Gilberto Gil lança campanha ambiental rumo à COP30 durante show da turnê
Por Redação
A campanha “Conservar é a nossa arte”, idealizada por Gilberto Gil e desenvolvida pela agência Rastro, em parceria com a Conservação Internacional, foi lançada neste sábado (31), durante apresentação do artista na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. A iniciativa tem como objetivo promover a conservação ambiental no país, em preparação para a COP30, que será realizada em 2025, em Belém (PA).
O projeto será desdobrado em diversas plataformas até a conferência climática e marca os 35 anos de atuação da Conservação Internacional no Brasil. O primeiro conteúdo da ação é o filme-manifesto “Esse não é o fim”, com foco na regeneração do planeta e no papel do Brasil no debate ambiental global.
Narrada pelo próprio Gilberto Gil, a peça audiovisual transforma sua última grande turnê, Tempo Rei, em palco para um alerta sobre o futuro do planeta. A mensagem central é clara: conservar a natureza é um ato de criação, transformação e permanência. Em vez de reforçar uma narrativa de colapso, a campanha aposta em uma abordagem regenerativa, positiva e poética — alinhada aos novos paradigmas da comunicação climática.
Presente em mais de 30 países e seis continentes, a Conservação Internacional atua desde 1990 na proteção dos sistemas naturais essenciais à vida, como florestas, rios, oceanos e a biodiversidade. No Brasil, tem papel ativo na proteção da Amazônia, da Mata Atlântica, do Cerrado e de outros biomas, colaborando com governos, comunidades e empresas na promoção de soluções baseadas na natureza.
A campanha chega em um momento estratégico, com o país se preparando para sediar a COP30, e reforça a importância de uma visão interseccional entre cultura, meio ambiente e desenvolvimento sustentável. “A arte tem um papel fundamental na construção de imaginários de futuro. Ao unir a voz de Gilberto Gil à pauta climática, criamos um convite coletivo à ação, à regeneração e ao cuidado com o tempo que ainda temos”, explicou Afonso Soares, diretor de criação da Rastro.
Gil, que é conselheiro da Conservação Internacional, tem uma longa trajetória de envolvimento com pautas ambientais e culturais. Foi vereador e autor da Comissão de Meio Ambiente em Salvador nos anos 80, ministro da Cultura entre 2003 e 2008, com foco na diversidade cultural, e mantém iniciativas como o Camarote Expresso 2222 com lixo zero, além de projetos com o Instituto Terra e a FAO.
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