Modo debug ativado. Para desativar, remova o parâmetro nvgoDebug da URL.

Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias Hall
Você está em:
/
/
Social

Notícia

Bailarina baiana AnaVitória realiza performance na Times Square, em Nova York

Por Alexandre Brochado

Bailarina baiana AnaVitória realiza performance na Times Square, em Nova York
Foto: Anastácia Murad

A bailarina e coreógrafa baiana AnaVitória realizou uma performance na Times Square, em Nova York, intitulada "Silence Dance Square". Em entrevista ao BN Hall, ela explicou que a ideia da apresentação surgiu a partir de um encontro durante um festival de cultura e dança, onde trabalhou com o artista japonês Akihito Ichihara.

 

 

AnaVitória possui pós-doutorado em Artes da Performance pela FMH-UL, em Portugal, e PhD em Artes - Performances do Corpo pela UNIRIO, no Brasil. Diretora artística premiada, ela mantém seu foco em espetáculos de dança contemporânea e poéticas corporais. Atualmente, coordena o Mestrado Profissional em Dança na Contemporaneidade na Faculdade Angel Vianna e é investigadora colaboradora em projetos de performance no Brasil e em Portugal. Desde 2018, vive entre os dois países, desenvolvendo seu trabalho artístico-pedagógico sobre poéticas autoperformativas.

 

"Durante três dias, nos reunimos no estúdio. Eu, ele e mais algumas pessoas. Fizemos toda a preparação, os figurinos e a performance dentro da filosofia Butoh, que é uma abordagem muito específica de dança e arte", disse AnaVitória. A escolha do local foi estratégica, buscando um contraste em relação à essência da dança que representavam. "Optamos por escolher um local que fosse muito contrastante em termos de qualidade e de ritmo. A Times Square é um lugar extremamente caótico, barulhento e cheio de informações", comentou.

 

AnaVitória destacou o desafio de manter a concentração em um ambiente tão tumultuado. "O desafio foi enorme, lidar com o ambiente e manter o ritmo lento do Butoh, que acessa micro movimentos e memórias ancestrais", afirmou. Para ela, a performance foi como "um feito quase dentro do olho do furacão".

 

"Após vivenciar essa luta externa, ao acessar nossas memórias mais profundas, encontramos um suporte muito forte. Em determinados momentos, fomos capturados por barulhos e luzes, mas a força do Butoh sustentou nossa interioridade", refletiu.

 

Sobre a reação do público, a bailarina observou que as crianças ficaram encantadas com a apresentação. A interação foi intensa, com espectadores se aproximando para filmar e fotografar. "A performance durou quase 20 minutos, e muitas pessoas aplaudiram e comentaram sobre a experiência".

 

A artista também ressaltou a importância da dança Butoh em sua trajetória. "É uma dança trazida do Oriente para o Ocidente, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, e tem uma especialidade em trabalhar com corpos maduros", explicou. Com 55 anos, ela enfatizou a possibilidade de reconexão que essa dança oferece. "A dança Butoh permite que os corpos maduros se expressem artisticamente, desafiando a ideia de que apenas jovens podem dançar", concluiu.

 

A experiência na Times Square, segundo AnaVitória, representa um espaço democrático onde a arte e a vida se entrelaçam, reafirmando a importância da expressão artística para todos os corpos, independentemente da idade.

 

Siga o @bnhall_ no Instagram e fique de olho nas principais notícias.