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Artigos

Robson Wagner
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Foto: Divulgação

A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade

Em busca de alguma explicação para o cenário político atual no Brasil, fui encontrar ecos não nos palanques, mas nas Escrituras.

Multimídia

Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador

Marcelle Moraes defende a criação de uma casa para protetores de animais como prioridade para Salvador
A vereadora Marcelle Moraes (União Brasil) afirmou que considera prioridade para Salvador a criação de uma casa de acolhimento voltada para protetores de animais. Segundo ela, em entrevista ao Projeto Prisma, Podcast do Bahia Notícias, o equipamento é necessário para garantir o suporte a quem cuida dos bichos e enfrenta dificuldades por conta da atividade.

Entrevistas

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026

Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
O parlamentar afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias, que “as condições atuais são melhores do que há quatro anos”, quando o grupo foi derrotado pela chapa do Partido dos Trabalhadores, em 2022. 

russia

Trump ordena envio de submarinos nucleares à Rússia em meio a embates com ex-presidente russo
Foto: Shealah Craighead / Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou o envio de dois submarinos nucleares em regiões próximas à Rússia nesta sexta-feira (1º). A movimentação ocorre em resposta às ameaças do ex-presidente russo Dmitry Medvedev, que afirmou que o país ainda possui um sistema soviético de retaliação nuclear.

 

“Com base nas declarações altamente provocativas do ex-presidente russo, Dmitry Medvedev, agora vice-presidente do Conselho de Segurança da Federação Russa, ordenei o posicionamento de dois submarinos nucleares nas regiões apropriadas, para o caso de essas declarações tolas e inflamatórias serem mais do que apenas isso. Palavras são muito importantes e muitas vezes podem levar a consequências indesejadas. Espero que este não seja um desses casos”, disse Trump nas redes sociais.

 

Na quinta-feira (31), Medvedev respondeu a uma ameaça feita por Trump e disse que o americano deveria lembrar que Moscou ainda possui o sistema soviético de retaliação nuclear, conhecido como "Mão Morta", com alto poder de destruição. Vale lembrar que Medvedev atualmente é vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia.

 

“Trump está jogando o jogo do ultimato com a Rússia: 50 dias ou 10… Ele deveria se lembrar de duas coisas: 1. A Rússia não é Israel nem mesmo o Irã; 2. Cada novo ultimato é uma ameaça e um passo em direção à guerra. Não entre a Rússia e a Ucrânia, mas com o próprio país. Não siga o caminho do ‘Sleepy Joe’!”, escreveu Medvedev.

 

A declaração do ex-presidente russo foi uma reação a uma publicação anterior de Trump criticando Medvedev por ter dito que a proposta de tarifas contra compradores de petróleo russo era "um jogo de ultimatos" que aproximava os dois países de uma guerra.

Após ser atingido por tsunami, distrito russo declara estado de emergência
Foto: Reprodução / CNN Newsource

O distrito de Severo-Kurilsk, localizado no extremo sul da Península de Kamchatka, no leste da Rússia, decretou estado de emergência após ser atingido por ondas provocadas por um tsunami. A informação foi divulgada pela agência estatal russa TASS.

 

O tsunami ocorreu após um terremoto de magnitude 8,8 atingir a costa da península. De acordo com relatos da agência e imagens divulgadas nas redes sociais, as ondas arrastaram contêineres e deslocaram embarcações que estavam atracadas no porto local.

 

Segundo os serviços regionais de emergência, quase 300 pessoas foram retiradas da área portuária de forma preventiva. As informações foram repassadas à agência estatal RIA News.

VÍDEO: Tsunami atinge Japão e Rússia após terremoto de magnitude 8,8
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Um terremoto de magnitude 8,8 atingiu a península de Kamchatka, na Rússia, na noite desta terça-feira (29), pelo horário de Brasília. O fenômeno é o mais intenso registrado no mundo desde 2011, ano do desastre nuclear de Fukushima, no Japão. O tremor provocou um tsunami que gerou ondas entre 3 e 4 metros de altura em regiões do litoral russo e japonês.

