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Com mais descoberta em novembro na região do sítio arqueológico de Tucano, definido pelo Iphan no começo do mês, após a repercussão da matéria do Bahia Notícias, a Prefeitura lançou uma campanha de proteção intitulada "Preservar nossa história é proteger quem somos". A iniciativa visa conscientizar a população sobre a importância de preservar as gravuras rupestres recém-descobertas.
Além disso, em entrevista ao Bahia Notícias, o autor da descoberta, professor André Carvalho, confirmou o interesse da política local na temática. Ele relatou que entrou em contato com algumas figuras políticas, como o prefeito reeleito Ricardo Filho (MDB), que garantiu maior apoio às pesquisas, junto a um vereador com um projeto municipal.
"Um vereador me informou que vai propor a criação da guarda ambiental municipal, direcionada para a preservação do meio ambiente e também para preservar as gravuras rupestres. Já o prefeito [Ricardo Filho] disse, em ligação, que a partir do ano que vem vai garantir apoio para as pesquisas", conta o historiador.
Imagens dos registros descobertos e revelados em novembro | Foto: Reprodução / Bahia Notícias / André Carvalho
Desde a descoberta das gravuras rupestres, o historiador tem tido um trabalho longo de pesquisa com 4 meses na região e tem revelado cada vez mais sobre a vida pré-histórica no semiárido baiano. Recentemente, o historiador André Carvalho e uma equipe de amigos encontraram novos achados que aprofundam ainda mais nosso conhecimento sobre as antigas civilizações que habitaram a região.
Região rochosa das descobertas, registro de André com amigos explorando | Foto: Reprodução / Bahia Notícias / André Carvalho
Entre os achados mais recentes, estão novos registros de pinturas e marcações rochosas, sugerindo que as gravuras podem estar associadas a atividades cotidianas e rituais dessas sociedades antigas. "A ampliação dos achados arqueológicos pode reconstruir com mais precisão o modo de vida e as práticas culturais desses povos", destacou Carvalho.
Mais descobertas deste mês pelo grupo | Foto: Reprodução / Bahia Notícias
A repercussão da matéria anterior publicada pelo Bahia Notícias gerou um movimento significativo em Tucano. Em resposta, a prefeitura lançou a campanha "Preservar nossa história é proteger quem somos". A campanha pretende sensibilizar a população local e os visitantes sobre a importância de preservar o sítio arqueológico recém-descoberto.
A campanha reforça mensagens cruciais para a preservação do patrimônio, veja:
"Respeitar a história é garantir que ela continue inspirando gerações futuras", afirma o lema da campanha. A iniciativa busca educar a comunidade e promover um senso de responsabilidade coletiva sobre a preservação desse tesouro arqueológico. "Após a matéria, o Secretário de Comunicação entrou em contato comigo. Já lançou nas redes sociais da Prefeitura uma campanha de conscientização", declarou Carvalho.
O Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) finalmente emitiu um parecer em uma nota técnica confirmado a existência do sítio arqueológico na região de Tucano. A emissão vem após uma longa espera de 1 mês das descobertas de gravuras e pinturas rupestres do historiador André Carvalho reveladas pelo Bahia Notícias.
Em nota obtida pelo Bahia Notícias, o Iphan confirma oficialmente as descobertas tanto das gravuras rupestres na Fazenda Marizá, encontradas no dia 10 de agosto, quanto das pinturas na Fazenda Caldeirão, encontradas em 15 de setembro.
Trecho da nota em que confirma o sítio arqueológico em Tucano | Foto: Reprodução / Bahia Notícias
Em entrevista ao nosso portal de notícias, André Carvalho também confirmou a visita técnica dos funcionários do orgão ao município de Tucano ainda no próximo ano. A ação pretende averiguar a região para uma possível ação de preservação do local.
“Vão enviar uma equipe ainda no primeiro semestre de 2025. Até porque já está liberado lá para envio no setor de protocolo [o mesmo enviado por André no começo de setembro]. Vou entrar em contato pedindo uma data”, conta o historiador ao Bahia Notícias.
Vale lembrar que a resposta foi demorada, afinal, o historiador ficou 1 mês na espera somente para a confirmação do protocolo enviado, como demonstrado em pela reportagem do Bahia Notícias. Com ou sem resposta, o historiador garantiu seu empenho em novas descobertas e mapeamento da cidade.
A Prefeitura de Tucano chegou a reconhecer as descobertas em suas redes sociais, contudo, até o momento não houve grandes ações de conscientização para a preservação desses registros históricos. Algo que o professor e arqueólogo Carlos Etchevarne garantiu ser necessário nesses casos.
