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Coluna

Fala, Albuca!: Neojiba, meu milagre preferido

Por por Beatriz Albuca - @albuquerquebeatriz

Fala, Albuca!: Neojiba, meu milagre preferido
Foto: Divulgação/Site

Ninguém passa ileso ao Neojiba, seja no palco ou na plateia. Percebi isso justamente quando em um determinado momento da vida me questionando sobre o real poder de transformação da cultura, encontrei uma matéria em uma revista francesa com o título, traduzido livremente aqui por mim, « O milagre cultural da orquestra de jovens da Bahia ».

 

Ir à um concerto do Neojiba sempre esteve entre minhas programações preferidas e há anos que ele me emociona de uma maneira que nunca soube explicar. Neojiba é uma dose de esperança, é a vontade, e mais, é quando a vontade encontra a coragem e parte para a ação; é música em comunhão com o sagrado. Hoje, me toca como um velho amigo, daqueles que participaram da minha formação enquanto pessoa, desses amigos que de tanta convivência, influenciam em quem você é até hoje. O que agora, anos depois da primeira vez que fui à um concerto, eu entendi é o quanto ele se projeta para além do plano estético e pessoal e toca o plano político da arte com a mesma excelência.

 

Neojiba - Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia.

 

Para além de ser uma orquestra de excelência, é um projeto de polÍtica publica do Governo do Estado. É justamente nesse ponto que a politica e arte precisam se unir pelo desenvolvimento da Bahia. Quem fala que arte não pode se relacionar com a política, não entendeu nada sobre o poder da arte. Para os que não conhecem o projeto, ele tem como objetivo a integração social, em prioridade de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, através do ensino e da prática musical, sobretudo da música clássica. O Neojiba rompe o distanciamento que tendemos a ter com a musica clássica e prova na prática que todos podemos tocar um instrumento clássico, desde que tenhamos as condições adequadas. É um presente para quem participar e também para quem assiste, é um acesso intimista ao repertório clássico. Não é uma arte de propaganda politica, mas uma política publica de educação cultural: uma escolha de um investimento na educação através da arte. Política é escolha e escolher pela cultura nunca será caro demais.

 

É uma dose de esperança que a gente tem que poder tomar sempre que precisar. Paulo Freire tinha toda razão quando disse que a educação não muda o mundo, ela muda as pessoas, e as pessoas mudam o mundo. Isso ainda vai nos levar muito além.

 

É, o Neojiba é o meu milagre preferido.