 

 

 

A informação foi confirmada pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que inicialmente registrou magnitude 8,0, revisada posteriormente para 8,7 e, por fim, para 8,8. O epicentro foi localizado a aproximadamente 125 km a leste da cidade de Petropávlovsk-Kamtchatski, com profundidade de 19,3 km.

 

Pouco mais de 30 minutos após o abalo principal, outro terremoto, de magnitude 6,9, foi registrado a cerca de 48 km de distância e a 10 km de profundidade.

 

O governo russo informou que moradores da região de Sakhalin estão sendo evacuados. O governador de Kamchatka, Vladimir Solodov, afirmou: “O terremoto de hoje foi grave e o mais forte em décadas de tremores”. Ele acrescentou que, segundo informações preliminares, não houve feridos, embora um jardim de infância tenha sido danificado.

 

A cidade de Severo-Kurilsk, que abriga cerca de 2 mil habitantes, também foi atingida. O governador de Sakhalin, Valery Limarenko, declarou que “uma ordem para retirada de pessoas foi declarada” após a ocorrência de inundações. Imagens publicadas nas redes sociais mostram danos no porto da cidade.

 

No Japão, sirenes foram acionadas em diversas cidades costeiras, e serviços de trem foram suspensos. Às 23h (horário de Brasília), autoridades japonesas informaram que não havia feridos no país e que nenhuma usina nuclear havia registrado irregularidades. Ainda assim, trabalhadores envolvidos na remoção de resíduos radioativos na antiga usina de Fukushima foram retirados da área como medida preventiva.

 

O governo do Japão e o estado americano do Havaí emitiram ordens de retirada de moradores em áreas costeiras. O Sistema de Alerta de Tsunami dos EUA emitiu alertas para “ondas perigosas de tsunami” ao longo da costa oeste dos Estados Unidos, Japão, Rússia, Alasca, Canadá, Havaí e Equador. Outros países e territórios também estão sob alerta, incluindo Indonésia, Filipinas, México, Guam e ilhas da Micronésia.

 

Em publicação na Truth Social, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou: “Devido a um enorme terremoto no Oceano Pacífico, um alerta de tsunami está valendo para todos os habitantes do Havaí. FORÇA, E FIQUEM SEGUROS!”.

 

A península de Kamchatka, assim como o extremo oriente da Rússia, está localizada no chamado Círculo de Fogo do Pacífico, zona de intensa atividade sísmica e vulcânica.

VÍDEO: Avião com 49 passageiros cai na Rússia e não deixa sobreviventes
Foto: Reprodução / X

Um avião com 49 pessoas a borde cai na região de Amur, na Rússia, caiu pegou fogo durante a madrugada desta quinta-feira (24). De acordo com autoridades locais, o acidente não deixou sobre viventes. Entre os passageiros, haviam duas crianças a bordo.

 

Segundo o portal russo Tass, a aeronave tinha como destino a cidade de Tinda, partindo de Blagoveshchensk. O avião desapareceu dos radares perto do final do trajeto e, conforme o governador de Amur, Vassily Orlov, um helicóptero nas redondezas chegou a avistar o veículo aéreo, alertou que não havia sobreviventes.

 

"De acordo com o diretor do aeroporto de Tynda, o avião pegou fogo com o impacto e a tripulação de um helicóptero Mi-8, que sobrevoava a área, não relatou sinais de sobreviventes", diz comunicado da defesa civil de Amur à Tass.

 

 

O helicóptero operado pela Rosaviatsia "detectou a fuselagem em chamas da aeronave", informou o ministério de situações de emergência no Telegram. Um das fuselagens da aeronave foi localizada a 16 quilômetros de Tinda.