“Gravuras como essas atraem turismo para a região. A ideia é sempre conversar e instruir os moradores locais sobre como usar esses sítios. Porque também é assim, não temos órgãos de preservação, temos dois órgãos de preservação. Iphan nacional e IPAC estadual. Nenhum dos dois tem condições técnicas, de recursos, de profissionais, para segurar a quantidade de sítios arqueológicos da Bahia”, conta o especialista.
Utilizando o Google Maps, é possível localizar precisamente o ponto onde o historiador fez sua primeira descoberta, na Fazenda Caldeirão. A ferramenta permite visualizar o local no mapa e obter imagens sobre os achados na região.
Imagens da localização em Tucano | Foto: Reprodução / Google Maps
A pacata vila de pescadores de Santiago do Iguape, situada às margens do rio Paraguaçu, no Recôncavo Baiano, é um local de grande valor histórico. Fundada pelos jesuítas no século 16, a vila abriga a primeira igreja construída na região, que recebeu a sanção canônica de matriz de Santiago. No entanto, um recente achado arqueológico tornou ainda mais significativa a importância do distrito.
Durante as escavações para a construção de uma praça ao lado da igreja, foi descoberto um sítio arqueológico que revelou vestígios de várias épocas, incluindo da pré-história. A obra foi imediatamente suspensa para permitir o trabalho de arqueólogos, que encontraram mais de dois mil fragmentos e cerca de 30 ossadas de pessoas e animais, possivelmente datando do século 16.
O que mais surpreendeu os pesquisadores, no entanto, foram os sambaquis, estruturas que podem ter milhares de anos e indicam a presença de povos antigos na região. A descoberta tem atraído a atenção dos moradores locais, e os arqueólogos passaram a visitar as escolas da área para explicar a importância histórica do achado.
A pesquisa continua em andamento, e as escavações seguem revelando mais informações sobre a história da vila e da região.
Segundo Olmo Lacerda, arquiteto da Conder, a descoberta inesperada transformou completamente o projeto da obra.
"Nossa expectativa era seguir com a construção da praça, mas a emergência de um sítio arqueológico tão significativo mudou tudo. Agora, a preservação dos achados é nossa prioridade, e estamos trabalhando em estreita colaboração com os arqueólogos para garantir que cada fragmento seja estudado com o devido cuidado." O investimento do Governo do Estado na nova praça dos pescadores é de cerca de R$ 700 mil.
O protocolo de escavação segue rigorosamente as diretrizes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que exige uma análise de impacto arqueológico antes de qualquer obra em áreas de valor histórico.
Além das escavações, palestras educativas foram realizadas em escolas da região, destacando a importância da preservação histórica e despertando o interesse dos jovens pela arqueologia. Mais de duas mil pessoas já visitaram o sítio, e, para ampliar o impacto educacional, a Conder ofereceu bolsas de estudo para estudantes de arqueologia. Ana Clara, de 13 anos, foi uma das jovens que participou das visitas:
"Foi incrível ver tudo de perto! Quando encontramos pedaços de coisas tão antigas, é como se estivéssemos conhecendo quem viveu aqui antes. Agora, vejo a história do lugar de um jeito muito mais especial."
O governo do estado anunciou a contratação de uma empresa para obras de reforma na Praça dos Pescadores, em Cachoeira, no Recôncavo. A vencedora da licitação [Trilho Engenharia] deve também elaborar o projeto de requalificação do local.
Conforme a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado [Conder], o montante empregado será de R$ 797,2 mil. A Praça dos Pescadores fica no distrito de Santiago do Iguape, em Cachoeira e abriga também uma espécie de cemitério arqueológico onde já foram identificados mais de 800 fragmentos de remanescentes humanos datados dos séculos 18 e 19.
No ano passado, uma equipe da Conder esteve no local para avaliação de impacto da área da praça.
Um sítio arqueológico indígena foi encontrado em Barra do Mendes, no Centro Norte baiano. O local fica em uma plantação de mandioca, na zona rural do município, a 20 quilômetros do centro da cidade. Segundo o G1, a constatação foi feita pelo proprietário do terreno quando preparava o local para plantar mandioca. No momento em que arava a terra, ele percebeu pedaços de cerâmica.
O fato foi relatado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que identificou na área vestígios de cerâmica, ferramentas e adornos de pedra. O material, com peças pré-coloniais e pelas características decorativas, seria do grupo étnico Tupy. Ainda segundo informações, o sítio já foi cadastrado no Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão e está oficialmente reconhecido como “Sítio Arqueológico Tupy Spínola”.
Foto: Reprodução / Iphan
Conforme Rimara Motta, arqueóloga do Iphan que participou da ação, a descoberta possibilita novos estudos sobre os grupos indígenas que viviam na região no passado.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.