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A decisão de abandonar o Brasil para enfrentar o front de uma guerra nunca é simples. Aos 31 anos, o baiano conhecido como Big Jhon, ex-radialista e morador do bairro de Cajazeiras, em Salvador, escolheu a Ucrânia como destino e o combate como missão. Hoje, longe da rotina da capital baiana, ele atende apenas por Arcanjo, codinome que passou a usar por questões de segurança e que o acompanha na linha de frente da defesa territorial contra a invasão russa.
A chegada ao país do leste europeu foi marcada por exaustão física e choque psicológico. Foram mais de 18 horas de viagem até o primeiro contato com o cenário de guerra. "A gente chega respirando a morte. Cemitérios, fábricas de lápide, o semblante pesado das pessoas. Apesar de tentarem viver normalmente, o clima é outro", relata Arcanjo, que ainda aguarda o primeiro contato direto com o campo de batalha, previsto para ocorrer nas próximas semanas.
Segundo ele, a decisão de se alistar foi motivada por três razões: justiça, vocação e condições financeiras. “O que a Rússia faz com o povo da Ucrânia é inadmissível, é como o que Israel fez com Gaza. Eu também já fui militar, entre 2012 e 2013, no Exército em Salvador. E o salário aqui também é atrativo. Juntei os três motivos e vim”, explica.
Arcanjo conta que a despedida da Bahia não foi fácil, especialmente por se tratar de um retorno às suas raízes. “Me despedir foi duro. A Bahia é minha raiz, tem histórias maravilhosas, mas eu precisava buscar algo novo para melhorar a vida da minha família”, diz.
Enquanto aguarda o enfrentamento direto, ele passa por treinamentos militares intensos e já vivenciou momentos de tensão com alertas de bombardeio. “A gente precisou correr para abrigos subterrâneos. Ouvir o drone passando por cima da nossa cabeça é aterrorizante”, relata.
Apesar do medo, que admite sentir, ele afirma não conhecer a covardia. “Eu tenho medo de tudo, até de sapo. Mas covardia eu não tenho. Jesus teve medo, e quem sou eu para não ter? Só que sigo lutando com os irmãos”, afirma.
O baiano também destaca a valorização que os soldados recebem no país europeu. “Aqui somos tratados como heróis. No metrô, nas ruas, nos carros. As pessoas nos agradecem, tiram fotos. É diferente do Brasil, onde soldado é visto como pintor de meio-fio ou faxineiro. Isso nos motiva a continuar”, diz.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, aceitou, nesta terça-feira (18), a proposta de cessar-fogo contra a Ucrânia durante 30 dias. O plano foi elaborado pelos Estados Unidos e a decisão do chefe russo aconteceu após uma ligação de Donald Trump que durou mais de três horas. A Ucrânia já havia aceitado o acordo.
“Putin apoiou a ideia de Trump de uma renúncia mútua de 30 dias entre Rússia e Ucrânia aos ataques à infraestrutura energética e deu tal ordem aos militares”, declarou o Kremlin.
O governo russo deu uma declaração sobre a iniciativa dos Estados Unidos e a aceitação de cessar-fogo, durante os 30 dias.
“No contexto da iniciativa do Presidente dos EUA de introduzir um cessar-fogo de 30 dias, o lado russo delineou uma série de pontos significativos relativos à garantia do controle efetivo sobre um possível cessar-fogo ao longo de toda a linha de contato de combate, a necessidade de interromper a mobilização forçada na Ucrânia e o rearmamento das Forças Armadas Ucranianas”, iniciou declaração.
“Também foram observados sérios riscos associados à incapacidade de negociação do regime de Kiev, que repetidamente sabotou e violou os acordos alcançados. Chama-se a atenção para os crimes terroristas bárbaros cometidos por militantes ucranianos contra a população civil da região de Kursk”, declarou o governo russo.
A casa branca também deu sua declaração sobre o ocorrido desta terça-feira.
“O Presidente Trump e o Presidente Putin falaram sobre a necessidade de paz e um cessar-fogo na guerra da Ucrânia. Ambos os líderes concordaram que este conflito precisa terminar com uma paz duradoura. Eles também enfatizaram a necessidade de melhorar as relações bilaterais entre os Estados Unidos e a Rússia”, iniciou o governo americano.
“Os líderes concordaram que o movimento rumo à paz começará com um cessar-fogo no setor de energia e infraestrutura, bem como negociações técnicas sobre a implementação de um cessar-fogo marítimo no Mar Negro, um cessar-fogo completo e uma paz permanente. Essas negociações começarão imediatamente no Oriente Médio”, indagou a Casa Branca.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que caso haja um cessar-fogo no embate Rússia-Ucrânia, sem uma "garantia de seguranças" para evitar a volta de hostilidades, estará condenado ao "fracasso". “Será um fracasso para todo o mundo se a Ucrânia se vê obrigada a um cessar-fogo sem sérias garantias de segurança”, disse Zelensky para a imprensa em Londres, no último domingo (2), onde participou de uma reunião com outros líderes europeus, que mostraram apoio ao ucraniano.
“Imaginemos que, em uma semana (depois da possível trégua), os russos começam a nos matar de novo e nós respondemos, o que seria totalmente compreensível. O que acontecerá?”, continuou ele.
O presidente ucraniano usou como base para sua tese o cessar-fogo que ocorreu no leste da Ucrânia em 2015 e a invasão da Rússia em fevereiro de 2022.
“Os russos dirão o mesmo que há 10 anos, que foram os ucranianos que violaram o cessar-fogo. Traremos provas de que foram eles. E quem se beneficiará disso? Os russos e em nenhum caso nós, nem os Estados Unidos, nem o presidente americano, nem nossos colegas europeus", disse o ucraniano.
O presidente ucraniano também relembrou que, em caso de cessar-fogo e a Ucrânia conseguir adesão da Otan, ele renunciaria.
“Se houver Otan e o fim da guerra, significará que cumpri minha missão”, disse ele em cúpula.
No duelo pela semifinal da Copa do Mundo de Futsal, neste domingo (6), a Ucrânia levou a melhor e goleou a Seleção da França por 7 a 1. Essa foi a melhor posição que a equipe já teve na história do campeonato.
O duelo estava acirrado até a metade do primeiro tempo. Após o quase empate da equipe francesa, os ucranianos avançaram e não pararam mais.
Após a queda, a França voltou com o goleiro no ataque, mas não conseguiram marcar outros gols. O resultado possibilitou a conquista do terceiro lugar no torneio, o que se tornou o melhor resultado da história da Seleção.
