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tarifa zero
Com discussões frequentes sobre a operação do transporte público em grandes centros urbanos, a pauta da "tarifa zero" para os usuários volta a surgir em meio a adoção de alguns municípios ao projeto. Em Salvador, o novo secretário de Mobilidade, Pablo Souza, é difícil discutir o modelo na capital baiana sem recursos que apoiem o financiamento.
A fala do titular da Semob foi feita durante entrevista ao BN Autos Cast, na última semana. De acordo com o gestor, a prefeitura tem aportado recursos para manter a operação do transporte público.
"Qualquer mudança tarifária precisa passar por uma discussão sobre fontes de financiamento do transporte. Sem ter recursos que apoiem o financiamento, a gente tem dificuldade em discutir uma tarifa zero. Porque hoje do jeito que as coisas estão com tarifa paga pelo usuário, a prefeitura já está tendo que colocar recurso. Imagina se zera, o caixa da prefeitura é em diversas áreas. Ano passado a prefeitura aportou perto de R$ 200 milhões em subsídios para manter a operação", disse.
"A população também vê nas ruas quanto o combustível subiu, elevação de ICMS. Transporte público hoje ter ICMS cobrado de combustível é tarifa para o usuário final, o usuário paga o ICMS também e o ICMS vai para o cofre do estado e não para o sistema de transporte de Salvador. A gente precisa ter uma rediscussão do modelo de financiamento do transporte público", acrescentou.
Estudo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) mostra um aumento significativo no número de passageiros nas localidades onde foi implementada a tarifa zero no transporte coletivo público. No total, segundo a pesquisa, há 106 municípios no país que reúnem mais de 5 milhões de habitantes em que não há nenhuma cobrança no transporte urbano de ônibus, a tarifa zero universal. As informações são da Agência Brasil.
O levantamento comparou a quantidade de passageiros antes e depois da adoção do passe livre em 12 cidades. Em todos os municípios pesquisados houve elevação significativa na demanda por viagens de ônibus, que variou de 33% a 371%.
Entre as cidades pesquisadas estão Caucaia (CE), que adotou a tarifa zero em 2021, e 2 anos depois viu o número de passageiros subir 371%, de 510 mil mensais para 2,4 milhões mensais. Luziânia (GO) teve elevação de 202% no número de passageiros em um período de 2 meses, de 4,3 mil por dia, em outubro de 2023, quando adotou o passe livre, para 13 mil por dia, em dezembro de 2023.
Maricá (RJ) teve aumento de 144% após três anos da adoção da tarifa zero; Ibirité (MG), de 106%, após três meses; São Caetano do Sul (SP), de 218%, após quatro meses; Paranaguá (PR), de 146%, após um ano; Balneário Camboriú (SC), de 43%, após seis meses; Itapeva (SP), de 267%, após um ano e meio; Cianorte (PR), de 99%, após um ano; Lins (SP), de 150%, após um mês; Mariana (MG), de 145%, após dois anos; e Santa Isabel (SP), de 33%, após um ano e meio.
“O aumento da demanda indica o potencial de uso do transporte público pela população. A tarifa zero promove uma maior mobilidade e acessibilidade, facilitando deslocamentos para as atividades essenciais no ambiente urbano, em diferentes horários do dia, não só em horário de pico”, avalia o diretor executivo da NTU, Francisco Christovam.
“Esse aumento da demanda precisa ser considerado pela prefeitura que planeja adotar a tarifa zero. Não basta ter recursos para cobrir o custo atual, é preciso avaliar a necessidade de aumento da frota e definir fontes permanentes de recursos, para que a tarifa zero tenha sustentação”, acrescentou Christovam.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.