Mesclando cultura afro e meio ambiente, Jardim Etnobotânico é inaugurado em Salvador
Por Redação
O Jardim Etnobotânico, novo espaço inserido no Jardim Botânico de Salvador, em São Marcos, foi inaugurado pela prefeitura no Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado na última quinta-feira (5). A nova área abriga espécies vegetais ligadas a divindades das religiões de matriz africana em um percurso de aproximadamente 800 metros de trilha ecológica.
A entrada ao espaço é gratuita e a visitação é aberta ao público de terça a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 14h. As visitas guiadas são oferecidas às terças, quartas e quintas-feiras, tanto pela manhã quanto pela tarde. Para agendamento, os interessados podem entrar em contato pelos telefones (71) 3202-5667 e 3202-5666 ou pelo e-mail [email protected].
Entre os espaços temáticos no Jardim Etnobotânico, por exemplo, há um denominado “Curso das Águas-Mães”, que traz referência às divindades Osun, Ndandalunda, Togbosi, Iyemonja, Kayala e Azlí Kayá. Segundo informativo instalado, o lugar representa a força e a fluidez feminina e todo o seu potencial de fecundidade. Já a área “Anciã do Saber Atemporal” retrata as divindades Nanã, Nzumba e Nã Buku, sendo descrita como um lugar para refletir sobre a importância do saber tradicional.
“Além da preocupação com a questão ambiental, com essa trilha, a gente concilia as nossas tradições culturais e religiosas. Já havíamos inaugurado este parque no passado. Aqui possui diversas espécies e conteúdo para quem quer estudar, para quem quer pesquisar. Mas também é um ponto turístico que proporciona o conhecimento de nossas tradições, sejam elas religiosas ou culturais, assim como também da história da nossa Mata Atlântica”, destacou o prefeito de Salvador, Bruno Reis.
Yalorixá do Ilê Axé Ewê, em Fazenda Grande I, Agbá Do Ti Ossain, 75 anos, celebrou a preocupação do município em implantar um espaço dedicado à herança afro. Ela fez questão de percorrer a trilha e conhecer de perto o herbário sagrado.
“Estou muito agradecida e emocionada de estar no meio de tantas folhas, de tantas ‘insabas’, num ambiente de tanta tranquilidade. Cada um dos orixás tem sua folha, e a cidade precisava ter realmente um espaço como esse”, pontuou.
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