 

Equipes de resgate atuam no local do acidente. Segundo a Tass, o avião não emitiu nenhum sinal de alerta aos serviços de emergência antes de desaparecer dos radares. 

Diante das ameaças de Trump, Senado discute criação de GPS brasileiro; governo também estuda viabilidade de sistema
Foto: Reprodução Redes Sociais

As ameaças de novas sanções do governo dos Estados Unidos ao Brasil nos próximos dias fizeram crescer nas redes sociais o debate a respeito da criação de um Sistema de Posicionamento Global brasileiro. Diante do risco de ser estabelecido algum tipo de interferência no uso do sistema GPS no país por decisão retaliatória de Donald Trump, governo federal e Congresso já se mobilizam em prol da criação de um sistema nacional nos próximos anos.

 

Segundo reportagem do site BP Money, tramita desde 2023 no Senado um projeto para estabelecer o desenvolvimento de um sistema nacional com tecnologia de geolocalização por meio de satélites. Trata-se do PL 4569/2023, de autoria do senador Styvenson Valentim (PSDB-RN), e que vem sendo discutido na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. 

 

O projeto é relatado na Comissão pelo senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), e chegou a ser colocado em pauta no mês de maio, mas acabou não sendo votado. O projeto cria o Programa de Desenvolvimento do Sistema Brasileiro de Posicionamento Global, que visa à promoção de pesquisas, inovação, regulamentação técnica e parcerias entre instituições. 

 

De acordo com o BP Money, o objetivo da proposta é a busca por autonomia e segurança no uso da tecnologia no Brasil, que atualmente depende dos serviços de outros países. De acordo com o texto, a execução do programa envolverá articulação nas esferas federativa e público-privada. 

 

Atualmente, existem apenas quatro sistemas desse tipo com alcance mundial, operados pelos Estados Unidos (o GPS), Rússia (o GLONASS), China (sistema BeiDou) e o Galileo, da União Europeia. Para o senador Marcos Pontes, o Brasil tem capacidade de desenvolver tecnologias nacionais e se proteger de espionagem estrangeira se tiver seu próprio sistema.

 

“Para além das vantagens militares e de inteligência, a existência de um sistema nacional também é útil do ponto de vista civil, permitindo aos usuários contar com recurso de geolocalização alternativo na hipótese de haver qualquer falha no funcionamento de algum dos sistemas de alcance mundial”, afirma Pontes.

 

Já o autor do projeto, senador Styvenson Valentim, afirma que é importante transformar o projeto de desenvolvimento de tecnologia de posicionamento global em uma estratégia verdadeiramente nacional. 

 

“A proposta tem como objetivo reduzir a dependência do Brasil em relação a sistemas de navegação estrangeiros. O Brasil precisa garantir a sua soberania”, diz o senador. 

 

De parte do governo federal, o assunto da criação de um sistema de posicionamento global pelo Brasil já é alvo de um grupo de trabalho criado no início deste mês de julho, por meio da Resolução nº 33, do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro.   

 

O grupo conta com a participação de diversos especialistas que vão estudar a viabilidade de o Brasil desenvolver seu próprio sistema de geolocalização por satélite, um empreendimento de altíssima complexidade e custo. Formado por representantes de ministérios, da Aeronáutica, de agências e institutos federais e da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil, o grupo técnico deve diagnosticar as eventuais consequências do país depender de sistemas de posicionamento, navegação e tempo controlados por outras nações.

 

“O grupo ainda está se organizando”, disse nesta segunda-feira (21) Rodrigo Leonardi, diretor de Gestão de Portfólio da Agência Espacial Brasileira (AEB), um dos 14 órgãos e entidades que vão compor o grupo.

 

"No Brasil, historicamente, priorizamos o debate acerca de outros aspectos espaciais, como a necessidade de termos satélites para monitoramento territorial. Agora, vamos discutir se queremos ou não ter nosso próprio sistema de navegação; o investimento necessário para fazê-lo e, se for o caso, a necessidade nacional de ter um sistema global ou um sistema regional, capaz de cobrir todo nosso território”, afirmou Leonardi. 

