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ruth de souza
O ator, diretor e escritor Lázaro Ramos, lançou na última quinta-feira (4), a biografia da atriz Ruth de Souza, em um evento realizado na Academia Brasileira de Letras, no Centro do Rio de Janeiro.
A obra 'A Rainha da Rua Paissandu' chegou às livrarias nesta semana, e o baiano assina a produção como ghostwirter da atriz, isto é, quando o livro é escrito por um profissional, no entanto, a autoria é atribuído a outra pessoa.
Em entrevista à Quem, Lázaro falou sobre a importância da obra que conta a história de uma das maiores atrizes do Brasil.
"Ela abriu caminhos que eu não tinha referência. Aos 96 anos, numa época em que não havia outras atrizes negras trabalhando com constância, Ruth nos mostrou a importância de ocupar espaços, usar nosso corpo e nossa voz para levar mensagens. E é isso que tento transmitir com este livro", disse.
O ator chegou a pensar em desistir do livro após a morte de Ruth, em 2019, mas decidiu seguir com a produção em um novo formato, misturando as ideias com as da atriz.
"Quando ela faleceu, eu desisti do livro. E a editora Intrínseca, durante os últimos três anos, ficava pedindo que eu retomasse o livro. Eu falei: 'Tenho uma história muito próxima, eu não consigo ser isento para contar essa história. A minha relação com Dona Ruth é afetiva. E eu não consigo fazer um livro do jeito que vocês querem' [...] Não me sinto autor, mas me sinto filho de Ruth, e isso já me basta e me alegra muito."
O ator, diretor e escritor Lázaro Ramos irá lançar, no dia 2 de setembro, seu mais novo livro “A Rainha da Rua Paissandu”, obra que homenageia a atriz Ruth de Souza. A publicação apresenta relatos sobre a trajetória da primeira atriz negra a se apresentar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e primeira brasileira indicada a um prêmio internacional de cinema. O título já está disponível em pré-venda pelo site oficial da Intrínseca pelo valor de R$69,90.
Nascida no subúrbio carioca, Ruth passou parte da infância em Minas Gerais, mas retornou à capital após a morte do pai. Ainda jovem, iniciou sua carreira nos palcos e, aos 20 anos, integrou o Teatro Experimental do Negro, grupo dedicado à valorização de artistas negros no Brasil.
As histórias contadas no livro foram relatadas pela própria atriz a Lázaro Ramos antes de sua morte, em julho de 2019, aos 98 anos. O autor organizou o material em formato de peça, combinando memórias e reflexões sobre a trajetória de Ruth e a construção de identidade por meio da arte.
A obra também reúne depoimentos de atrizes que foram influenciadas por Ruth de Souza, como Dani Ornellas, Taís Araújo e Tatiana Tibúrcio. Segundo Lázaro Ramos, “No seu tempo e espaço e na cadência do seu ser”, Dona Ruth relatou momentos decisivos de sua vida e carreira.
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Nesta quarta-feira (12), o Doodle do Google lembra o centésimo aniversário da atriz Ruth de Souza. Uma das primeiras negras do teatro, cinema e TV no Brasil, a artista nasceu no dia 12 de maio de 1921, no Rio de Janeiro, e morreu aos 98 anos, em 28 de julho, na cidade natal.
Doodle em homenagem à atriz brasileira
O interesse pelas artes cênicas iniciou cedo e, em 1945, ela ingressou no Teatro Experimental do Negro, grupo liderado por Abdias do Nascimento. Abrindo caminho para outros artistas no país, ela esteve presente quando a primeira companhia de teatro negro ocupou o palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a peça “O Imperador Jones”.
Após conquistar uma bolsa de estudos da Fundação Rockefeller, em 1948 Ruth de Souza passa um ano nos Estados Unidos, estudando na Universidade Harvard, em Washington, e na Academia Nacional do Teatro Americano, em Nova York.
Naquele mesmo ano, indicada por Jorge Amado, ela estreia no cinema no filme “Terra Violenta”, baseado no romance do escritor baiano. A partir dali, a atriz participou de diversas produções, a exemplo de “Alguém no Manicômio” (1948), “Também Somos Irmãos” (1949), “ ngela” (1951) e “Terra É Sempre Terra” (1952). O reconhecimento nacional veio em 1953, pela atuação em “Sinhá Moça”.
Nos anos 1950 ela começa a participar de radionovelas e atuar nos teleteatros da TV Tupi, tendo recebido vários prêmios em 1959, pela peça "Oração para uma Negra", de William Faulkner. Já na década de 1960, ela fez sucesso na novela “A Deusa Vencida”, de Ivani Ribeiro, na TV Excelsior. Em 1968 foi para a TV Globo, onde protagonizou o folhetim “A Cabana do Pai Tomás”, em 1969.
Seus últimos trabalhos na TV e no cinema foram em 2018, na minissérie "Se Eu Fechar os Olhos Agora", dirigida por Carlos Manga Jr.; e no filme “Primavera”, de Carlos Porto de Andrade Jr.
A atriz Ruth de Souza, 98 anos, está internada há três dias na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Copa D'or, no Rio de Janeiro.
De acordo com informações do site Extra, a atriz foi diagnosticada com pneumonia e segue sem previsão de alta médica. Segundo relatos de amigos ao site, a atriz tem reagido bem ao tratamento. A assessoria de imprensa do centro médico informou que ainda não tem autorização para emitir boletim médico.
Ruth de Souza foi a primeira atriz brasileira indicada a um prêmio internacional de cinema, o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1954. A atriz também ganhou reconhecimento por ser a primeira atriz negra a construir uma carreira no teatro, no cinema e na televisão.
Na TV Globo, o último trabalho de Ruth foi a minissérie "Se eu fechar os olhos agora", no início deste ano. Ela também já atuou em diversas novelas, entre elas: O Rebu (1974), Sinha Moça (1986), Mandala (1987) e Senhora do Destino (2004).
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Tiago Correia
"Na verdade o medo deles é que Neto seja o candidato. Ele é o mais competitivo e que lidera as pesquisas. Na eleição passada eles fizeram o mesmo".
Disse o deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Tiago Correia (PSDB) ao comentar os rumores de que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), poderia desistir de disputar o governo da Bahia em 2026.