Na Antena 1, Paulo Neto revela detalhes do Prêmio Melhores da Gastronomia e comenta cenário culinário de Salvador
Por Manuela Meneses
A primeira edição do “Prêmio Melhores da Gastronomia: Edição Salvador” vai agitar a cena culinária da cidade. A cerimônia de premiação será realizada nesta sexta-feira (29), às 19h, no Centro de Convenções de Salvador. O evento reunirá chefs renomados, donos de restaurantes, críticos e personalidades do setor.
Em entrevista à Antena 1 Salvador, no programa Bahia Notícias no Ar, um dos idealizadores da disputa, Paulo Neto, que é CEO da HubNexxo – empresa especializada em contabilidade para restaurantes –, deu mais detalhes sobre o evento. Segundo ele, são esperadas cerca de 500 pessoas para o que promete ser a “noite de gala da gastronomia baiana”.
Neto destacou que o prêmio é o resultado de um ano de trabalho intenso. “A expectativa é grande (...). Tivemos o período de inscrição, de avaliação, de apuração e, agora, é o período da revelação. A gente vai revelar os jurados que são secretos”, explicou.
O sigilo foi um dos pilares do processo. Segundo o organizador, os jurados atuaram secretamente, visitando os estabelecimentos sem serem identificados. Além do corpo técnico, a votação popular também teve seu peso. “A gente vai revelar os jurados que são secretos. Os jurados já julgaram, já foram nos restaurantes, só que de forma secreta”, contou. Nesta primeira edição, os estabelecimentos concorrentes receberam ao menos três visitas, incluindo a média da votação popular.
Ao todo, serão 38 premiações distribuídas em 22 categorias, que incluem desde o “Melhor Restaurante de Comida Baiana” e “Melhor Acarajé” até a “Melhor Experiência Gastronômica”. A premiação de Destaques elegerá cerca de 10 estabelecimentos em modalidades como “Melhor Lugar para Socializar” e “Melhor Lugar para um Date”.
O prêmio também homenageará os profissionais por trás da culinária, com categorias como “Chef de cozinha”, “Melhor Maître”, “Restaurateur” e “Melhor Chef Pâtissier”. O idealizador pontuou que os premiados foram escolhidos com base em diversos critérios, incluindo atendimento, ambiente, experiência, qualidade dos ingredientes e originalidade do prato.
A inovação também terá seu espaço, com a premiação para mixologistas. Paulo ainda ressaltou a importância desses profissionais: “Leva o alimento ao potencial a partir da combinação com ingredientes alcoólicos ou não alcoólicos. O mixologista, hoje, é fundamental numa operação de lembrança. As pessoas gostam de se sentar e tomar um drinque, e ele não poderia ser esquecido”.
CENÁRIO GASTRONÔMICO DE SALVADOR
Na conversa com o Bahia Notícias no Ar, Paulo ainda analisou que a gastronomia evoluiu de uma necessidade para uma experiência. Ele fez uma comparação entre a origem dos restaurantes como locais de “restauração” para “matar a fome” e a visão que se tem atualmente desses espaços como local de confraternização.
“O restaurante, no início, na criação, era um lugar de restauração. As pessoas iam comer para sobreviver: a gastronomia de sobrevivência. Depois, virou um lugar de celebração, um lugar da experiência de comemoração. Hoje em dia, como a mesa vem ganhando um lugar de destaque, as pessoas não cozinham mais tanto em casa como cozinhavam, e o restaurante passa a ter esse protagonismo”, evidenciou.
Segundo ele, Salvador se destaca como um dos principais polos gastronômicos do país. “Se você pensar: ‘Qual gastronomia é única e peculiar quando se pensa no Brasil?’, a gente vê, inclusive, que realities de gastronomia e documentários no mundo apontam a gastronomia baiana como esse lugar”, refletiu.
“No Brasil, vamos pensar na gastronomia baiana, na mineira, que é a gastronomia do interior, e na gastronomia paraense — só que a baiana está ali com esse destaque. As pessoas viajam e já colocam no seu roteiro quais restaurantes querem frequentar, e aqui nós temos um dos melhores restaurantes do país, além de chefs fantásticos que estão fazendo a gastronomia pulsar”, completou.
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Sobre o comportamento do consumidor baiano, Paulo Neto observa que, embora influenciado por fatores culturais e econômicos, o hábito de comer fora ainda é menos frequente no estado. “No eixo Rio-São Paulo, principalmente em São Paulo e Brasília, já é um caminho tradicional: todo mundo vai duas ou três vezes na semana comer fora. Já em Salvador, isso ainda está chegando, talvez de duas a três vezes no mês”.
De acordo com ele, apesar da frequência, há espaço para todos os tipos de estabelecimentos, desde os mais sofisticados até os bares mais descontraídos. “Todo lugar que tem uma predisposição ao calor, os bares são mais frequentados pela informalidade do processo, mas acho que há momento para tudo. A gente tem botecos gourmet, botecos raiz, tem o momento do consumo, mas há espaço para todo mundo”.
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