 

“Qualquer que seja o caso, se o país concluir que deve fazer isso, o patamar de investimentos terá que ser muitas vezes maior que o atualmente investido no programa espacial brasileiro”, concluiu o diretor da AEB, admitindo a complexidade da empreitada, que exige capacidade tecnológica para projetar, fabricar e lançar satélites capazes de transmitir, do espaço para a terra, sinais precisos.
 

“A gente chega respirando a morte”, diz baiano que deixou Salvador para lutar na guerra da Ucrânia
Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal

A decisão de abandonar o Brasil para enfrentar o front de uma guerra nunca é simples. Aos 31 anos, o baiano conhecido como Big Jhon, ex-radialista e morador do bairro de Cajazeiras, em Salvador, escolheu a Ucrânia como destino e o combate como missão. Hoje, longe da rotina da capital baiana, ele atende apenas por Arcanjo, codinome que passou a usar por questões de segurança e que o acompanha na linha de frente da defesa territorial contra a invasão russa.

 

A chegada ao país do leste europeu foi marcada por exaustão física e choque psicológico. Foram mais de 18 horas de viagem até o primeiro contato com o cenário de guerra. "A gente chega respirando a morte. Cemitérios, fábricas de lápide, o semblante pesado das pessoas. Apesar de tentarem viver normalmente, o clima é outro", relata Arcanjo, que ainda aguarda o primeiro contato direto com o campo de batalha, previsto para ocorrer nas próximas semanas.

 

 

Segundo ele, a decisão de se alistar foi motivada por três razões: justiça, vocação e condições financeiras. “O que a Rússia faz com o povo da Ucrânia é inadmissível, é como o que Israel fez com Gaza. Eu também já fui militar, entre 2012 e 2013, no Exército em Salvador. E o salário aqui também é atrativo. Juntei os três motivos e vim”, explica.

 

Arcanjo conta que a despedida da Bahia não foi fácil, especialmente por se tratar de um retorno às suas raízes. “Me despedir foi duro. A Bahia é minha raiz, tem histórias maravilhosas, mas eu precisava buscar algo novo para melhorar a vida da minha família”, diz.

 

Enquanto aguarda o enfrentamento direto, ele passa por treinamentos militares intensos e já vivenciou momentos de tensão com alertas de bombardeio. “A gente precisou correr para abrigos subterrâneos. Ouvir o drone passando por cima da nossa cabeça é aterrorizante”, relata.

 

Apesar do medo, que admite sentir, ele afirma não conhecer a covardia. “Eu tenho medo de tudo, até de sapo. Mas covardia eu não tenho. Jesus teve medo, e quem sou eu para não ter? Só que sigo lutando com os irmãos”, afirma.

 

O baiano também destaca a valorização que os soldados recebem no país europeu. “Aqui somos tratados como heróis. No metrô, nas ruas, nos carros. As pessoas nos agradecem, tiram fotos. É diferente do Brasil, onde soldado é visto como pintor de meio-fio ou faxineiro. Isso nos motiva a continuar”, diz.

Governo Lula condena ataque de Israel ao Irã; Conselho de Segurança da ONU vai realizar reunião de emergência
Foto: Reprodução Redes Sociais

Em comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores nesta sexta-feira (13), o governo Lula condenou os ataques aéreos realizados pelas forças militares de Israel contra alvos no Irã. Logo no começo do dia, Israel utilizou 200 caças em seu ataque, lançando mais de 330 “munições diversas” e atingindo mais de 100 alvos em todo o Irã.

 

Na nota à imprensa, o Itamaraty afirma que o ataque realizado por Israel viola a soberania iraniana e o direito internacional. 