Em partida válida pela semifinal da Copa do Mundo de Futsal 2024, o Brasil venceu a Ucrânia na manhã desta quarta-feira (2) pelo placar de 3 a 2. Os gols foram marcados por Cherniavsky e Korsun para a Ucrânia; Dyego marcou os três gols da partida, garantindo a vitória para a Seleção Brasileira.
Classificada para a final, a Seleção Canarinho voltará à quadra neste domingo (6), às 12h, em Bukhara, para enfrentar o vencedor do confronto entre Argentina e França, que se enfrentam nesta quinta-feira (3), às 12h.
Na fase de grupos, a seleção comandada pelo técnico Marquinhos Xavier obteve um desempenho impecável, vencendo Cuba por 10 a 0, a Croácia por 8 a 1 e a Tailândia por 9 a 1. Nas oitavas de final, o Brasil superou a Costa Rica por 5 a 0 e eliminou Marrocos por 3 a 1 nas quartas de final.
Em um discurso de quase 20 minutos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu a 79ª Assembleia da Organização das Nações Unidas, em Nova York, com críticas à própria entidade, aos países que fomentam guerras e gastam bilhões nos conflitos, aos que não se comprometem com a reversão da emergência climática mundial e até mesmo, de forma indireta ao bilionário Elon Musk. Durante o discurso de Lula, a transmissão mostrou que na comitiva brasileira estavam a primeira-dama Janja, e os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira.
Ao abrir a reunião, Lula fez uma saudação especial ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, presente à Assembleia da ONU. O presidente brasileiro falou sobre os confrontos envolvendo Israel, o grupo palestino Hamas e que agora chegaram também ao Hezbollah e ao Líbano. Segundo afirmou Lula, o direito de defesa passou a ser direito de vingança.
"Em Gaza e na Cisjordânia, assistimos a uma das maiores crises humanitárias da história recente, e que agora se expande perigosamente para o Líbano. O que começou como ação terrorista de fanáticos contra civis israelenses inocentes, tornou-se punição coletiva de todo o povo palestino. São mais de 40 mil vítimas fatais, em sua maioria mulheres e crianças. O direito de defesa transformou-se no direito de vingança, que impede um acordo para a liberação de reféns e adia o cessar-fogo", afirmou.
Lula também citou a guerra entre Ucrânia e Rússia, e falou da dificuldade de se chegar a um acordo que interrompa o conflito. Neste momento da fala do presidente brasileiro, a transmissão mostrou que o presidente da Ucrânia, Zelensky, acompanhava atentamente o discurso. Lula também falou sobre os gastos com armamentos militares em contraposição ao que é investido para a erradicação da fome no mundo.
"2023 ostenta o triste recorde do maior número de conflitos desde a Segunda Guerra Mundial. Os gastos militares globais cresceram pelo nono ano consecutivo e atingiram 2,4 trilhões de dólares. Mais de 90 bilhões de dólares foram mobilizados com arsenais nucleares. Esses recursos poderiam ter sido utilizados para combater a fome e enfrentar a mudança do clima. O que se vê é o aumento das capacidades bélicas. O uso da força, sem amparo no Direito Internacional, está se tornando a regra. Na Ucrânia, é com pesar que vemos a guerra se estender sem perspectiva de paz. O Brasil condenou de maneira firme a invasão do território ucraniano. Já está claro que nenhuma das partes conseguirá atingir todos os seus objetivos pela via militar. Criar condições para a retomada do diálogo direto entre as partes é crucial neste momento", disse.
A dificuldade da ONU em se impor na solução de conflitos mundiais também esteve presente no discurso de abertura da Assembleia. Lula lembrou do Pacto para o Futuro assinado por líderes mundiais, mas criticou a falta de força política da ONU para transformar o discurso em medidas efetivas.
"Adotamos anteontem, aqui neste mesmo plenário, o Pacto para o Futuro. Sua difícil aprovação demonstra o enfraquecimento de nossa capacidade coletiva de negociação e diálogo. Seu alcance limitado também é a expressão do paradoxo do nosso tempo: andamos em círculos entre compromissos possíveis que levam a resultados insuficientes. Nem mesmo com a tragédia da COVID-19, fomos capazes de nos unir em torno de um Tratado sobre Pandemias na Organização Mundial da Saúde. Precisamos ir muito além e dotar a ONU dos meios necessários para enfrentar as mudanças vertiginosas do panorama internacional", destacou Lula.
Em relação ao problema da emergência climática enfrentada por todo o mundo, o presidente brasileiro cobrou maior compromisso de todos os países no enfrentamento da questão que, segundo ele, já não é mais algo a ser solucionado em um futuro próximo. "O planeta já não espera para cobrar da próxima geração e está farto de acordos climáticos que não são cumpridos. Está cansado de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas e do auxílio financeiro aos países pobres que nunca chega", pontuou.
O presidente Lula elencou situações em todo o mundo que mostram o drama das mudanças climáticas, e que evidenciam a necessidade de uma ação urgente e conjunta das nações. Lula não deixou de citar acontecimentos recentes no Brasil, e reconheceu que é preciso fazer muito mais para prevenir as catástrofes ambientes.
"O negacionismo sucumbe ante às evidências do aquecimento global. 2024 caminha para ser o ano mais quente da história moderna. Furacões no Caribe, tufões na Ásia, seca e inundações na África e chuvas torrenciais na Europa deixam um rastro de morte e destruição. No Sul do Brasil, tivemos a maior enchente desde 1941. A Amazônia está atravessando a pior estiagem em 45 anos. Incêndios florestais se alastraram pelo país e já devoraram 5 milhões de hectares apenas no mês de agosto. O meu governo não terceiriza a responsabilidade e nem abdica da sua soberania. Já fizemos muito, mas sabemos que é preciso fazer muito mais", afirmou o presidente.
Nesse ponto de seu discurso, Lula aproveitou para elencar ações realizadas pelo seu governo para o combate aos crimes ambientais.
"Além de enfrentar o desafio da crise climática, lutamos contra quem lucra com a degradação ambiental. Não transigiremos com ilícitos ambientais, com o garimpo ilegal e como o crime organizado. Reduzimos o desmatamento na Amazônia em 50% no último ano e vamos erradicá-lo até 2030", disse.
O presidente também fez críticas veladas ao empresário norte-americano Elon Musk, dono da rede social X. Lula disse que as plataformas digitais devem se submeter às leis de cada país, e completou dizendo que a liberdade é a primeira vítima de um mundo sem regras".
