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Artigos

Tadeu Paz
O maior adversário de Lula é ele mesmo
Foto: Ricardo Filho/ Divulgação

O maior adversário de Lula é ele mesmo

O terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva reúne um paradoxo curioso: os principais indicadores são positivos, mas sua popularidade não segue a mesma trilha, embora tenha tido um refresco nos últimos três meses, muito por conta da contenda, e agora as pazes feitas, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Multimídia

Angelo Almeida avalia críticas ao sistema logístico baiano e garante: “Tudo tem o porquê da coisa”

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O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), Angelo Almeida (PSB), avaliou as críticas relacionadas a fragilidade do sistema de logística e escoamento de produtos e serviços na Bahia. Durante entrevista no Projeto Prisma, nesta segunda-feira (3), o gestor afirmou que “toda a crítica é construtiva”, porém destacou que a falta de investimento nacional atrasaram a evolução estadual neste sentido.

Entrevistas

Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”

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Foto: Fernando Vivas/GOVBA
Florence foi eleito a Câmara dos Deputados pela primeira vez em 2010, tendo assumido quatro legislaturas em Brasília, desde então.

mauro vieira

Nota conjunta assinada por Vieira e Marco Rubio destaca reunião "positiva" e colaboração em um "futuro imediato"
Foto: Embaixada do Brasil em Washington

Os governos do Brasil e dos Estados Unidos assinaram uma declaração conjunta em que consideraram “positivo” o encontro desta quinta-feira (16), em Washington, entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado do governo dos Estados Unidos, Marco Rubio. 

 

Além da indicação de que ambos os governos pretendem colaborar em um futuro imediato, o texto indica que Brasil e Estados Unidos concordaram em trabalhar conjuntamente pela realização de uma reunião presencial entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “na primeira oportunidade possível”.

 

As reuniões entre o secretário Marco Rubio e o chanceler Mauro Vieira aconteceram na Casa Branca. Inicialmente houve uma primeira conversa a sós entre Vieira e Rubio, que durou cerca de 15 minutos. Em seguida, ambos partiram para outra reunião expandida, que teve duração aproximada de 50 minutos.

 

A declaração conjunta dos dois governos foi assinada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, do representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, e do ministro Mauro Vieira.

 

Veja a declaração conjunta na íntegra:

 

Hoje, o Secretário de Estado Marco Rubio e o Representante de Comércio dos Estados Unidos Jamieson Greer se reuniram com o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e mantiveram conversas muito positivas sobre comércio e questões bilaterais em andamento. 

 

O Secretário Rubio, o Embaixador Greer e o Ministro Mauro Vieira concordaram em colaborar e conduzir discussões em várias frentes no futuro imediato, além de estabelecer uma rota de trabalho conjunto. 

 

Ambas as partes também concordaram em trabalhar conjuntamente pela realização de reunião entre o Presidente Trump e o Presidente Lula na primeira oportunidade possível.
 

Mauro Vieira afirma que reunião com Marco Rubio foi "muito produtiva" e em breve haverá encontro entre Lula e Trump
Foto: Reprodução Redes Sociais

Uma “ótima” reunião, muito “produtiva” e em ambiente descontraído, sem qualquer tentativa de constrangimento. Essas foram algumas das descrições usadas pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ao descrever a reunião na tarde desta quinta-feira (16) com o secretário de Estado do governo dos Estados Unidos, Marco Rubio, ocorrida em Washington.

 

Mauro Vieira deu uma rápida entrevista e expôs alguns detalhes do encontro. Segundo Vieira, os dois chanceleres fizeram uma primeira conversa apenas entre eles, que durou cerca de 15 minutos. Em seguida, partiram para outra reunião expandida, que durou aproximadamente 50 minutos.

 

Segundo o chanceler, a conversa foi marcada por uma atitude construtiva, com ênfase em cooperação e respeito mútuo.

