Artigos
Por que apenas 30% das empresas familiares chegam à segunda geração - e por que isso tem mais a ver com emoções do que com finanças
Multimídia
Entre convite do PT a Bellintani e articulação de Bruno Reis, Mário Kertesz expõe bastidores das eleições municipais de Salvador
Entrevistas
Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
satiro cerqueira junior
A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap) tornou sem efeito, nesta quinta-feira (5), a nomeação de Sátiro Cerqueira Júnior para o cargo de diretor-adjunto do Conjunto Penal de Salvador. A decisão foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado (DOE), menos de uma semana após a oficialização do ato, que ocorreu em 28 de maio.
Sátiro é servidor da Seap desde 2015, mas sua nomeação causou forte repercussão após vir a público que ele responde a uma denúncia formal por tentativa de homicídio, por motivo fútil. Os crimes são relativos a um episódio ocorrido em agosto de 2019, quando Sátiro foi preso em flagrante, acusado de atirar contra um vizinho após uma discussão por causa do volume do som durante a madrugada, no bairro de Fazenda Grande do Retiro, em Salvador.
LEIA TAMBÉM:
De acordo com a ata da audiência de custódia, obtida pelo Bahia Notícias, a vítima sobreviveu aos disparos, mas Sátiro continua respondendo pelos crimes de tentativa de homicídio e homicídio qualificado. Segundo o Código Penal, mesmo que a execução do crime não se consume, o réu pode ser responsabilizado quando a tentativa é interrompida por causas alheias à sua vontade. O agravante de "traição" se aplica quando o autor utiliza meios que dificultam ou impedem a defesa da vítima, neste caso, uma arma de fogo.
Após a prisão preventiva, Sátiro ficou detido por cerca de 20 dias, sendo liberado no dia 2 de setembro de 2019 mediante alvará de soltura. O processo seguiu em trâmite no Ministério Público da Bahia (MP-BA) até o último dia 14 de maio, quando o órgão ofereceu denúncia formal contra o acusado.
A nomeação gerou críticas, especialmente da oposição. O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) chegou a protocolar uma ação popular para barrar a indicação, alegando que o cargo exige "idoneidade moral", conforme determina a Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984), requisito que, segundo ele, não seria compatível com o histórico de Sátiro.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"Grave erro histórico".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao criticar o mecanismo das emendas impositivas, um dos tipos de transferências de verbas federais feitas por parlamentares aos estados e municípios. Em declaração dada nesta quinta-feira (4), o petista definiu o modelo como uma "grave erro histórico", mas negou que o governo tenha um "problema" com o Congresso Nacional".