"O futuro de nossa região passa sobretudo por construir estado sustentável, eficiente, inclusivo e enfrente todas as formas de discriminação. Que não se intimida ante indivíduos, corporações e plataformas digitais que se julgam acima da lei. A liberdade é a primeira vítima de um mundo sem regras. Elementos essenciais da soberania incluem o direito de legislar, julgar disputas e fazer cumprir as regras dentro de seu território, incluindo o ambiente digital", colocou o presidente.
Na parte final de seu pronunciamento, em nova estocada na ONU, o presidente brasileiro voltou a defender a necessidade de uma reforma no organismo internacional, e destacou que nunca na história uma mulher ocupou o principal cargo de comando das Nações Unidas.
"Inexiste equilíbrio de gênero no exercício das mais altas funções. O cargo de Secretário-Geral jamais foi ocupado por uma mulher", criticou Lula.
Uma outra crítica feita por Lula às nações se relacionou ao embargo econômico a Cuba. Para o presidente brasileiro, a população do país é que paga o preço desse bloqueio. "É injustificado manter Cuba em uma lista unilateral de Estados que supostamente promovem o terrorismo e impor medidas coercitivas unilaterais, que penalizam indevidamente as populações mais vulneráveis", afirmou o presidente.
Ao final de seu discurso, o presidente Lula voltou a defender mudanças no Conselho de Segurança da ONU, que, segundo ele, exclui países da América Latina e da África. Lula pediu que haja espaço para a discussão mais abrangente de reformas na entidade.
"Não tenho ilusões sobre a complexidade de uma reforma como essa, que enfrentará interesses cristalizados de manutenção do status quo. Exigirá enorme esforço de negociação. Mas essa é a nossa responsabilidade. Não podemos esperar por outra tragédia mundial, como a Segunda Grande Guerra, para só então construir sobre os seus escombros uma nova governança global. A vontade da maioria pode persuadir os que se apegam às expressões cruas dos mecanismos do poder. Neste plenário ecoam as aspirações da humanidade. Aqui travamos os grandes debates do mundo. Neste foro buscamos as respostas para os problemas que afligem o planeta. Recai sobre a Assembleia Geral, expressão maior do multilateralismo, a missão de pavimentar o caminho para o futuro", concluiu o presidente brasileiro.
A Rússia lançou uma série de mísseis contra Kiev e outras cidades ucranianas nesta segunda-feira (8). Ao menos 31 pessoas morreram em todo o país e um importante hospital infantil foi atingido. O Governo Russo nega ter tido civis como alvo.
Em um raro ataque diurno, diversas cidades do país foram atacadas na manhã desta segunda-feira. Até o momento da reportagem, 31 mortes haviam sido confirmadas, mas as estimativas do governo é de que o número aumente durante o dia.
De acordo com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a Rússia disparou mais de 40 mísseis, visando diferentes cidades e danificando inúmeros edifícios ao redor do país.
Além de Kiev, a cidade de Kryvyi Rih, onde nasceu Zelensky, foi atingida, tendo um saldo de 10 mortes e, ao menos, 31 feridos.
O prefeito de Kiev afirmou que o principal hospital infantil da cidade foi danificado. As janelas foram quebradas e os painéis arrancados. Um pai relatou que ficou soterrado pelos escombros, segurando uma toalha contra o rosto de seu filho para que ele conseguisse respirar.
A Coreia do Sul afirmou nesta quinta-feira (20) que irá reconsiderar a possibilidade de fornecer armas à Ucrânia. A decisão gera polêmica pois acontece depois que os líderes da Coreia do Norte e da Rússia assinaram um pacto de defesa mútua em caso de guerra.
A declaração foi dada pelo conselheiro Nacional de Segurança da Coreia do Sul, Chang Ho-jin. “O governo expressou sérias preocupações e condenou o acordo abrangente de parceria estratégica assinado ontem entre a Coreia do Norte e a Rússia”, afirmou o conselheiro.
De acordo com a CNN Brasil, o acordo é uma reedição de um outro pacto feito entre os dois países durante a Guerra Fria, quando concordaram em fornecer assistência militar em caso de ataque aos seus países.
REAÇÃO DE PUTIN
O líder russo, Vladimir Putin fez uma declaração relacionada à ação tomada pelos sul-coreanos, durante entrevista coletiva no Vietnã. Putin afirmou que não tem nada como o que se preocupar sobre o pacto entre russos e norte-coreanos.
“A República da Coreia não tem nada com que se preocupar, porque nossa assistência militar sob o tratado que assinamos só surge se a agressão for realizada contra um dos signatários. Até onde eu sei, a Coreia do Sul não está planejando uma agressão contra a Coreia do Norte”, declarou o chefe de estado russo.
Putin ainda alertou contra o fornecimento de armas à Ucrânia: “Isso seria um erro muito grande”, destacou. O presidente ainda mencionou que, caso isso aconteça, “também tomaremos decisões apropriadas que dificilmente agradarão à atual liderança da Coreia do Sul”.
A Cúpula da Paz para a Ucrânia, realizada em Buergenstock, Suíça, terminou neste domingo (16) sem consenso total entre os participantes. A presidente suíça, Viola Amherd, anunciou que a maioria dos 90 países presentes apoiou a declaração final do evento, embora México, Arábia Saudita e Índia não tenham assinado o documento.
De acordo com a CNN, o comunicado final da cúpula destacou a necessidade de uso seguro da energia nuclear, a proteção das rotas de navegação marítima e o retorno das crianças deslocadas e civis detidos ilegalmente. Amherd reconheceu a importância de incluir a Rússia em futuras negociações e enfatizou o respeito à Carta das Nações Unidas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, afirmou que o apoio dos líderes mundiais poderia ajudar a restaurar o Estado de Direito Internacional. Entretanto, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, rejeitou uma proposta de paz do presidente russo, Vladimir Putin, classificando-a como "completamente absurda" e argumentando que atender às exigências de Moscou deixaria Kiev vulnerável a novas agressões.
A declaração final foi apoiada pela maioria dos participantes, mas a ministra das Relações Exteriores do México, Alicia Barcena Ibarra, afirmou que não havia apoio internacional suficiente para nenhuma iniciativa de paz específica. Alguns aliados europeus expressaram a necessidade de um alcance mais amplo nas negociações.
Moscou, que não foi convidada para a cúpula e não demonstrou interesse em participar, considerou o evento uma perda de tempo e apresentou propostas rivais à distância.