 

“Prevaleceu uma atitude construtiva na retomada das relações entre nossos países”, disse Vieira, destacando que o diálogo com parlamentares norte-americanos faz parte dos esforços para reaproximar Brasil e EUA em temas econômicos, ambientais e de segurança.

 

Pelo lado do Brasil, participaram deste encontro expandido o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, Mauricio Carvalho Lyrio; Philip Fox-Drummond Gough, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores; e Joel Sampaio, chefe da Assessoria Especial de Comunicação Social do MRE.

 

Já pelo lado do governo dos Estados Unidos, além de Marco Rubio, participou da conversa o representante comercial da administração Trump, Jamieson Greer.

 

Na entrevista, Mauro Vieira destacou que após o encontro, serão mantidas as tratativas para uma reunião futura entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. O chanceler disse, entretanto, que ainda não foi definida data e lugar para a conversa entre ambos.

 

Questionado se eles podem se encontrar na próxima semana na Malásia, onde haverá a reunião da Associação de Nações do Sudeste Asiático, Vieira pontuou que “até pode ser”, mas que dependeria de coincidência de datas.

 

“Há um interesse de ambas as partes de que os presidentes se encontrem muito em breve”, comentou.
 

Marco Rubio e Mauro Vieira conversam por telefone e chanceler brasileiro vai a Washington negociar tarifaço
Foto: Montagem com imagem Divulgação Casa Branca / MRE

Em entrevista dada nesta quinta-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, recebeu um telefonema do secretário de Estado do governo dos Estados Unidos, Marco Rubio, e que as negociações entre os dois países vão levar “a gente a se acertar”. Rubio foi escalado por Trump para ser o interlocutor da Casa Branca na negociação comercial com o Brasil.

 

“Ainda ontem o Marco Rubio ligou para o Mauro Vieira. Talvez comece a ter conversa a partir de agora. E vamos ver se a gente começa a se acertar, porque o Brasil não quer briga com os Estados Unidos”, disse Lula. 

 

Apesar de Lula ter dito que a ligação teria sido ontem, na verdade a conversa entre Vieira e Rubio se deu na manhã desta quinta. Durante o telefonema, que durou 15 minutos, Marco Rubio convidou o chanceler brasileiro para uma ida a Washington, a fim de negociar sobre o tarifaço. 

 

De acordo com informações do Palácio do Planalto, Mauro Vieira aceitou o convite e a viagem acontecerá nos próximos dias. Em nota, o governo brasileiro confirmou o encontro. 

 

“Após diálogo muito positivo sobre a agenda bilateral, acordaram que equipes de ambos os governos manterão reunião proximamente em Washington, em data a ser definida, para dar seguimento ao tratamento das questões econômico-comerciais entre os dois países, conforme definido pelos presidentes. O Secretário de Estado convidou o ministro Mauro Vieira para que integre a delegação, de modo a permitir uma reunião presencial entre ambos, para tratar dos temas prioritários da relação entre o Brasil e os Estados Unidos”, afirma o comunicado.  

 

A conversa entre Rubio e Mauro Vieira é um desdobramento do telefonema que aconteceu na última segunda entre os presidentes Lula e Donald Trump. Após ambos conversarem por 30 minutos, ficou acertado que aconteceriam reuniões entre membros do primeiro escalão dos governos brasileiro e americano para preparar um futuro encontro presencial entre os dois mandatários. 

 

Na entrevista desta quinta, Lula disse que se surpreendeu no tom cordial do telefonema, e que esperava que a conversa com Trump transcorresse com maior dificuldade.

 

“Ele me telefonou e eu estava na expectativa que teria muito discussão, ele me ligou da forma mais gentil que um ser humano pode tratar o outro, eu tratando ele de forma civilizada e ele me tratando de forma civilizada”, afirmou o presidente.
 

