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saf do cruzeiro
O proprietário da SAF do Cruzeiro, Pedro Lourenço, reconheceu publicamente, na última segunda-feira (7), que a gestão de contratações do clube tem acumulado falhas desde a chegada de Alexandre Mattos ao comando do futebol, em abril de 2024. Em entrevista ao O Tempo Sports, o empresário admitiu os equívocos cometidos ao lado do CEO e prometeu mais rigor nas próximas decisões. Veja abaixo:
COBRANÇAS- Não é apenas a torcida do Cruzeiro que cobra resultados de Alexandre Mattos, CEO — o dono também. Em entrevista exclusiva ao O TEMPO Sports nesta segunda-feira (7), Pedro Lourenço afirmou que cobra o trabalho do dirigente, primeiro convidado a trabalhar em sua SAF, em… pic.twitter.com/V9RVJ9Y5EA
— O Tempo (@otempo) April 7, 2025
"A realidade mostra para todo mundo: erramos muito nas contratações. Não vou citar nomes porque é deselegante. Tive uma conversa com ele porque precisamos errar menos e, de preferência, não errar. Trouxemos jogadores que não deveriam ter sido contratados", disse Pedrinho.
Apesar das críticas, o dirigente garantiu manter a confiança no trabalho de Mattos, embora tenha reforçado que haverá um controle mais rígido nas próximas movimentações do mercado.
"Às vezes temos muitos jogadores para uma posição, mas falta onde o treinador precisa. Ele sabe disso, pois conversei com ele", completou.
Fazendo uma analogia com sua experiência no varejo, o dono da rede Supermercados BH destacou a complexidade do futebol em comparação com o comércio,.
“No supermercado, você compra um produto errado, vende barato e vai embora. O jogador não é assim. Tem contrato, se mandar embora tem que pagar. Esse é um problema, você tem que pensar muito antes de fazer.”
Apesar de não citar nomes entre os jogadores, o ex-técnico Fernando Diniz foi o único citado entre os erros admitidos. Na avaliação de Pedrinho, Diniz não seria contratado novamente.
“Eu falei que não faria. Ele é um cara trabalhador, como pessoa, maravilhoso. O trabalho dele no Cruzeiro, não. Não contrataria novamente.”
Desde que assumiu a SAF, Pedro Lourenço autorizou 19 contratações, muitas delas com alto impacto financeiro, como Kaio Jorge (R$ 41,5 milhões), Fabrício Bruno (R$ 45 milhões) e Walace (R$ 37 milhões). Parte dos atletas já estavam no elenco, contratados na gestão Ronaldo (Matheus Pereira, João Marcelo e Villaba), mas foram adquiridos em definitivo na nova administração. Diante da pressão da torcida, o dirigente reconheceu a insatisfação.
“A torcida tem um pouco de razão, mas eu tenho cobrado dele. Temos que melhorar. Esse ano vamos ter que fazer muito aporte no clube, e isso é reflexo de maus negócios que foram feitos."
Confira algumas todas as 19 contratações feitas na era Pedro Lourenço:
Cássio - Sem custos
Jonathan Jesus - R$ 8,25 milhões por 80% dos direitos econômicos
João Marcelo - R$ 8 milhões
Lucas Villalba - R$ 5 milhões
Fabrício Bruno - R$ 45 milhões
Mateo Gamarra - Empréstimo com opção de compra
Fagner - Sem custos
Walace - R$ 37 milhões
Fabrizio Peralta - R$ 16 milhões por 60% dos direitos econômicos
Matheus Henrique - R$ 36 milhões
Christian - R$ 17,5 milhões
Rodriguinho - Sem custos
Eduardo - Sem custos
Matheus Pereira - R$ 30 milhões por 50% dos direitos econômicos
Lautaro Díaz - R$ 16 milhões
Kaio Jorge - R$ 41,5 milhões
Dudu - sem custos
Gabigol - sem custos
Bolasie - sem custos
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Eu não vou fazer pré-julgamento. Não sei ainda a motivação nem qual foi a busca. Apenas recebi a ligação do diretor-geral da Polícia Federal. Pelo que me foi dito, parece ser uma investigação sobre questão de gabinete, mas não sei a fundo e, por isso, não quero fazer pré-julgamento".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) ao afirmar que o Judiciário “está cumprindo o seu papel” ao autorizar operações contra parlamentares. A declaração foi feita após a deflagração de uma ação da Polícia Federal que teve como alvos o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).