O lateral e titular absoluto da Seleção Ucraniana, Oleskandr Zinchenko, do Arsenal, deu declarações fortes nesta sexta-feira (5) à BBC, alegando que aceitaria uma possível convocação para lutar pela Ucrânia na guerra. O jogador contou que seus amigos de infância hoje enfrentam uma dura batalha no campo de batalha.
"Acho que é uma resposta clara. Eu iria. E é difícil entender que recentemente estávamos na mesma escola, brincávamos no recreio ou no campo de futebol, e agora eles têm de defender o nosso país. Honestamente, é muito difícil aceitar isso, mas é o que é. Não podemos desistir", contou Zinchenko.
De acordo com o governo do da Ucrânia, mais de 30 mil cidadãos já morreram na guerra. Ainda em conflito com a Rússia, o país segue com carência de soldades e atualmente recorre a uma diminuição de idade dos convocados. Ainda nesta semana, o presidente Volodymyr Zelenskiy assinou um projeto legistlativo onde reduz a idade dos combatentes de 27 para 25 anos.
Zinchenko revelou que ainda mantém contato com os ex-colegas da Rússia, mas não quis exercer nenhuma opinião ou crítica sobre eles.
“Desde a invasão, poucos me enviaram mensagens de texto, e não posso culpá-los porque não é culpa deles. Não posso dizer a eles: “Pessoal, façam os protestos lá fora e todas essas coisas”, porque sei que eles podem ir para a prisão”, revelou.
O lateral dos Gunners já chegou a ser homenageado por torcedores do clube e sempre busca se pronunciar a respeito do difícil momento em que seu país vive.
A Eurocopa 2024 conheceu nesta terça-feira (26) todas as suas 24 seleções. Geórgia, Polônia e Ucrânia ficaram com as últimas três vagas da repescagem.
Dos três confrontos restantes, apenas a Ucrânia carimbou a quarta participação consecutiva no torneio continental durante os 90 minutos ao vencer a Islândia por 2 a 1, de virada, em jogo disputado na Polônia, uma vez que o país está em guerra com a Rússia. O placar foi aberto por Gudmundsson na etapa inicial, mas no começo do segundo tempo Tsygankov empatou e Mudryk, destaque do Chelsea, marcou o segundo gol dos ucranianos faltando seis minutos para o fim da partida. Jogando como visitante, a Polônia ficou no 0 a 0 com País de Gales no tempo normal, mas venceu nos pênaltis por 5 a 4. Com o placar em branco, a Geórgia conquistou a vaga inédita ao derrotar a Grécia por 4 a 2 nas penalidades. A comemoração teve invasão de campo pela torcida.
A Ucrânia entrou no Grupo B e vai enfrentar Bélgica, Eslováquia e Romênia na primeira fase. A Polônia, da estrela Robert Lewandowski vai integrar a chave D ao lado de França, Áustria e Holanda. Por fim, a Geórgia ficou no F que já tinha Portugal, Turquia e República Tcheca.
A Eurocopa de 2024 será disputada entre os dias 14 de junho e 14 de julho, na Alemanha. A Itália é a atual campeã do torneio continental, mas disputou as eliminatórias e conquistou a vaga como segunda colocada do Grupo C.
Arte: Divulgação / UEFA
A Ucrânia afirmou neste domingo (10) que jamais se renderá à Rússia e criticou o que foi dito pelo Papa Francisco, que conclamou os dois países a terem "a coragem de levantar a bandeira branca e negociar".
"Nossa bandeira é amarela e azul. Essa é a bandeira pela qual vivemos, pela qual morreremos e pela qual triunfaremos. Nunca levantaremos outras bandeiras", disse o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, em uma mensagem na rede social X, antigo twitter.
A declaração do chanceler faz referência ao pedido de Francisco para que as partes na guerra negociem “antes que as coisas piorem”. O pedido de Francisco aconteceu durante uma entrevista realizada no início de fevereiro à rádio televisão suíça RTS, mas divulgada somente neste sábado.
“Acredito que são mais fortes aqueles que veem a situação, que pensam no povo, que têm a coragem de levantar a bandeira branca e negociar — afirmou o Pontífice, de 87 anos. — A palavra "negociar" é uma palavra corajosa. Quando você vê que está derrotado, que as coisas não vão bem, precisa ter a coragem de negociar”, disse o líder religioso.
“Dá vergonha, mas com quantas mortes isso vai terminar? Hoje, por exemplo, na guerra da Ucrânia, há muitos que querem atuar como mediadores. A Turquia se ofereceu para isso. E outros. Não tenham vergonha de negociar antes que as coisas piorem”, afirmou o papa.
Um deputado da Ucrânia invadiu uma reunião de uma prefeitura do país e explodiu três granadas, matando uma pessoa e ferindo outras 26, de acordo com a polícia do país. O caso foi registrado pelas câmeras de segurança da prefeitura. Confira:
????GRAVE: Deputado ucraniano invade reunião e explode duas granadas no local.
— DIRETO DO MIOLO (@diretodomiolo) December 15, 2023
26 pessoas ficaram feridas, 1 morreu e 6 estão em estado crítico, segundo a imprensa do país. pic.twitter.com/JmAFbKH5dS
O político é do mesmo partido do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de acordo com informações do g1. Zelensky ainda não havia se manifestado até a última atualização desta notícia.
O Serviço de Segurança da Ucrânia abriu uma investigação para apurar as motivações do caso, que chocou o país mesmo em meio à guerra contra a Rússia. O caso ocorreu na cidade de Transcarpátia, no oeste da Ucrânia.
Segundo as autoridades, uma pessoa, o próprio detonador, morreu na explosão e mais 26 pessoas ficaram feridas, 6 delas em estado grave.
A Rússia realizou um ataque com drones 40 drones contra a Ucrânia, na madrugada desta sexta-feira (3), sendo a maior investida do Kremlin contra Kiev nas últimas semanas.
De acordo com o jornal Britânico The Guardian, os veículos aéreos não tripulados atingiram uma instalação militar em Ivano-Frankivsk e causaram incêndios na cidade de Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana. A infraestrutura civil também foi afetada pelo ataque.
Nas redes sociais, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, postou um vídeo do estrago que, de acordo com ele, os 40 drones Shahed, fabricados pelo Irã, e 1 míssil Kh-59, fizeram a “pacatas vilas e cidades em dez regiões da Ucrânia, de leste e sul a oeste”. Veja:
Russia fired about forty "Shahed" drones at quiet Ukrainian towns and cities during the course of the night.
— Volodymyr Zelenskyy / ????????? ?????????? (@ZelenskyyUa) November 3, 2023
Our aircraft, air defense, and mobile fire groups worked hard in ten regions of Ukraine, from east and south to the west.