Sem resposta da Casa Branca para realização de reunião, chanceler brasileiro decide retornar dos Estados Unidos
Foto: Redes Sociais Itamaraty

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que foi a Nova York participar de encontros e uma reunião da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), decidiu retornar ao Brasil ainda nesta terça-feiras (29). Segundo informações da CNN, Vieira teria desistido de esperar que fosse marcado algum encontro com representante do governo Donald Trump, em Washington.

 

Antes da chegada do chanceler, o governo Lula havia informado as autoridades americanas sobre a ida do ministro aos Estados Unidos, e sobre a disposição em discutir o tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump, que entra em vigor no próximo dia 1º de agosto. A princípio, o governo Lula colocou como condição para que o chanceler fosse a Washington que houvesse uma sinalização de abertura dos americanos ao diálogo, pois não bastava só um lado querer negociar.

 

Depois de passar o dia aguardando que fosse agendado uma reunião na Casa Branca, Mauro Vieira desistiu de esperar e encerrou sua agenda nos EUA. Fontes do governo americano afirmaram à CNN que não havia nenhuma reunião prevista de membro do governo com o chanceler.


Durante sua estadia em Nova York, o chanceler brasileiro teve três reuniões bilaterais nesta terça: com o primeiro-ministro da Palestina, Mohammad Mustafa; o chanceler da Jordânia, Ayman Safadi; e a ministra dos Negócios Estrangeiros e da Integração Africana do Senegal, Yassine Fall.

 

Na segunda (28), o ministro Mauro Vieira, além de participar da conferência da UNRWA, também realizou reuniões bilaterais com ministros de Relações Internacionais do Canadá, da Espanha e de Portugal, Áustria e Palestina.

 

Os tópicos abordados com a ministra canadense, Anita Anand, foram a questão da Palestina, tema da reunião da ONU, e a relação comercial entre os dois países. A reunião com o ministro de Relações Exteriores de Portugal, Paulo Rangel, abordou os mesmos temas, mas também o acordo entre Mercosul e União Europeia. Essa temática ainda foi tratada por Vieira com o chanceler espanhol.
 

Conferência da Diáspora Africana nas Américas termina em Salvador e  destaca avanços em políticas de reparação
Fotos: Thuane Maria / GOVBA

A Conferência da Diáspora Africana nas Américas foi encerrada, neste sábado (31), com a leitura de uma carta de recomendações, elaborada por representantes da sociedade civil e entregue à União Africana. A carta é o resultado de três dias de intensos debates e foi construída em torno de quatro eixos centrais: Pan-Africanismo, Memória, Reconstrução, Reparação e Restituição. Ao longo do evento, lideranças negras, pesquisadores e representantes de governos discutiram formas de ampliar o intercâmbio entre os países e fortalecer as propostas abordadas.

 

O governador Jerônimo Rodrigues participou do encerramento do evento, ao lado dos ministros Silvio Almeida (Direitos Humanos e da Cidadania), Anielle Franco (Igualdade Racial), Mauro Vieira (Relações Internacionais) e Margareth Menezes (Cultura). Diversas autoridades também marcaram presença, ressaltando os avanços alcançados e as perspectivas para fortalecer as políticas de reparação e os laços entre as Américas e a África.

 

 

Para o chefe do Executivo baiano, a conferência se destaca como mais uma oportunidade da Bahia estar alinhada com as políticas públicas elaboradas pelo Governo Federal. “É um momento de união e como o presidente Lula nomeou seus quatro anos de governo como a missão de criar a unidade no Brasil, mas também que esta união possa servir para nós reconstruirmos os nossos conceitos, as políticas públicas. Portanto a Bahia se sente lisonjeada em estar sediando esse evento”, ressaltou Jerônimo.

 

A ministra Anielle Franco destacou a importância da carta para o avanço das políticas de reparação. "Encerramos o evento com a entrega da carta de recomendações, que sintetiza as propostas discutidas ao longo desses três dias. Este documento servirá como um guia para as próximas ações e será fundamental no 9º Congresso Pan-Africano, que acontecerá em Togo, de 29 de outubro a 2 de novembro de 2024," afirmou a ministra.