 

“O governo brasileiro expressa firme condenação e acompanha com forte preocupação a ofensiva aérea israelense lançada na última madrugada contra o Irã, em clara violação à soberania desse país e ao direito internacional. Os ataques ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial”, afirma o Itamaraty.

 

No final do seu comunicado, o Ministério das Relações Exteriores fez um apelo para que “todas as partes envolvidas” adotem postura de “máxima contenção”, além de pedir o “fim imediato das hostilidades”.

 

Diversos militares iranianos de alto escalão foram mortos nos ataques. Entre eles, está o General Hossein Salami, o poderoso comandante-chefe da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã; o Major-General Mohammad Bagheri, o oficial militar de mais alta patente do Irã; e o ex-chefe de segurança nacional do Irã, Ali Shamkhani.

 

Em resposta aos ataques, o governo do Irã disparou mais de 100 drones em direção ao território israelense. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que atuaram para interceptar os drones.

 

Logo após os ataques, a missão permanente do Irã junto às Nações Unidas solicitou uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU para discutir a ofensiva israelense.  Após a solicitação do Irã receber apoio de China e Rússia, o Conselho de Segurança decidiu se reunir em caráter de urgência na tarde desta sexta.
 

Na Rússia, onde jantou com Putin, Lula saúda novo papa Leão XIV e celebra continuidade do legado de Francisco
Foto: Ricardo Stuckert / PR

Na Rússia, onde se encontra nesta quinta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou mensagem cumprimentando o novo papa, Robert Prevost, escolhido no conclave do Vaticano para suceder o Papa Francisco. Na mensagem, postada em suas redes sociais, Lula diz desejar que o Papa Leão XIV dê continuidade ao caminho trilhado por Francisco.

 

“Desejo que ele dê continuidade ao legado do Papa Francisco, que teve como principais virtudes a busca incessante pela paz e pela justiça social, a defesa do meio ambiente, o diálogo com todos os povos e todas as religiões, e o respeito à diversidade dos seres humanos”, afirmou. 

 

O presidente Lula lidera comitiva na Rússia para participar das comemorações  dos 80 anos do Dia da Vitória, que marcou o fim da Segunda Guerra. Nesta quinta, Lula teve um jantar com o presidente russo, Vladimir Putin, no Palácio do Kremlin. Na chegada ao Palácio, Lula, acompanhado da primeira-dama Janja, deu um abraço caloroso em Putin. 

 

Na mensagem, postada às 16hs30 (22h30 da Rússia), destacou ainda sua esperança de que o novo papa possa inspirar o mundo a procurar a paz e a justiça social. 

 

“Não precisamos de guerras, ódio e intolerância. Precisamos de mais solidariedade e mais humanismo. Precisamos de amor ao próximo, que é a base dos ensinamentos de Cristo. Que o Papa Leão XIV nos abençoe e nos inspire na busca permanente pela construção de um mundo melhor e mais justo”, disse Lula. 
 

Oposição vai protocolar pedido de CPI Mista do INSS com apoio de quatro parlamentares baianos; saiba quem assinou
Foto: Marcello Casal Jr. (Agência Brasil)

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e a deputada Coronel Fernanda (PL-MT) pretendem protocolar nesta terça-feira (6) o requerimento para criação de uma comissão parlamentar mista de inquérito com objetivo de investigar fraudes e descontos indevidos a aposentados do INSS. As duas parlamentares conseguiram reunir o apoio de 182 deputados e 29 senadores ao pedido. 

 

Da bancada da Bahia, nenhum senador assinou o requerimento. Já entre os deputados, quatro baianos deram apoio à criação da CPMI. São eles: Adolfo Viana (PSDB), Capitão Alden (PL), José Rocha (União Brasil) e Roberta Roma (PL). 

 

Dos quatro deputados, dois deles - Capitão Alden e Roberta Roma - também haviam assinado o requerimento para a criação da chamada CPI do Roubo dos Aposentados, protocolada na Câmara. Outros dois que assinaram essa CPI - Neto Carletto (Avante) e Ricardo Maia (MDB) - não deram apoio à comissão mista. 