I thank our warriors for every kill! More… pic.twitter.com/XK0Ismogqy
A Força Aérea da Ucrânia afirmou que abateu 24 dos 40 drones. Essa ação foi considerada um dos maiores ataques com drones direcionados às cidades de Kharkiv, Odesa, Kherson e à região de Lviv, na fronteira com a Polônia.
Segundo Zelensky, de acordo com relatórios preliminares, não houve vítimas, e as consequências do ataque “estão sendo tratadas”. Ele falou que está fortalecendo a defesa aérea e a artilharia de defesa móvel da Ucrânia.
Além disso, o presidente ucraniano afirmou que, à medida que o inverno se aproxima, os russos tentarão causar mais danos nas infraestruturas de energia, que eles alertam estar mais vulneráveis do que no ano passado, pois possuem menos capacidade excedente e poucos equipamentos.
O Brasil está vivo na briga por vaga no vôlei masculino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Na noite desta quarta-feira (4), a seleção brasileira sofreu, mas conseguiu vencer a Ucrânia por 3 sets a 2, parciais 36/38, 25/20, 21/25, 25/18 e 15/11, no Maracanãzinho, pelo Pré-Olímpico. Destaque para o oposto Darlan que começou do banco e foi o maior pontuador com 23 pontos.
O Pré-Olímpico distribui apenas duas vagas diretas para Paris. A derrota na última terça (3) para a Alemanha havia complicado a vida do Brasil no torneio. Porém, a mesma mão que bate também afaga e os brasileiros voltaram ao jogo com a vitória dos alemães, que estão invictos na liderança, sobre a Itália, na tarde desta quarta pelo placar de 3 sets a 1, parciais 26/24, 18/26, 25/20 e 25/23. Com isso, a briga pelo segundo carimbo no passaporte está entre Cuba ocupando o segundo lugar, os italianos aparecem em terceiro e a equipe do técnico Renan Dal Zotto em quarto. O selecionado verde e amarelo precisa vencer seus próximos jogos.
O próximo compromisso do Brasil será na sexta (6), às 10h, contra Cuba, novamente no Maracanãzinho.
“Uma boa conversa sobre a importância dos caminhos para construção da paz e de mantermos sempre o diálogo aberto entre nossos países”. Desta forma o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se referiu ao encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no final da tarde desta quarta-feira (20), em Nova York, nos Estados Unidos.
O encontro com Zelensky aconteceu no hotel onde Lula está hospedado em Nova York. Os dois líderes se encontraram em território americano por conta da participação de ambos na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em postagem nas suas redes sociais, o presidente ucraniano disse que foi uma “reunião importante”, e que os diplomatas dos dois países seguirão conversando em busca de uma fórmula para a obtenção da paz no conflito com a Rússia.
“Reunião importante com Lula. Após a nossa discussão honesta e construtiva, instruímos as nossas equipas diplomáticas a trabalhar nos próximos passos nas nossas relações bilaterais e nos esforços de paz. O representante brasileiro continuará participando das reuniões da Fórmula da Paz, afirmou Zelensky.
Também participaram do encontro o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, e o assessor especial de assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim. Por parte do governo ucraniano, a reunião contou com a presença do chefe de gabinete da Presidência, Andrii Iermak, o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, além do assessor-chefe para assuntos militares da Ucrânia.
Ao final do encontro, em conversa com a imprensa, o ministro Mauro Vieira disse que a conversa entre os dois presidentes foi amigável e que os dois seguirão dialogando pela construção da paz.
“O presidente Lula e o presidente Zelensky tiveram uma longa discussão, em ambiente tranquilo, amigável, em que trocaram trocaram informações de cada um dos países e situação do mundo neste momento. Eles, os presidentes, instruíram as suas equipes, os seus ministros do Exterior, para continuar em contato para desenvolver as relações bilaterais e discutir as possibilidades de paz”, disse o chanceler brasileiro.
Segundo um levantamento publicado nesta segunda-feira (24), o Brasil registrou sua primeira queda na produção e publicação de artigos científicos, desde 1996. A redução seria de 7,4% no ano passado comparado com 2021. O número foi o pior entre 51 países estudados e se tornou igual ao da Ucrânia, que estava em guerra desde 2022.
De acordo com publicação da Folha de São Paulo, os dados foram registrados pela Agência Bori. O serviço é o conjunto da imprensa e da ciência brasileira, e pela Elsevier, uma editora de publicações científicas.
Inicialmente foi estabelecido que participariam do levantamento somente aqueles países que publicaram mais de 10 mil artigos em 2021, que no caso, foram 51 nações. Os países representaram cerca de 95% de toda a produção científica mundial.
Outros vinte e dois países também sofreram deflação na produção científica, além do Brasil. A situação ocorreu até em países ricos e com fortes instituições de pesquisa, a exemplo de Estados Unidos, Inglaterra e França.
No primeiro ano da pandemia de Covid-19, cerca de 77 mil artigos foram publicados nacionalmente. Em 2021, esse número foi elevado para 80 mil e, no ano passado, caiu para 74 mil. A retração de 7,4% foi a maior registrada em todos as nações. Somente a Ucrânia também chegou a esse percentual, porém o país europeu passava por guerra desde o ano passado.
A Data Fifa começou e várias seleções do mundo irão entrar em campos nos próximos dias. Disputando jogo amistoso amistoso beneficente em prol dos afetados pela guerra entre Ucrânia x Rússia, as seleções da Alemanha e Ucrânia ficaram em um animado empate por 3 a 3, na tarde desta segunda (12), em Bremen, na Alemanha.
Em seu milésimo jogo da história, a seleçã alemã de futebol, tetracampeã da Copa do Mundo e tricampeã da Eurocopa, chegou a estar perdendo por 3 a 1, mas evitou a derrota em casa com gols aos 40 e 51minutos do 2° tempo.
O time treinado pelo técnico Hansi Flick abriu o placar com Niclas Fullkrug, mas sofreu a virada ainda antes dos 23 do primeiro tempo com Viktor Tsygankov e Antonio Rudiger (contra). No 2º tempo, o mesmo Tsygankov ampliou para a Ucrânia antes de Havertz e Kimmich fecharem o placar.
Na próxima sexta-feira (16) e terça (20), a Alemanha disputará amistosos contra Polônia e Colômbia na sequência da Data Fifa. Como anfitrião da Eurocopa 2024, o Nationalelf não participa das eliminatórias. Já a Ucrânia se concentra em sua classificação ao torneio. A equipe irá enfrentar Macedônia do Norte, dia 16, e Malta, dia 19, pelas 3ª e 4ª rodadas do Grupo C das Eliminatórias da Euro 2024.