 

A Carta de Recomendações apresenta propostas focadas na promoção de políticas de reparação e justiça social, destacando a restituição de bens culturais e a preservação da memória afrodescendente. Entre as diretrizes principais estão o fortalecimento do Pan-Africanismo, a ampliação do intercâmbio entre as nações da diáspora e o apoio mútuo na reconstrução de sociedades afetadas por séculos de colonialismo e escravidão.

 

 

Cerca de 50 países enviaram delegações para o evento, com representações de Angola, África do Sul, Argentina, Bahamas, Camarões, Colômbia, Costa do Marfim, Cuba, Estados Unidos, Gana, Haiti, Honduras, São Tomé e Príncipe, Sudão do Sul, Namíbia e Togo.

 

 O embaixador do Benin no Brasil, Boniface Vignon, expressou satisfação com os resultados da conferência: “Os debates foram profundamente enriquecedores e revelaram um compromisso sério com as questões de reparação e justiça social. A interação entre os participantes e as propostas formuladas demonstram um avanço significativo na construção de pontes entre o Brasil e a África. É encorajador ver a mobilização de tantos atores para enfrentar as injustiças históricas e promover um futuro mais igualitário."

Ministro Mauro Vieira chama de imoral ação de Israel em Gaza
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, classificou de “imoral” e “ilegal” a ação de Israel na Faixa de Gaza. Em discurso na Cisjordânia, o chanceler brasileiro informou que o Brasil manterá a contribuição para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).

 

As declarações foram feitas em visita à Cisjordânia, na primeira etapa da visita ao Oriente Médio. Neste domingo (17), Vieira reuniu-se em Ramallah com o chanceler palestino, Riyad al-Maliki, e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, para discutir a guerra na Faixa de Gaza.

 

“Vou dizer de forma alta e clara: é ilegal e imoral retirar o acesso das pessoas à comida e à água. É ilegal e imoral atacar operações humanitárias e quem está buscando ajuda. É ilegal e imoral impedir os doentes e feridos de assistência de saúde. É ilegal e imoral destruir hospitais, locais sagrados, cemitérios e abrigos”, disse Vieira em discurso na capital da Autoridade Palestina. As informações são da Agência Brasil.

 

Segundo o ministro das Relações Exteriores, a utilização da fome e da sede como armas de guerra representa “punição coletiva” e o rastro de destruição e de morte na população inocente não será esquecido. Durante o discurso, Vieira foi aplaudido de pé. Na cerimônia, o chanceler recebeu, em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o título de membro honorário do Conselho dos Curadores da Fundação Yasser Arafat. 

 

Para Vieira, a manutenção das contribuições à UNRWA é essencial para manter a ajuda a mais de 5 milhões de refugiados palestinos. O chanceler agradeceu às Nações Unidas pela rapidez na investigação das acusações de que 12 integrantes da agência teriam participado dos ataques terroristas de 7 de outubro, em Israel.

 

Segundo o Itamaraty, Abbas agradeceu o empenho e a amizade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a Palestina. O presidente da Autoridade Palestina também agradeceu a coragem de Lula em assumir papel de referência global em defesa dos palestinos na atual crise e o apoio do governo brasileiro à admissão da Palestina como membro pleno da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

Durante o encontro com Maliki, informou o Itamaraty, o chanceler palestino elogiou a atuação de Lula, ao descrever “a situação como ela é” e destacou que o presidente brasileiro foi um dos primeiros líderes “a agir em defesa dos civis desde a primeira hora”. Maliki manifestou preocupação com os riscos de uma ação militar em Rafah e relatou o aumento da violência de colonos israelenses contra palestinos na Cisjordânia.

