Arquitetando: Denilson Machado lança livro e ministra workshop em Salvador
Ele é badalado, talentoso e é um dos fotógrafos de arquitetura mais requisitados do país. O olhar diferenciado de Denilson Machado é tão disputado que, na sua agenda, só há vaga para abril de 2023. O sucesso não é à toa, sendo fruto de uma carreira sólida de mais de 20 anos no segmento, em busca do melhor ângulo, do posicionamento exato e da luz ideal. Como se não fosse suficiente, além de fotógrafo, Denilson é também professor, palestrante, artista visual, autor de 11 livros, colaborador de dezenas de outros, e assina mais de 160 capas de revistas mundo afora. Além disso, está à frente do MCA Estúdio, juntamente com seu sócio Juliano Colodeti.
Para falar sobre essa expertise, o profissional esteve em Salvador, nessa terça-feira (25), a convite da Florense, para ministrar o workshop “A Fotografia, o Marketing e Outros Assuntos para arquitetos” e, para lançar seu mais recente livro “Minhas Verdades Incompletas”, que traz 420 páginas e reúne 366 fotografias – uma para cada dia do ano – e cerca de 180 escritórios de arquitetura, entre eles, Jader Almeida e Nildo José. O evento reuniu diversos arquitetos que, por quase 2 horas, aprenderam sobre fortalecimento e posicionamento de marca, truques para fazer um bom clique e a importância da fotografia para valorizar o projeto de arquitetura.
De acordo com o fotógrafo, o mercado de arquitetura mudou completamente com a internet e as redes sociais e, felizmente, alguns arquitetos já começam a entender isso: “Hoje é possível perceber uma valorização maior do fotógrafo especializado. Digo isso porque o trabalho do arquiteto é arte, e o do fotógrafo não se resume a simplesmente documentar o espaço em questão, mas, sim, em traduzir o que aquele ambiente comunica e levando essa mensagem ao campo artístico”, explica ele.
Para Denilson, o grande desafio é fazer com que a fotografia vá além e tenha função estética: “O espaço é tridimensional e a fotografia tem apenas duas dimensões e é exatamente essa a questão que preciso resolver. Isso só é possível através do entendimento da linguagem e da poética daquele arquiteto para conseguir fazer a leitura necessária e traduzir este sentimento para o observador. A foto foi feita para isso, para emocionar. É arte na forma mais pura”, completa.