Na abertura da entrevista coletiva após encontro bilateral com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta segunda-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou que a reunião marca o relançamento da associação entre o Brasil e os países da Europa. Lula destacou que esta é a primeira visita de um chefe do Executivo da União Europeia ao Brasil em 10 anos. O presidente brasileiro reforçou sua preocupação com o acordo apresentado pela União Europeia em março deste ano, que amplia as obrigações do Brasil e as torna objeto de sanções em caso de descumprimento. Para Lula, a confiança mútua deve ser uma premissa entre parceiros.
“Em 2007, assinamos com a União Europeia o Pacto de Parceria Estratégica. Passados 15 anos, constatamos o acerto dessa decisão. Nosso comércio bilateral avança de forma consistente. A União Europeia constitui o 2º maior parceiro comercial do Brasil e nossa corrente de comércio poderá ultrapassar este ano a marca de 100 bilhões de dólares. Expus à presidente Van Der Leyen as preocupações do Brasil com o instrumento adicional ao acordo apresentado pela União Europeia em março deste ano. A premissa que deve existir entre parceiros estratégicos é a da confiança mútua e não de desconfiança e sanções”, disse Lula.
O presidente brasileiro falou também da aprovação recente, pela União Europeia, de leis próprias com efeitos extraterritoriais que acabaram por modificar o equilíbrio do acordo com o Brasil, firmado em 2007. “Essas iniciativas representam restrições potenciais às exportações agrícolas e industriais do Brasil”, disse.
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Lula relatou à imprensa que também conversou com Ursula von der Leyen sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia. Lula disse que lembrou à dirigente europeia que o Brasil votou a favor de resoluções na ONU que condenaram a invasão, e reiterou que a diplomacia é o caminho para que a paz seja novamente estabelecida entre os dois países.
“A volta da guerra ao coração da Europa reflete a complexidade dos desafios dos tempos em que vivemos. Reiterei nosso empenho em busca da paz, evitando a escalada da guerra e do uso da força e seus riscos incalculáveis. Não há solução militar para esse conflito. Precisamos de mais diplomacia e menos intervenções armadas na Ucrânia, na Palestina, no Iêmen. Os horrores da guerra e o sofrimento que ela provoca não podem ser tratados de forma seletiva. Os princípios basilares do Direito Internacional valem pra todos”, afirmou.
Sobre a posição brasileira a respeito da guerra, a presidente da Comissão Europeia defendeu uma ação conjunta dos países europeus com o Brasil para que seja estabelecida a paz entre Rússia e Ucrânia. Ursula também elogiou defesa feita por Lula para criação de um “clube de países” que atue para o fim da guerra.
“Somos parceiros estratégicos e temos de trabalhar juntos para enfrentar desafios globais, que incluem a guerra na Ucrânia. O impacto dessa guerra afeta a segurança global, a segurança alimentar. O Brasil sentiu dificuldade de comprar fertilizantes. Essa guerra é uma ameaça aos princípios do direito internacional. O presidente Lula tem defendido a criação de um clube de países para facilitar a paz entre Ucrânia, e nós queremos uma paz duradoura e justa”, declarou a dirigente europeia.
Ainda sobre o acordo bilateral entre Mercosul e União Europeia, Lula reiterou na entrevista que o continente deseja construir uma agenda bilateral positiva, com cooperação ativa em diversas áreas. O presidente falou também do processo recente de desindustrialização enfrentado pelo Brasil, e salientou que as parcerias serão fundamentais para fomentar a geração de emprego e renda no País.
“O nosso caminho deve ser a formação de parcerias para o desenvolvimento sustentável. A Europa e os EUA voltaram a reconhecer, após ciclos de liberalismo exagerado, a importância da ação do Estado em políticas industriais. Programas bilionários de subsídios foram adotados nos países desenvolvidos em favor da reindustrialização. O Brasil, que sofreu um grave processo de desindustrialização, tem ambições similares. Por isso, o Brasil manterá o poder de conduzir as políticas de fomento industrial por meio do instrumento das compras públicas. Unir capacidades em matéria de pesquisa, conhecimento e inovação é igualmente decisivo como resposta ao desafio de gerar empregos e distribuir renda”, afirmou.
Sobre o acordo entre União Europeia e Mercosul, Ursula von der Leyen afirmou que ele deve estar assinado até o final do ano, e irá gerar vantagens para ambos os lados. A dirigente europeia disse acreditar que o acordo comercial vai ajudar o Brasil a se reindustrializar.
“Eu acredito que há grandes vantagens para ambos os lados com o acordo entre Mercosul e União Europeia, porque vai criar as condições corretas para que flua o investimento, vai respaldar a reindustrialização do Brasil, vai ajudar a integrar as nossas cadeias de suprimentos, e aumentar a competitividade de nossas indústrias globalmente, criando bons empregos no Brasil. Esse acordo é mais do que um acordo comercial: é uma plataforma para o diálogo, é um engajamento de longo prazo. Temos que dar um passo na direção do outro, e esperamos que até o final do ano a gente possa concluir esse acordo”, disse Ursula von der Leyen.
O deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), utilizou a tribuna da Câmara dos Deputados, nesta quarta- feira (17), para exaltar a participação de seu avô, o ucraniano Bohdan Bilynskyj, como combatente da Segunda Guerra Mundial. A fala do parlamentar aconteceu durante seu discurso em prol do Dia Internacional de Vishyvanka, vestimenta tradicional da Ucrânia.
Além da exaltação, o deputado disse também que o seu avô é a maior referência para a sua atuação política.
“Essas vestes são uma homenagem às minhas origens, ao meu avô Bohdan Bilynskyj, que chegou ao Brasil, em 30 de setembro de 1948, após lutar bravamente pela liberdade de seu país, invadido por russos comunistas. (…) Meu avô Bohdan, aos 20 anos de idade, lutou em uma guerra mundial para libertar a Ucrânia das garras do comunismo. E hoje, como deputado federal, ao lado de meus irmãos, luto contra a instalação de um regime comunista no Brasil”, afirmou o parlamentar em plenário.
Bohdan Bilynskyj, avô de Paulo, era combatente voluntário da Waffen -SS, exército pessoal do ditador alemão Adolf Hitler, conforme divulgado pelo próprio deputado Paulo Bilynskyj, em suas redes sociais.