 

Em seguida, participou da cerimônia na Fundação Yasser Arafat. Coube ao primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammed Shtayyeh entregar o título em homenagem ao presidente Lula.

 

No último compromisso do dia, Vieira e Shtayyeh se reuniram para tratar da crise em Gaza e em outros países do Oriente Médio. Os dois discutiram estratégias conjuntas para tornar a Palestina membro pleno das Nações Unidas.

Chanceler diz no Senado que comparação da ação de Israel em Gaza com Holocausto foi "fruto da indignação de Lula"
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na qual comparou a incursão militar do governo de Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto promovido pelo nazismo, foi fruto de um contexto de indignação com as mortes causadas pela guerra na região. Quem apresentou essa justificativa foi o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ao comparecer nesta quinta-feira (14) à Comissão de Relações Exteriores do Senado. 

 

A comparação feita por Lula, feita durante viagem à Etiópia em fevereiro, teve ampla repercussão no Brasil, e provocou fortes críticas ao presidente. A declaração levou um grupo de 140 deputados a assinar um pedido de impeachment do presidente, e analistas políticos inclusive dizem que a fala de Lula foi uma das causas que levaram à queda de sua aprovação, conforme demonstrado em pesquisas divulgadas nos últimos dias. 

 

“Hoje já são 32 mil mortos e 73 mil feridos em gaza, 70% dos quais mulheres e crianças. Do lado israelense, além dos 1.112 mortos do ataque terrorista do Hamas em outubro, já morreram 251 soldados. Quantas vidas mais serão perdidas até que todos atuem para impedir o morticínio em curso? É nesse contexto de profunda indignação que se inserem as declarações do presidente Lula, são palavras que expressam a sinceridade de quem busca preservar e valorizar o valor supremo que é a vida humana”, disse o chanceler aos senadores da Comissão.

 

Ainda na defesa do posicionamento do presidente Lula, o ministro das Relações Exteriores afirmou no Senado que o governo de Benjamin Netanyahu estaria violando o direito humanitário internacional ao não permitir a entrada de suprimentos e alimentos na Faixa de Gaza. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças estariam morrendo de fome diariamente em Gaza.  

 

“Sem sombra de dúvida, o bloqueio à ajuda humanitária no contexto atual de fome e falta de insumos médicos em Gaza consiste em uma violação do direito internacional”, afirmou o chanceler brasileiro, acrescentando que “o governo do primeiro-ministro de Israel continua dificultando sistematicamente a entrada de caminhões com ajuda humanitária nas fronteiras com Gaza”.  

 

Em sua explanação inicial, o ministro Mauro Vieira afirmou que cerca de 15 mil toneladas de suprimentos de ajuda humanitária internacional aguardam aprovação do governo de Israel para entrar em Gaza, sendo mais da metade dessa carga de alimentos. Vieira confirmou que parte da ajuda humanitária enviada pelo Brasil para Gaza, composta 30 por purificadores de água, foi retida pelas forças israelenses.

 

“O que podemos fazer, e continuaremos a fazer na nossa linha atual, é denunciar a decisão unilateral israelense de bloquear recorrentemente a entrada de ajuda humanitária e seguir trabalhando com os países vizinhos e os organismos internacionais em favor da abertura de corredores humanitários”, declarou.

 

Mauro Vieira compareceu à Comissão de Relações Exteriores atendendo a convite feito pelo presidente do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Em resposta a questionamento de Calheiros, o chanceler disse que o Brasil condenou o ataque terrorista do Hamas a Israel em outubro de 2023, assim como condena a reação militar israelense em Gaza, que considera desproporcional.

