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Coluna

Desafio Ambiental: Operadoras de telecom aceleram transição energética com sustentabilidade

Por Lenilde Pacheco

Desafio Ambiental: Operadoras de telecom aceleram transição energética com sustentabilidade
???????Foto: Divulgação

O setor energético brasileiro tem conquistado significativa expansão da capacidade instalada, como demonstram dados do Ministério de Minas e Energia. Entre janeiro e agosto de 2023, o crescimento foi de 7 Gigawatts (GW), dos quais, 6,2 GW têm origem nas fontes solar e eólica. 

 

Ao mesmo tempo, porém, setores de elevado consumo, como o das telecomunicações enfrentam os desafios da internet móvel ultrarrápida e tráfego cada vez maior de dados, fatores que elevam o consumo. 

 

Com isso, as operadoras passaram a acelerar a transição da matriz energética para modelos mais sustentáveis, como a TIM que acaba de superar uma das metas da jornada ESG com o início das operações de sua 101ª usina de energia renovável.

 

Num cenário em que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) classifica as operadoras de telecom em 4º lugar dentre os Top 10 setores comerciais que mais consomem energia elétrica no Brasil, são inadiáveis os esforços para maior eficiência energética, uma prioridade da agenda verde. 

 

A expectativa inicial da TIM, anunciada em maio, era instalar 100 unidades até o final deste ano. Conseguiu concluir uma nova planta a mais,  situada em Brasília, onde  amplia o projeto de geração distribuída da operadora. O propósito é ampliar o uso de usinas de fontes renováveis. A companhia já alcançou uma produção equivalente a 54% do seu consumo total.

 


Foto: Mariana Di Pietro

 

A complementação hoje é feita com a aquisição no mercado livre e compra de certificados de energia renovável para manutenção do patamar de 100% de energia limpa no seu consumo total, explica o vice-presidente de Recursos Corporativos da TIM, Bruno Gentil. A ideia é depender cada vez menos do recurso suplementar, apostando na ampliação do número de usinas: 

 

"Estamos caminhando para garantir que a operadora seja a detentora do maior índice de autogeração de energia renovável. Ultrapassamos mais de 100 unidades que alimentam nossas operações em diferentes Estados, com predominância de plantas solares, liderando os avanços em geração distribuída de energia no setor de telecomunicações e comprometidos com a agenda ESG da companhia", enfatizou. 

 

Com usinas em 22 Estados e no Distrito Federal, a TIM obtém a geração de 31,7 GWh mensais, volume capaz de  abastecer 17,5 mil antenas. A operadora prioriza o aporte de energia solar, mas conta também com usinas hídricas e de biogás. A companhia possui mais de 20 parceiros envolvidos, incluindo a Faro Energy, que opera mais de 40 usinas com a TIM, incluindo a recém-lançada em Brasília, com produção de 1.308 MWh/ano.

 


Foto: Mariana Di Pietro

 

A pressão para que as operadoras de telecomunicações se tornem mais sustentáveis deixou de ser uma questão ética para se tornar uma necessidade comercial também. Segundo o relatório "The Future of Mobile", da GSM Association, 73% dos consumidores ajustam seu comportamento de compra levando em conta o papel socioambiental exercido pelo prestador do serviço.

 

Impacto ambiental
A Vivo também conhece essa demanda e responde com um pilar de sustentabilidade que reúne iniciativas para a redução do impacto ambiental de suas operações. Em seu relatório integrado de 2022, demonstra como se tornou uma empresa 100% carbono neutro nas operações próprias e com energia renovável desde 2019. Dentro do programa de geração distribuída, encerrou o ano com 48 usinas instaladas. 

 

A companhia pretende engajar toda a cadeia de valor na jornada ESG e atua para reduzir emissões dos fornecedores por meio de um programa de desenvolvimento de fornecedores carbono intensivos. Fechou o ano com todas as metas atingidas no programa de logística reversa de resíduos eletrônicos, o Vivo Recicle. Foram mais de 5 milhões de itens recolhidos desde 2006 e 11,3 toneladas de resíduos reciclados em 2022 (expansão de 22%).  

 

Em síntese, TIM e Vivo procuram atender com eficácia para a redução do consumo de energia ou para a logística reversa, por exemplo, aos stakeholders atentos às questões ambientais. Elas atendem à ética, assim como aos interesses comerciais, diferencial denominado eco-vantagem pelo professor Daniel Esty, do Centro para Negócios e Meio Ambiente da Universidade de Yale. Mas é preciso que consigam manter elevadas a qualidade e a performance do serviço.

 


Foto: Divulgação