O Instituto Brasil - Israel, uma das instituições que representam a comunidade judaica no Brasil, repudiou a declaração do Delegado Paulo.
“Você está se orgulhando, deputado Bilynskyj, de seu avô ter lutado ao lado dos nazistas", declarou o assessor acadêmico do Instituto, Michel Gherman.
O Brasil vai continuar mantendo uma posição equilibrada em relação ao conflito entre Ucrânia e Rússia, com foco na busca por uma solução negociada que restabeleça a paz. A afirmação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em audiência na manhã desta quinta-feira (11), na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Mauro Vieira disse aos senadores que o governo brasileiro condenou, tanto no Conselho de Segurança como na Assembleia Geral das Nações Unidas, a violação da integridade territorial da Ucrânia, mas também se posicionou contra tentativas de isolamento da Rússia nos foros internacionais. O chanceler brasileiro afirmou que o governo Lula não está interessado em “tomar lados”, mas em preservar canais de diálogo com todos. Para o ministro, esta seria a única maneira que o Brasil poderia contribuir para a construção de espaços de negociação que conduzam à paz entre Rússia e Ucrânia.
“Creio que o elemento de novidade tem sido a posição ativa que o Presidente Lula passou a exercer junto a seus múltiplos interlocutores, no sentido de buscar contribuir para uma solução negociada para o conflito e o estabelecimento da paz. O Brasil tem credenciais e patrimônio diplomático suficientes para ajudar a buscar soluções para essa crise que diz respeito a toda a comunidade internacional”, disse Mauro Vieira.
A posição de busca por equilíbrio do governo brasileiro, entretanto, não agrada ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Em postagem nas suas redes sociais nesta quinta-feira, Zelensky relatou encontro ontem, em Kiev (capital da Ucrânia), com o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, o ex-chanceler Celso Amorim. Zelensky afirmou que o único plano de paz possível para que haja o fim da guerra passa por apoiar a posição ucraniana.
"Eu enfatizei a Celso Amorim que o único plano capaz de deter a agressão russa na Ucrânia é a fórmula ucraniana para a paz. Nós discutimos a possibilidade de realizar uma cúpula Ucrânia-América Latina. Eu espero continuar a dialogar com o presidente Lula e recebê-lo na Ucrânia", afirmou Zelensky.
O presidente ucraniano disse ainda que a responsabilidade histórica dos chefes de Estado seria a de tornar inevitável a punição total por agressão, a fim de evitar não apenas a recorrência de agressões contra a Ucrânia ou outros países, mas também novas guerras no mundo. “Existem agressores em potencial no mundo. E o mundo deve buscar a justiça para ver a paz totalmente assegurada”, concluiu Zelensky.
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O presidente Lula afirmou nesta quarta-feira (26), na Espanha, que ninguém pode ter dúvida de que o Brasil condenou a violação territorial da Ucrânia pela Rússia. O petista, no entanto, se esquivou de responder se considera Crimeia e Donbass, antigas regiões da Ucrânia, territórios ucranianos ou russos.
“Ninguém pode ter dúvida de que nós, brasileiros, condenamos a violação territorial que a Rússia fez com a Ucrânia”, disse Lula em declaração ao lado do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, no Palácio Moncloa, sede do governo espanhol.
O petista afirmou que o Brasil foi “taxativo” ao condenar a invasão e disse que, após a deflagração do conflito, não adianta dizer quem está certo ou errado. Segundo ele, é preciso parar a guerra. “Só vai se discutir um acerto de contas quando parar de dar tiro”, declarou.
Em sua fala, Lula também criticou diretamente a Organização das Nações Unidas (ONU) na mediação do conflito e defendeu uma reforma no Conselho de Segurança do órgão para a entrada de novos países. “A ONU que me perdoe, mas já poderia ter convocado uma sessão extraordinária para discutir essa questão da guerra”, pontuou.
O presidente brasileiro avaliou que, se não se buscar a paz o mais rapidamente possível, a guerra vai demorar para ter fim. “E não sei o que pode acontecer com o prolongar dessa guerra. Pode acontecer tudo, até uma desgraça maior”, frisou o chefe do Palácio do Planalto.
O mandatário ainda comparou a guerra com uma greve trabalhista. “Sei que não é correto mostrar esse exemplo. Já fiz greve dizendo 80% (de aumento salarial) ou nada. Eu ficava com nada”, declarou. Para ele, a guerra já chegou a um estágio que precisa de interferência externa para acabar.
Conforme publicou o Metrópoles, embora tenha condenado a invasão russa da Ucrânia, Lula evitou responder, ao ser indagado por jornalistas espanhóis, se considera Crimeia e Donbass territórios da Rússia ou da Ucrânia. “Não cabe a mim decidir de quem é a Crimeia”, respondeu o petista.
“Acho que, quando sentar na mesa de negociação, pode discutir qualquer coisa. Até a Crimeia. Mas não sou eu que vou discutir. Quem tem que discutir isso são os russos e ucranianos. Primeiro para a guerra, depois vamos conversar”, acrescentou.
Após o encontro com o primeiro-ministro, Lula seguiu para um almoço com o rei Felipe VI, no Palácio Real. O monarca foi um dos chefes de Estado que prestigiou a posse do petista em Brasília, em 1º de janeiro. A previsão é de que Lula retorne ao Brasil por volta das 16h desta quarta, no horário local (11h no Brasil).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou durante um almoço no Palácio do Itamaraty com o presidente da Romênia, Klaus Werner Iohannis, nesta terça-feira (18), que condena a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e pediu uma “solução política negociada” para a guerra.
"Ao mesmo tempo em que meu governo condena a violação da integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma solução política negociada para o conflito. Falei da nossa preocupação com os efeitos da guerra, que extrapolam o continente europeu", afirmou Lula.
Para o chefe da nação, se faz necessário “criar urgentemente um grupo de países que tentem sentar- se à mesa com a Ucrânia e a Rússia para encontrar a paz”.
As falas do presidente Lula acontecem um dia depois que os Estados Unidos criticaram a política externa brasileira. O governo dos EUA disse que o Brasil "papagueia" propaganda russa e chinesa sobre a guerra na Ucrânia. Entretanto, em Pequim, na China, e nos Emirados Árabes Unidos, o petista disse que os Estados Unidos e a Europa estimulam a guerra ao ceder armas para a Ucrânia.
