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O surfista brasileiro Filipe Toledo sofreu um acidente durante o Circuito Mundial de Surfe de Abu Dhabi da WSL. Durante as oitavas de final da competição, o atleta sofreu um acidente com um fotógrafo na água e se revoltou com a situação. 

Nos últimos minutos de bateria, em tentativa de manobra arriscada, Toledo tentou um aéreo, mas se chocou com o fotógrafo Tiago Diniz e não conseguiu finalizar o movimento. Após sua segunda tentativa, o atleta não conseguiu surfar novamente. 

Algumas imagens flagraram o surfista dando tapas em sua prancha depois da frustração do choque com o fotógrafo brasileiro. 

“Eu não quero surfar de novo. Não foi a primeira vez que reclamamos. Vinha acontecendo nas sessões de treino o tempo todo”, afirmou Toledo enquanto saía da água. 

A manobra perdida foi a única chance do brasileiro conseguir avançar na disputa contra o Kanoa Igarashi. O diretor técnico e comissário da WSL, Renato Hickel, lamentou o ocorrido e explicou a nota do surfista brasileiro na bateria.

O surfista João Chianca, conhecido como Chumbinho, divulgou um video nesta sexta-feira (5), em suas redes sociais, onde aparece atuando nas ondas após o acidente sofrindo em dezembro de 2023, em Pipeline. João sofreu uma grave lesão na cabeça após uma queda em um treinamento no Havai. Após ser hospitalizado, o atleta que já está classificado para as Olimpíadas de Paris, mira a sua recuperação.

Chianca já vinha costumeiramente publicando em suas redes sociais vídeos onde se recuperava com fisioterapia e fortalecimento. A postagem do atleta atuando nas águas é a primeira após o acidente. Em mensagem de conforto, João celebrou a evolução e se mostrou otimista.

Foto: Reprodução / Instagram

"Pense na saúde, na alegria, na prosperidade, e sua vida tomará novo rumo. Afirme sempre que é feliz, que as dores passam, que a saúde se consolida cada vez mais. Seja otimista e permaneça o mais possível ligado ao Pai Celestial. Obrigado Deus pela chance", escreveu o surfista.

O atleta de surf ainda não competiu por nenhum campeonato deste ano e optou por não participar da WSL. João Chianca já está classificado para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, que começam em julho, na cidade de Teahupo'o, no Taiti.

O surfista Gabriel Leal, conhecido por encarar o desafio de viajar para o Havaí sozinho em busca do seu sonho, retornou à Bahia após temporada de aprendizado e contou algumas histórias sobre a experiência que obteve fora da sua terra natal longe da família. 

Residente de Praia do Forte (Mata de São João), o atleta, mais maduro e com mais bagagem contou sobre alguns momentos que teve nas terras havaianas e falou a respeito  da dificuldade vivida no início do processo de mudança.

“Confesso que no começo fiquei muito nervoso na minha primeira viagem sozinho. Não sabia muito o que ia fazer nem como fazer”, contou o jovem atleta.

“Coisas como pegar a bike e ir para o North Shore, onde fica Pipeline, por exemplo, eram completamente desconhecidas. Mas foi tudo se encaixando aos poucos”, revelou.

O surfista estava hospedado na cidade de Haleiwa, cerca de duas horas da Pipeline, uma das ondas mais perigosas do Havaí.

Gabriel alegou não ter uma onda em que prefere mais, pois em cada canto do país existem quantidades "extraordinárias". 

“Gostei muito de surfar aqui em Haleiwa, no Backdoor de Pipeline, em Sunset, fora os secrets (ondas poucos surfadas). Foram experiências de outro mundo nessa minha segunda temporada no Havaí”, ressaltou.

Apesar de passar a temporada sem a família, o surfista contou com a presença de ídolos e amigos, sendo um deles o campeão mundial e olímpico Ítalo Ferreira, ex-Billabong.

“Acompanhei a sua rotina e ele é muito monstro e foco 100%. É gente boa pra caramba, gosta muito de brincadeiras, mas é muito focado e determinado. Já era minha inspiração e agora é mais ainda”, disse empolgado.

Após retornar da temporada no Havaí, Leal segue focado nas competições locais e regionais enquanto se prepara para uma próxima temporada na Indonésia, dessa vez com a família, entre maio e setembro.

Na última competição local, o jovem atleta ficou em sexto lugar no ranking profissional baiano e no sub-16, na categoria sub-18, chegou na quarta colocação.