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A ideia da prefeitura de Salvador de construir um túnel subterrâneo ligando o Centro de Salvador ao bairro do Comércio segue na geladeira. O projeto chegou a avançar na fase de estudos de viabilidade no primeiro semestre de 2023, mas o custo elevado e a complexidade das intervenções fizeram a gestão do prefeito Bruno Reis recuar.
Em nota enviada ao Bahia Notícias nesta semana, a Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas, pasta responsável pela análise do túnel, informou que no momento não há atualização sobre o assunto. A Seinfra indicou que o projeto chegou a ser inscrito no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal para obtenção de recursos, mas ainda não obteve retorno.
Além disso, a "menina dos olhos" da prefeitura agora é outra obra de mobilidade: a construção do Teleférico do Subúrbio. Com recursos garantidos por meio de financiamento junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), o equipamento deve começar a ser implementado no final deste ano ou até o início de 2026, conforme mostrou o Bahia Notícias.
Ainda no início do ano passado, a reportagem mostrou que a prefeitura de Salvador esbarrou na captação de recursos para dar continuidade ao projeto. À época, a Seinfra decidiu rescindir o contrato com a empresa responsável pela elaboração do projeto e estudos de viabilidade do túnel, após a finalização das etapas iniciais.
A empresa em questão era a Sanehatem Consultoria e Projetos LTDA, que chegou a entregar à prefeitura um documento com detalhes do projeto da chamada "passagem urbana". No escopo do planejamento, constam estudos e anteprojeto de engenharia de duas passagens subterrâneas (A e B). A primeira ligando o Campo da Pólvora à Ladeira da Montanha e a segunda ligando a estação da Lapa ao Terminal da Barroquinha.
A ideia do túnel é ligar o Campo da Pólvora - nas proximidades da Arena Fonte Nova - ao bairro do Comércio, próximo ao Plano Inclinado Gonçalves. A iniciativa da gestão tentaria integrar toda essa região, onde se localiza o porto da cidade, o Elevador Lacerda e o Mercado Modelo, ao metrô de Salvador.
O escopo da análise também indicou que na saída do túnel localizada no bairro Comércio - especificamente, na Rua Guindaste dos Padres -, seria construído um “edifício de apoio” para a operação da passagem subterrânea. Para a construção, o estudo previa a desapropriação de três lotes na região.
A edificação também tinha a previsão de instalar cafeterias, sanitários com acessibilidade, lojas e uma área administrativa. A ideia era que o local fosse a porta de entrada de um “boulevard”: uma espécie de área de trânsito preferencial de pedestres, admitindo, eventualmente, o tráfego local de veículos, semelhante às “ramblas” de Barcelona.
Com a aprovação do financiamento para custear a implementação do “Teleférico do Subúrbio”, a prefeitura de Salvador projeta começar as obras no final deste ano ou no início de 2026. Sob a batuta da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), o projeto deve ser finalizado em maio e encaminhado para a Superintendência de Obras Públicas (Sucop) orçar as intervenções.
As informações foram confirmadas ao Bahia Notícias pela presidente da FMLF Tânia Scofield nesta terça-feira (18). A gestora indicou que a prefeitura realiza os últimos ajustes e estudos para lançar o processo licitatório que deve durar entre três e quatro meses.
Scofield revelou que o projeto agrega duas obras, a civil e a eletromecânica — responsável pela instalação de cabos e cabines do equipamento. “O teleférico terá 4,3 km de extensão, com quatro estações e une Campinas de Pirajá, ao lado da estação de metrô, tem uma estação em Pirajá, no Rio Sena, que vai atender toda aquela parte alta e tem uma estação em Praia Grande, na Suburbana”, disse.
Foto: Divulgação / FMLF
A presidente da fundação também confirmou que a operação do Teleférico do Subúrbio contará com 110 cabines, e o percurso terá duração de 18 minutos. Por fim, ressaltou que o modal utiliza energia limpa e não emite grande ruídos, já que é elétrico.
“A capacidade para a primeira fase é de 4 mil passageiros nos dois sentidos. Ou seja, dá 23 mil passageiros por dia. Cada cabine transporta até dez pessoas por viagem”, acrescentou Tânia.
O TELEFÉRICO
Na semana passada, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, assinou um contrato de financiamento de US$ 125 milhões (cerca de R$ 720 milhões) junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) para a execução do Programa Salvador Inclusiva, que prevê a implementação do teleférico.
Foto: Divulgação / FMLF
As cabines serão sustentadas por 27 torres, permitindo a conexão da Av. Suburbana e de bairros populosos — como Praia Grande, Periperi, Mirantes de Periperi, Rio Sena e Alto da Terezinha — com a BR-324, tendo como ponto final a Estação Campinas de Pirajá do Metrô de Salvador. O teleférico fará parte da rede municipal de mobilidade de Salvador, com integração aos demais modais da capital baiana.