Na despedida da China, Lula diz que EUA precisam parar de incentivar guerra e começar a falar em paz
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi incisivo ao falar sobre a guerra na Ucrânia e defender que os Estados Unidos “parem de incentivar” o conflito. A declaração foi feita nos últimos instantes de sua viagem oficial à China, nesta sexta-feira (14), enquanto o petista se dirigia ao aeroporto de volta ao Brasil.
“Eu acho que a China tem um papel muito importante (para o fim da guerra), eu continuo reiterando que a China possivelmente tenha o papel mais importante. Agora, outro país importante é os Estados Unidos. É preciso que os Estados Unidos parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz. É preciso que a União Europeia comece a falar em paz para a gente poder convencer o (Vladimir) Putin e o (Volodimir) Zelensky de que a paz interessa a todo mundo e a guerra só está interessando por enquanto aos dois. Eu acho que é possível”, disse Lula, quando questionado pelo colunista Rodrigo Rangel do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, na saída do hotel onde esteve hospedado em Pequim.
O presidente prosseguiu, mais uma vez se referindo aos Estados Unidos, que fornecem armas à Ucrânia: “É preciso ter paciência para conversar com o presidente da Rússia, é preciso ter paciência para conversar com o presidente da Ucrânia, mas é preciso sobretudo convencer os países que estão fornecendo armas e incentivando a guerra a pararem, porque eu acho que, quando se começa uma briga – a gente fala em guerra, mas poderia ser uma briga de rua, poderia ser uma greve – é preciso começar e saber como parar. E muitas vezes a gente não sabe como parar. E acho que nós estamos numa situação em que acho que os dois países estão com dificuldades de tomar decisões. Se os dois países estão com problema de tomar decisões, eu acho que é preciso que terceiros países que mantenham relação com os dois criem as condições de termos paz no mundo. Nós não precisamos de guerra”.
Sem dizer exatamente se Xi Jinping aceitou participar, Lula voltou a falar de sua ideia de criar um grupo de países que não estejam envolvidos no conflito para negociar um acordo de paz. “Não é uma coisa fácil. Vocês sabem que uma briga entre família é muito difícil, quando ela começa a gente não sabe como ela termina. E uma guerra é a mesma coisa, sabe? É preciso, agora, paciência, é preciso encontrar no mundo países que estejam dispostos. O Brasil está disposto. A China está disposta. Temos que procurar outros aliados e negociar com as pessoas que podem ajudar nessa paz.”
O presidente brasileiro fez as afirmações ao ser indagado se, na reunião que teve nesta sexta-feira com o presidente Xi Jinping, houve algum avanço relativo à questão da guerra – ele já havia dito anteriormente que pretendia discutir o tema com o líder chinês. A China é a principal aliada da Rússia de Vladimir Putin e é considerada peça-chave em qualquer tentativa de se negociar uma solução para o conflito, iniciado há mais de um ano no coração da Europa.
“É preciso que os EUA parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz”, diz Lula na China.
— Metrópoles (@Metropoles) April 15, 2023
Em resposta a @rodrigo_rangel, presidente do Brasil pediu que países parem de enviar munição para a Ucrânia e afirmou que conflito “só interessa a Putin e Zelensky”.
(Via:… pic.twitter.com/A9LA9jO0Jv
Após a invasão da Rússia contra a Ucrânia, diversos monumentos do Brasil prestaram homenagens ao país atacado, e o Elevador Lacerda, em Salvador, pode ser um dos pontos históricos a realizar a mesma ação.
Com um pedido do vereador André Frafa (PV), a proposta foi enviada à Secretaria Municipal de Mobilidade. De acordo com o texto, esta seria uma forma de se solidarizar com o conflito no leste europeu.
De acordo com o parlamentar, não é aceitável que se recorra "a bomba, morte, invasão e destruição" em pleno século XXI.
"Enquanto os ricos brigam e matam gente inocente, as pessoas seguem com fome e na pobreza", continuou Fraga.
Entre os monumentos que já realizaram uma homenagem à Ucrânia, estão Monumento às Bandeiras, Viaduto do Chá e Biblioteca Mário de Andrade, localizados em São Paulo; Palácio Iguaçu, em Curitiba; Palácio Piratini, em Porto Alegre.
O ato também é realizado em outras partes do mundo, como no Portão de Brandemburgo, em Berlim, capital da Alemanha; Opera House, em Sydney, cidade australiana; ponte Samuel de Champlain, em Montreal, cidade do Canadá; entre outros.
O comediante Volodymyr Zelensky liderou os resultados do 1º turno nas eleições da Ucrânia e vai disputar a segunda fase do pleito, com o atual presidente Petro Poroshenko, no dia 21 de abril. Segundo o site G1, a Comissão Central de Eleições ucraniana anunciou nesta segunda-feira (1º) que com mais de 60% do resultado apurado, Zelensky recebeu 30,4% dos votos.
De acordo com informações da agência de notícias France Presse, o comediante, que é novato na política, ganhou força por causa da rejeição da eleita a Poroshenko, que ficou com 16,7% dos votos do primeiro turno. A Ucrânia tem enfrentado uma grave crise econômica e escândalos de corrupção.
"Eu gostaria de dizer obrigado a todos os ucranianos que não votaram apenas por diversão", disse Zelensky em um vídeo publicado pela transmissora Radio Free Europe/Radio Liberty, no domingo (31), segundo a CNN.
No Twitter, o atual presidente escreveu para os eleitores jovens. "Eu gostaria de apelas para a geração mais nova separadamente hoje. Vocês veem mudanças no país, mas querem que elas sejam mais rápidas, mais profundas e mais qualitativas. Eu entendi os motivos dos seus protestos. Eu escutei vocês", disse. "Está nas mãos de vocês, ucranianos, decidir que rumo o país seguirá, quem será o comandante supremo que irá representar a Ucrânia em encontros internacionais com líderes ocidentais e em conversas com Moscou", continuou.
A CNN informou que na semana passada, Poroshenko tuitou sobre a Rússia, afirmando que Vladimir Putin, presidente do país, é o seu principal oponente. "Quando questionado sobre quem é meu aliado, com quem estou disposto a me unir e coordenar minhas ações, eu respondo: o meu aliado é o povo da Ucrânia", escreveu. "Quem é meu oponente? Eu não tenho vergonha de dizer abertamente: esse oponente é Putin".
A ex-primeira ministra Yulia Tymoshenki, ativista política que liderou movimentos pró-Europa nas últimas décadas, ficou em terceiro lugar no pleito. Com discursos incisivos contra a corrupção, ela chegou a liderar com folga as pesquisas, mas despencou no momento em que perdeu votos para Zelensky.
Confira a performance do grupo:
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.