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setor produtivo
O posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a favor do fim da jornada 6×1 pode ampliar o desgaste do governo com o setor produtivo. Empresários de diferentes áreas, que já demonstram resistência ao atual governo, veem com preocupação a proposta de mudança no regime de trabalho.
Durante discurso pelo Dia do Trabalhador, Lula afirmou que o Executivo vai abrir espaço para o debate sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC), de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que sugere a redução da carga horária semanal.
“Vamos avançar na discussão sobre a jornada que hoje obriga trabalhadoras e trabalhadores a atuarem por seis dias, com apenas um de descanso. O chamado 6 por 1. É hora de o Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores, para garantir mais equilíbrio entre trabalho e qualidade de vida”, declarou o presidente.
Segundo informações do Metrópoles, embora não tenham respondido diretamente à fala de Lula, representantes da indústria e do comércio têm se posicionado contra alterações no modelo atual de jornada. A expectativa é que o tema seja debatido dentro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, que reúne empresários, sindicalistas, acadêmicos, artistas e outros membros da sociedade civil.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Ricardo Alban, avaliou positivamente a eleição dos novos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, destacando a perspectiva de avanços na agenda legislativa da indústria.
Durante evento realizado neste sábado (01), Alban ressaltou a boa relação já existente com o senador Davi Alcolumbre e o deputado Hugo Motta, que devem liderar as duas casas legislativas. Segundo ele, a indústria busca construir pontes e estabelecer um diálogo produtivo com o novo comando do Congresso.
"Nós já tínhamos uma relação muito boa e uma muito boa convergência dentro das duas casas. Com o senador Davi Alcolumbre, o entendimento também é excelente. Ele tem todo o interesse em buscar consensos e construir pontes, que é o que nós mais gostamos", afirmou em entrevista.
O presidente da FIEB também mencionou a sintonia com Hugo Motta, que deve assumir a presidência da Câmara. "E ainda agora conversando com o nosso deputado Hugo Motta, e o projeto segue na mesma direção. Como um bom nordestino paraibano, assim como Arthur Lira, ele entende a necessidade de construção de pontes e entrega de resultados concretos", destacou.
Para Alban, o foco da nova gestão no Congresso deve ser a efetividade das ações e a geração de impacto real na economia e na sociedade. "O que a indústria precisa, o que a população precisa, o que a economia precisa são entregas. E essas entregas valem mais do que qualquer proposição", concluiu.
O setor produtivo nacional criticou a posiição do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic (juros básicos da economia) em 1 ponto percentual e de indicar mais duas altas da mesma proporção. Entidades do comércio, da indústria e centrais sindicais, além de políticos, consideram que os juros altos prejudicarão o emprego e a recuperação da economia.
Em nota, a Confederação Nacional de Indústria (CNI) classificou a decisão do Banco Central (BC) de “incompreensível” e “injustificada”. Para a entidade, a elevação não tem sentido após a queda da inflação em novembro e o anúncio do pacote para corte de gastos obrigatórios.
“Manter o ciclo de alta da Selic iniciado em setembro já configuraria um erro do Banco Central. Intensificar esse ritmo, como a autoridade monetária escolheu, portanto, não faz sentido no atual contexto econômico, marcado pela desaceleração da inflação em novembro e pelo pacote efetivo de corte de gastos apresentado pelo governo federal”, destacou a entidade.
Para a Associação Paulista de Supermercados (Apas), a elevação da Selic era esperada e ajudará a conter a inflação, que superou o teto da meta. A medida, no entanto, prejudica a produção e o consumo, na avaliação da Apas. “No cenário atual, aumentar os juros, desestimula o investimento e impede a expansão da capacidade produtiva, assim como afeta diretamente o consumo e a demanda agregada, perpetuando os entraves estruturais ao desenvolvimento do país”, destacou o economista-chefe da entidade, Felipe Queiroz.
Embora a alta dos juros encareça o crédito e restrinja o consumo, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) não criticou a decisão. Para a entidade, a medida veio em linha com o esperado pelo mercado financeiro e é justificada perante as incertezas econômicas e a desancoragem das expectativas de inflação.
“A aceleração da inflação, que se mantém acima da meta anual, num contexto de nível de atividade e mercado de trabalho ainda aquecidos e expectativas inflacionárias totalmente desancoradas, além do aumento da incerteza no campo fiscal e no setor externo, são fatores que contribuem para manter o câmbio elevado e justificam uma política monetária mais contracionista”, ponderou a ACSP em nota.
O Fundo de Financiamento do Nordeste (FNE) estima um investimento de R$ 10 bilhões para a cadeia produtiva do estado em 2025. A projeção foi estabelecida em encontro realizado pelo Comitê Técnico do Conselho Deliberativo (Condel) da Sudene, na última terça-feira (26), e focou na alocação de recursos voltados ao desenvolvimento da região Nordeste.
O valor recebido pelo estado baiano corresponde a 21% do total destinado para a região Nordeste, que irá contar com aportes no montante de R$ 47 bilhões para o próximo ano.
A reunião contou com a participação do secretário estadual do Planejamento da Bahia, Cláudio Peixoto, que ressaltou a importância desses recursos para o desenvolvimento econômico do estado. "A Bahia lidera a captação de recursos do FNE, que é um dos pilares do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste. A prioridade aos micro e pequenos empreendedores é fundamental para reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover a inclusão socioprodutiva."
O gestor ainda mencionou o programa Crediamigo e a relevância do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) no apoio à agricultura familiar no semiárido baiano.
De acordo com o Banco do Nordeste (BNB), responsável pela gestão do FNE, os setores da Pecuária (R$ 11,5 bilhões), Comércio e Serviços (R$ 9,9 bilhões), Infraestrutura (R$ 9,5 bilhões) e Agricultura (R$ 9 bilhões) devem concentrar a maior parte dos recursos. Aproximadamente R$ 29 bilhões serão direcionados para projetos prioritários voltados a micro, pequenas e pequenos-médios empreendedores.
Em meio aos conflitos sobre o destino da Ancine (clique aqui), inclusive com a ameaça de extinção pelo presidente Jair Bolsonaro (clique aqui e saiba mais), o secretário de Comunicação do governo, Fabio Wajngarten se reuniu com alguns dos maiores produtores de cinema e séries do Brasil, na última quinta-feira (25), em São Paulo.
De acordo com informações da coluna de Mônica Begamo, na Folha de S. Paulo, participaram do encontro Pedro Buarque, da Conspiração; Beto Gaus, da Pródigo; Fabiano Gullane, da Gullane Entretenimento; e Rodrigo Teixeira, da RT Features, que mantém um empreendimento com o diretor americano Martin Scorsese.
“Queremos mostrar ao presidente Jair Bolsonaro como o setor funciona, em especial do ponto de vista econômico. É uma indústria que gera 340 mil empregos, paga impostos, faz filmes dos mais variados gêneros”, argumentou Rodrigo Teixeira.
Segundo a publicação, um dos temas tratados na reunião foi a gestão transparente e cuidadosa dos recursos públicos. “Há um zelo grande pelo dinheiro público”, disse Teixeira, afirmando que é possível discutir melhorias neste sentido através do “diálogo produtivo”.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.