Em abril do ano passado, a gestão de Bruno Reis fechou contrato com a empresa MD Engenheiros Associados S/S para a elaboração de um projeto estrutural das fundações das 27 torres da chamada “Linha 1 de sustentação dos cabos” e superestrutura de quatro estações do teleférico Salvador. O contrato foi fechado por meio de inexibilidade de licitação e possui valor de R$ 550 mil.
No documento de análise de pré-viabilidade, os estudos foram feitos pela própria Fundação Mário Leal Ferreira, pelo banco estatal alemão KfW e a Ingeniería de Sistemas de Transporte e Cables (ISTC) — Engenharia de Sistemas de Transportes e Cabos. A última é uma empresa colombiana especializada no desenvolvimento de sistemas de transporte a cabo.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis, assinou um contrato de financiamento de US$ 125 milhões (cerca de R$ 720 milhões) junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) para a execução do Programa Salvador Inclusiva. A operação foi assinada nesta sexta-feira (14), em Brasília, e prevê a implementação do Teleférico do Subúrbio, meio de transporte urbano que vai conectar diversos bairros desta região da cidade ao metrô em Campinas de Pirajá.
Com a operação internacional de crédito, serão investidos pela prefeitura mais de R$ 900 milhões nos próximos cinco anos, a começar por 2025. Além do teleférico, o Programa Salvador Inclusiva, aprovado pelo CAF, prevê a ampliação dos projetos de qualificação profissional, como Treinar Para Empregar, Salvador Tech, Salvador Criativa e Geração SSA, e ações no âmbito da Cidade Inteligente, como a implantação do Observatório Salvador (Centro de Controle Operacional) e do Hub de Inovação e Tecnologia, ambos no Subúrbio.
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Do recurso captado, R$ 678 milhões serão investidos em melhorias de infraestrutura urbana e mobilidade, como o Teleférico do Manê Dendé; R$ 68,6 milhões serão destinados a ações de inclusão digital, inclusão social, e geração de empregos na capital baiana; e R$133,6 milhões para medidas de inovação urbana. O Programa Salvador Inclusiva será coordenado pela Casa Civil e executado pelos diversos órgãos e secretarias do município.
O prefeito lembrou que as obras do CCO e do Hub de Inovação e Tecnologia do Subúrbio já foram iniciadas e que a operação de crédito vai permitir ampliar a segunda fase do Treinar Para Empregar, que já capacitou mais de 60 mil pessoas em sua primeira etapa.
“São 100 mil pessoas que iremos formar em nossa cidade para terem acesso ao mercado de trabalho. Veja como são importantes esses recursos para a gente poder acelerar o desenvolvimento de Salvador. Vamos seguir transformando a nossa cidade, fazendo dessa cidade a melhor cidade de todo o Brasil”, afirmou Bruno Reis.
A IMPLANTAÇÃO DO TELEFÉRICO
A principal medida de inclusão territorial será a implantação do Teleférico do Subúrbio. Será o primeiro meio de transporte deste tipo em Salvador, inspirado no sucesso do modal visto em outras cidades de relevo acidentado do planeta, como La Paz, Medellín, Bogotá e Barcelona. O projeto prevê um percurso de 4,3 km e quatro estações: Praia Grande, Mané Dendê, Pirajá e Campinas de Pirajá.
No total, serão instaladas 110 cabines, sustentadas por 27 torres, permitindo a conexão da Av. Suburbana e de bairros populosos - como Praia Grande, Periperi, Mirantes de Periperi, Rio Sena e Alto da Terezinha - com a BR-324, tendo como ponto final a Estação Campinas de Pirajá do Metrô de Salvador. O teleférico fará parte da rede municipal de mobilidade de Salvador, com integração aos demais modais da capital baiana.
A previsão é que o meio de transporte beneficie mais de 700 mil pessoas, com capacidade de transportar até 23 mil passageiros por dia. Segundo o projeto, o Teleférico do Subúrbio é uma solução inovadora de mobilidade, pois facilitará a vida da população, reduzindo o seu tempo de deslocamento, ao mesmo tempo que é mais sustentável.
O Comitê Gestor do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) aprovou, nesta terça-feira (21), algumas mudanças na execução de obras em todo país que vão receber verbas do governo federal. Na Bahia, chamaram a atenção a aprovação da extensão do Metrô Lapa-Campo Grande, em Salvador - anteriormente reprovada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) -, e a retirada da duplicação da Estrada do Derba (BA-528), em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
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Com as alterações, as verbas empenhadas pelo governo Lula para execução de obras do PAC em Salvador vão mais que dobrar, saltando de cerca de R$ 1,1 bilhão, para, ao menos, R$ 2,6 bilhões. As informações foram publicadas do Diário Oficial da União (DOU) desta terça.
Somente as obras do Tramo 4 do Metrô até o Campo Grande vão custar R$ 1,5 bilhão custeadas pelo governo Lula. Já a duplicação na Estrada do Derba, que será custeada pelo Governo Jerônimo Rodrigues (PT), já teve planejamento realizado pela gestão estadual.