 

“Nossa mensagem foi sempre essa: apoio à operação de retirada de brasileiros que desejam retornar; apoio a todas as iniciativas para que não faltasse água, luz, remédios e hospitais em Gaza; apelo por corredor humanitário, pelo cessar fogo, pela retomada das negociações e pela liberação dos reféns. É preciso condenar e repudiar a atrocidade do ataque terrorista sofrido por Israel no dia 7 de outubro. Sim, Israel tem o direito de defender sua população, mas isso tem de ser feito dentro de regras do direito internacional. A cada dia que passa, no entanto, resta claro que a reação de Israel ao ataque sofrido tem sido extremamente desproporcional e não tem como alvo somente aqueles responsáveis pelo ataque, mas todo o povo palestino”, concluiu o ministro.
 

Chanceler diz que Brasil vai manter posição equilibrada, mas Zelensky quer apoio na guerra da Ucrânia
Foto: Pedro França/Agência Senado

O Brasil vai continuar mantendo uma posição equilibrada em relação ao conflito entre Ucrânia e Rússia, com foco na busca por uma solução negociada que restabeleça a paz. A afirmação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em audiência na manhã desta quinta-feira (11), na Comissão de Relações Exteriores do Senado. 

 

Mauro Vieira disse aos senadores que o governo brasileiro condenou, tanto no Conselho de Segurança como na Assembleia Geral das Nações Unidas, a violação da integridade territorial da Ucrânia, mas também se posicionou contra tentativas de isolamento da Rússia nos foros internacionais. O chanceler brasileiro afirmou que o governo Lula não está interessado em “tomar lados”, mas em preservar canais de diálogo com todos. Para o ministro, esta seria a única maneira que o Brasil poderia contribuir para a construção de espaços de negociação que conduzam à paz entre Rússia e Ucrânia.

 

“Creio que o elemento de novidade tem sido a posição ativa que o Presidente Lula passou a exercer junto a seus múltiplos interlocutores, no sentido de buscar contribuir para uma solução negociada para o conflito e o estabelecimento da paz. O Brasil tem credenciais e patrimônio diplomático suficientes para ajudar a buscar soluções para essa crise que diz respeito a toda a comunidade internacional”, disse Mauro Vieira.

 

A posição de busca por equilíbrio do governo brasileiro, entretanto, não agrada ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Em postagem nas suas redes sociais nesta quinta-feira, Zelensky relatou encontro ontem, em Kiev (capital da Ucrânia), com o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, o ex-chanceler Celso Amorim. Zelensky afirmou que o único plano de paz possível para que haja o fim da guerra passa por apoiar a posição ucraniana.

 

"Eu enfatizei a Celso Amorim que o único plano capaz de deter a agressão russa na Ucrânia é a fórmula ucraniana para a paz. Nós discutimos a possibilidade de realizar uma cúpula Ucrânia-América Latina. Eu espero continuar a dialogar com o presidente Lula e recebê-lo na Ucrânia", afirmou Zelensky. 

 

O presidente ucraniano disse ainda que a responsabilidade histórica dos chefes de Estado seria a de tornar inevitável a punição total por agressão, a fim de evitar não apenas a recorrência de agressões contra a Ucrânia ou outros países, mas também novas guerras no mundo. “Existem agressores em potencial no mundo. E o mundo deve buscar a justiça para ver a paz totalmente assegurada”, concluiu Zelensky.

 

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Sabe como os pais fingem que não têm um filho preferido? A mesma coisa acontece com os políticos. E vale tanto do lado do Soberano quanto do Cacique. Mas tem gente que corre o risco de perder o lugar. Fica de olho, DuBicho. Já a equipe do Bonitinho não sei se está muito satisfeita com o chefe. Enquanto isso, o Ferragamo é que parece que não gosta de si mesmo... Ou gosta demais, vai saber. Saiba mais!

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Jaques Wagner
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"Te afianço que vamos corrigir, tanto em cima como embaixo". 


Disse o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), durante a discussão na Comissão de Assuntos Econômicos sobre o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, indicando que a faixa de cobrança dos chamados “super-ricos”, que ganham acima de R$ 600 mil, precisaria ser retificada a cada ano.

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