Arquitetando: Beleza, tecnologia e sustentabilidade pautam a nova era dos revestimentos

Se em diversos momentos da história o homem se distanciou da natureza, agora o caminho inverso o reaproxima do que sempre esteve ali, abundante, proporcionando acolhimento e bem-estar. Essa valorização do natural, do orgânico, aparece em diversos segmentos e, com a arquitetura e a decoração não é diferente.

 

Ripado em bambu no forro e no piso porcelanato que imita cimento queimado.
O combo perfeito da beleza e sustentabilidade. (Projeto: Alexandre Nalin/ Rafael Leoni- Foto: Gabriela Daltro).

 

Além das formas naturais, a sustentabilidade é uma pauta constante, bem como é ponto de partida para a escolha de elementos decisivos na hora de bater o martelo do projeto final. Com os revestimentos, acontece o mesmo, já que, cada vez mais, as novidades trazem referências e apresentam vantagens financeiras, competitivas e estéticas inegociáveis.

 

Variedade em formatos, cores e texturas garantem funcionalidade e durabilidade aos revestimentos.

 

Com isso, os holofotes brilham para materiais como bambu, PVC, fibra de coco e até garrafa pet – materiais renováveis que se tornam matérias-primas em processos de fabricação diferenciados e certificados, como ecológicos. Em nada deixam a desejar em termos de sustentabilidade, durabilidade e, principalmente, beleza.

 

Bancadas e parede ganham mais personalidade com a aplicação da pedra Quartzito Kouros.(Projeto: Alexandre Nalin/ Rafael Leoni- Foto: Gabriela Daltro).

 

É o que explica Márcio Souza Nascimento, sócio-diretor da Bikatto, loja especializada no segmento e localizada em Salvador: “As empresas têm investido cada dia mais em tecnologia e inovação, conseguindo reproduzir com fidelidade elementos da natureza, como as pedras, por exemplo, que aparecem somados a acabamentos mate e acetinados para compor ambientes sutis e elegantes. Isso acontece em produtos que reproduzem as pedras Hijau, Hitam, seixos, sem esquecer das peças coringas e atemporais na decoração que são as madeiras, cimento queimado e concreto aparente.”

 

Márcio Souza Nascimento e Rouse Nascimento, sócios da Bikatto.

 

De acordo com ele, essa mudança no processo de fabricação dos revestimentos operou uma transformação na maneira de utilizá-los, a exemplo do revestimento cerâmico, antes aplicado para isolar, revestir ou impermeabilizar. Agora, essas peças são verdadeiras protagonistas dos ambientes e passaram a ser usadas também nos painéis e até fachadas, em harmonia com diversos outros elementos, entre eles, louças e metais.

 

Não faltam opções sustentáveis e modernas quando o assunto é revestimentos.

 

Já em relação às tendências e novidades, além da volumetria e formas orgânicas, o profissional ressalta que, para quem gosta de cores, os famosos azulejos de metrô são os mais procurados – mas até eles ganharam novas versões: “Temos uma gama de novos formatos e cartelas de cores que variam desde os tons pastéis até cores extremamente vibrantes, agradando a todos os públicos.”

 

Além do charme do cimento queimado que, também, oferece longa durabilidade e dá um tom moderno aos ambientes, as peças em grandes formatos viraram as queridinhas da decoração, por darem mais amplitude, imponência e sofisticação. As poucas emendas que possibilitam uma estética muito mais agradável e, ainda, muito mais fácil de limpar, seja em pisos, paredes e como aparece agora, em outras superfícies: “Temos, no mercado, componentes que chegam a ter 160 x 320 m que são muito procuradas para a confecção de mobiliário e grandes bancadas Gourmet, também com cortes orgânicos, trazendo projetos cada vez mais personalizados e exclusivos”, ressalta Márcio.

 

Que essa multifuncionalidade dos revestimentos possibilita criações funcionais, criativas e infinitas, ninguém tem dúvida. Mas, para que tudo saia perfeitamente de acordo com o projeto, é preciso ficar atento à escolha do revestimento ideal e do profissional que irá aplicá-lo, para evitar surpresas desagradáveis no futuro. “É importante escolher produtos de qualidade, sempre respeitando às orientações técnicas, para que esses itens  atendam à finalidade de uso, seja ela residencial, comercial ou industrial. Dessa forma, o produto terá uma vida útil muito mais longa, evitando transtornos, reformas e obras indesejáveis”, completa Márcio.