A decisão de rever as obras a serem incluídas ou excluídas do Novo PAC é do comitê formado pelos Ministérios da Casa Civil, Fazenda, Planejamento e Orçamento, além da pasta de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
O projeto de levar o metrô até o Campo Grande surgiu ainda durante a gestão do ex-governador Rui Costa (PT), atualmente ministro da Casa Civil - justamente a pasta responsável por gerir o Novo PAC. Rui também pretendia levar o metrô até a Barra. Inclusive, o governo da Bahia, já sob a gestão de Jerônimo, abraçou a ideia e a incluiu no Novo PAC. No entanto, o governo Lula barrou a iniciativa que previa um investimento de mais de R$ 4 bilhões.
ALTERAÇÕES
Outro projeto que o governo voltou atrás e aprovou foi a renovação total da frota do sistema de transporte metropolitano, que contará com a aquisição de novos ônibus elétricos onde serão investidos cerca de R$ 330 milhões.
Além disso quatro projetos voltados à regularização fundiária na capital baiana foram incluídos no Novo PAC. A previsão é que, juntas, as intervenções somem mais de R$ 20 milhões empenhados pelo governo federal. Outros quatro projetos voltados para urbanização e reestruturação de favelas da capital baiana foram aprovados.
Anteriormente, dois destes projetos haviam recebido o crivo do governo federal que iria investir mais de R$ 800 milhões em obras de infraestrutura nos bairros de Jardim Cajazeiras, Pau da Lima, Sussuarana Velha e São Marcos/Nova Sussuarana, além da região da Cidade Baixa. No entanto, apesar da aprovação de mais dois projetos, o Bahia Notícias não teve acesso aos valores que serão empenhados, nem em quais regiões eles serão desenvolvidos.
O BN já havia trazido que três projetos voltados à construção de mais de 100 contenções de encostas em Salvador, com investimento de mais de R$ 250 milhões, haviam sido aprovados pelo Novo PAC. Estes seguem mantidos, de acordo com a publicação do DOU.
TELEFÉRICO EM SALVADOR
Com as novas mudanças, dos 42 projetos inscritos em Salvador pela prefeitura e pelo governo da Bahia para o Novo PAC, ao todo, 23 não avançaram. No entanto, muitos chamaram atenção. Um deles foi o projeto de autoria do prefeito Bruno Reis (União), que prevê a construção de um Teleférico do Subúrbio, “à la Rio de Janeiro”, partindo de Campinas de Pirajá até Praia Grande. A prefeitura havia pedido para que o projeto, que deve custar aproximadamente R$ 3,8 bilhões, fosse incluído no Novo PAC. Porém o governo Lula negou.
A elaboração de um projeto estrutural das fundações das 27 torres da chamada "Linha 1 de sustentação dos cabos" e superestrutura de quatro estações do teleférico já foi iniciada. O contrato, firmado entre a Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) e a empresa MD Engenheiros Associados S/S, foi fechado através de inexibilidade de licitação e possui valor de R$ 550 mil.
A proposta foi entregue também ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com a previsão de construir as quatros estações dentro da primeira etapa do novo modal. Segundo estimativa apresentada no estudo, pelo menos 23 mil pessoas devem ser transportadas diariamente pelo teleférico, com U$ 2,7 milhões em benefícios econômicos anuais de tempo para os usuários.
Um dos compromissos firmados pelo prefeito Bruno Reis (União) durante a abertura dos trabalhos na Câmara de Salvador em 2024 foi a construção de um teleférico no Subúrbio da cidade. O projeto, que até o ano passado estava na fase de estudos de viabilidade, deu um novo passo nos últimos dias sob a batuta da Fundação Mário Leal Ferreira.
A FMLF fechou contrato com a empresa MD Engenheiros Associados S/S para a elaboração de um projeto estrutural das fundações das 27 torres da chamada "Linha 1 de sustentação dos cabos" e superestrutura de quatro estações do teleférico Salvador. O contrato foi fechado através de inexibilidade de licitação e possui valor de R$ 550 mil.
As estações mencionadas são:
- Estação 1: Campinas de Pirajá;
- Estação 2: Pirajá;
- Estação 3: Mané Dendê;
- Estação 4: Praia Grande.
No documento de análise de pré-viabilidade, os estudos foram feitos pela própria Fundação Mário Leal Ferreira, pelo banco estatal alemão KfW e a Ingeniería de Sistemas de Transporte e Cables (ISTC) - Engenharia de Sistemas de Transportes e Cabos. A última é uma empresa colombiana especializada no desenvolvimento de sistemas de transporte a cabo.
A proposta foi entregue ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com a previsão de construir as quatros estações dentro da primeira etapa do novo modal.
Segundo estimativa apresentada no estudo, pelo menos 23 mil pessoas devem ser transportadas diariamente pelo teleférico, com U$ 2,7 milhões em benefícios econômicos anuais de tempo para os usuários.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.