lugares, o visitante não é apenas espectador, ele participa da construção de um futuro melhor.

 


O resultado é um ganho mútuo. O destino recebe benefícios concretos: preservação ambiental, fortalecimento cultural, geração de renda. E o viajante leva consigo algo ainda mais valioso: uma experiência genuína, marcada pela conexão profunda com pessoas, histórias e territórios. É a diferença entre visitar um lugar e realmente fazer parte dele, ainda que por alguns dias.

 

Viajar, afinal, pode ser mais do que um intervalo na rotina. Pode ser um gesto de transformação. O turismo regenerativo nos lembra que, além de colecionar memórias, temos o poder de cultivar futuros. A pergunta que fica é: qual marca você quer deixar no destino que visita? Apenas pegadas na areia ou sementes de um mundo melhor?

 

Existem, sim, pessoas altamente comprometidas com a sociedade, com o meio ambiente e com tantas outras causas. Existem, sim, pessoas que buscam, numa viagem, algo a mais que uma linda selfie, postagens em redes sociais e até conhecimento e ganho cultural. Existem pessoas que aproveitam suas férias para dividir seu tempo, sua experiência e deixar algo mais para o mundo e sociedade em que vivem.

 

Essas pessoas não deixam de consumir em restaurantes, fazer passeios, realizar compras, ir a shows ou eventos culturais. Além disso tudo que compõe a cadeia de consumo do turismo, essas pessoas fazem prevalecer sua consciência cidadã e querem deixar algo positivo naquele destino que visitaram, uma espécie de retribuição, gratidão. Esse é o princípio do turismo regenerativo: não precisa ser muito, basta ser o suficiente.