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serra do curral
O empresário Lucas Prado Kallas, que atua na exploração de minério de ferro na Serra do Curral em Minas Gerais, foi denunciado pela Polícia Federal (PF) como pivô de um esquema de corrupção de agentes públicos e propina entre agentes públicos federais.
A operação Parcours, que iniciou em março deste ano, investiga a formação de um esquema no plano de recuperação ambiental da Serra do Curral, localizada ao sul de Belo Horizonte. O projeto, promovido por Kallas e seus sócios, teriam dado à ANM (Agência Nacional de Mineração) um rombo de R$ 832 milhões, valor apreendido pela PF.
A ANM é uma autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energia, comandado desde janeiro de 2023 por Alexandre Silveira, que tem proximidade com Kallas. Informações da BP Money, parceira do Bahia Notícias, agentes relatam que a empreiteira do empresário retirou minério da área, causando prejuízos irreversíveis ao meio ambiente.
O esquema teria começado após a entrada de Kallas e dois sócios na Empabra, responsável pela exploração da região desde 1985. Um dos antigos sócios revelou desavenças quando o empresário apressou a retirada de minérios finos, em desacordo com a PRAD ( Plano de recuperação da área degradada).
A PF confirmou que, a partir de 2014, “análises periciais e de auditoria confirmaram integralmente os fatos narrados”. A perícia confirma que as irregularidades coincidem com o período de liderança de Lucas Kallas, Bruno Luciano e Luis Fernando Franceschini assumem a Mina Corumi. (Após a publicação da reportagem, foram adicionadas novas informações sobre o posicionamento de Lucas Kallas. Esta matéria foi atualizada às 19h25)
Confira a nota de posicionamento de Lucas Kallas:
"Sobre a Operação Parcours, Lucas Kallas esclarece que não é “sócio proprietário” da mineradora EMPABRA.
Apenas foi sócio investidor em uma empresa que celebrou com a EMPABRA contratos de compra e venda de finos de minério. Lucas se desligou desse negócio formalmente em maio de 2018.
Em todo o tempo que figurou como investidor, as atividades se mostraram regulares em seus aspectos minerários e ambientais, com diversos relatórios de fiscalização de órgãos federais, estaduais e municipais. Lucas nunca ocupou cargos de diretoria da Empabra ou atuou como responsável técnico nos documentos apresentados.
Todos os fatos anteriores a 2021 já foram objeto de outra investigação da Polícia Federal (nº judicial 1010003-43.2021.4.01.3800), que se encontra arquivada e baixada, com a concordância do Ministério Público Federal, que não vislumbrou nem sequer indícios de irregularidades para o oferecimento de uma denúncia. Lucas Kallas nunca teve qualquer relação com os servidores da ANM citados.
Lucas foi indevidamente incluído nessa nova investigação relacionada a fatos ocorridos principalmente nos anos de 2023 a 2025, quando já estava afastado há 8 anos do quadro de investidores, mas confia que tudo será oportunamente esclarecido nas vias adequadas.
Sobre a operação João de Barros, de 2008, os fatos já foram devidamente esclarecidos nas vias judiciais. As ações criminais foram encerradas, com total reconhecimento de inocência.
Lucas Kallas é um empresário brasileiro e, como qualquer grande empreendedor, possui relações de caráter estritamente profissional com personalidades públicas, de todos os espectros ideológicos. O interesse de Lucas sempre será o desenvolvimento do país e, para isso, ele tem feito investimentos importantes para o Brasil."
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Flávio Bolsonaro
"Uma parte da imprensa, que já tem má vontade com a gente e adora defender traficante de drogas, inventa que eu estou defendendo que se taque bombas na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Eu fico revoltado com essa defesa de traficantes, porque eu sei que é o dinheiro desses caras que é usado para comprar a pistola que vão apontar para a nossa cabeça no sinal de trânsito para ser assaltado no Rio de Janeiro".
Disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao reagir às críticas recebidas após publicar, na véspera, uma mensagem no X (antigo Twitter) sugerindo que os Estados Unidos realizassem ataques a barcos de traficantes no Rio de Janeiro.