Maior retrospectiva da carreira do artista Vik Muniz chegará ao MAC Bahia em dezembro
Por Redação
Após passar pelo Recife, a maior retrospectiva da carreira de Vik Muniz chegará a Salvador no dia 12 de dezembro. A exposição “A Olho Nu”, em cartaz no Instituto Ricardo Brennand desde junho, desembarca no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC-BA), reunindo mais de 200 obras que percorrem as quatro décadas de trajetória do artista paulistano, considerado um dos nomes mais relevantes da arte contemporânea internacional.
A mostra, que já se destaca por apresentar, pela primeira vez, lado a lado, esculturas e os trabalhos fotográficos que consagraram Vik, ocupará o MAC Bahia com séries produzidas desde os anos 1980 até criações inéditas. Entre os destaques estão obras como “Cabo de Guerra II” (1989) e “Leite Inclinado” (1990), que evidenciam a interseção entre escultura e fotografia, além das ilusões visuais e o humor característico do artista.
“A Olho Nu” também traz objetos pouco conhecidos do público, como “Concretismo Clássico” (2025), série de esculturas em mármore e granito inspiradas no movimento artístico brasileiro do fim dos anos 1950, além de peças icônicas como o “Sarcófago Tupperware” e “Grande Livro”, que reúne toda a Enciclopédia Britânica em um único volume.
Em entrevista ao jornal O Globo, Vik Muniz afirmou que a circulação da mostra pelo Nordeste, começando pelo Recife e chegando a Salvador, tem um significado especial, tanto pela intenção de romper com o tradicional eixo das grandes exposições, quanto pela relação afetiva com a região.
“Em 1999, numa viagem a Salvador, comecei a descobrir um Brasil mais autêntico, em que as pessoas não só consomem cultura, mas fazem parte dela. Ali senti que precisava estar mais próximo”, relembrou o artista, que mantém a galeria “Lugar Comum”, na Feira de São Joaquim, na Cidade Baixa.
Vik também explicou ao jornal que levar a mostra ao Nordeste funciona como uma homenagem ao pai, Vicente José, cearense que faleceu em abril deste ano. “Meu pai saiu do Ceará num pau de arara, foi para o Rio, depois para São Paulo. Ele e minha mãe entraram num museu pela primeira vez para ver uma exposição minha, mas sempre acreditaram em mim”, destacou.
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