 

A partir do momento em que o requerimento for protocolado, é preciso que o presidente do Congresso Nacional leia o pedido em uma sessão conjunta. Até o momento dessa leitura, senadores e deputados podem retirar seu nome da lista, movimento que pode reduzir a quantidade mínima de apoios necessários, o que inviabilizaria a criação da comissão. 

 

Nesta semana dificilmente será realizada a leitura da criação dessa CPMI. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem à Rússia e à China, com embarque na noite desta terça. A comitiva só retorna ao Brasil na próxima semana. 

 

Como o requerimento precisa ser lido em uma sessão do Congresso Nacional, é necessário que o presidente Davi Alcolumbre convoque essa reunião. Até o momento, há previsão de sessão conjunta apenas para o dia 27 de maio, com pauta de deliberação de vetos presidenciais.

 

Em uma publicação na rede X, a deputada Coronel Fernanda defendeu ser inaceitável a postura dos partidos de esquerda sobre o assunto.

 

“Tentam impedir a CPMI, pedem calma para ressarcir os aposentados que foram lesados. [Têm] Calma para tudo, menos para fazer valer a verdade. Mas nós não vamos recuar”, afirmou.

 

Na mesma linha, a senadora Damares Alves afirmou que o Congresso Nacional precisa investigar a fundo o que chamou de “violência” contra os aposentados do INSS.  

 

“O Congresso não pode e não vai se omitir contra essa verdadeira violência cometida contra os aposentados. Nós vamos aqui conduzir uma ampla investigação para que todos os culpados sejam punidos e todo esse esquema que roubou de quem estava vulnerável, bilhões de reais. Para onde foi esse dinheiro? O Congresso vai dar essa resposta, isso não vai ficar impune”, disse Damares Alves.
 

Putin concorda com "cessar-fogo temporário" com Ucrânia após ligação com Trump
Foto: Reprodução/Ag?ncia Lusa

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, aceitou, nesta terça-feira (18), a proposta de cessar-fogo contra a Ucrânia durante 30 dias. O plano foi elaborado pelos Estados Unidos e a decisão do chefe russo aconteceu após uma ligação de Donald Trump que durou mais de três horas. A Ucrânia já havia aceitado o acordo. 


“Putin apoiou a ideia de Trump de uma renúncia mútua de 30 dias entre Rússia e Ucrânia aos ataques à infraestrutura energética e deu tal ordem aos militares”, declarou o Kremlin. 


O governo russo deu uma declaração sobre a iniciativa dos Estados Unidos e a aceitação de cessar-fogo, durante os 30 dias. 


“No contexto da iniciativa do Presidente dos EUA de introduzir um cessar-fogo de 30 dias, o lado russo delineou uma série de pontos significativos relativos à garantia do controle efetivo sobre um possível cessar-fogo ao longo de toda a linha de contato de combate, a necessidade de interromper a mobilização forçada na Ucrânia e o rearmamento das Forças Armadas Ucranianas”, iniciou declaração.


“Também foram observados sérios riscos associados à incapacidade de negociação do regime de Kiev, que repetidamente sabotou e violou os acordos alcançados. Chama-se a atenção para os crimes terroristas bárbaros cometidos por militantes ucranianos contra a população civil da região de Kursk”, declarou o governo russo. 


A casa branca também deu sua declaração sobre o ocorrido desta terça-feira. 


“O Presidente Trump e o Presidente Putin falaram sobre a necessidade de paz e um cessar-fogo na guerra da Ucrânia. Ambos os líderes concordaram que este conflito precisa terminar com uma paz duradoura. Eles também enfatizaram a necessidade de melhorar as relações bilaterais entre os Estados Unidos e a Rússia”, iniciou o governo americano. 


“Os líderes concordaram que o movimento rumo à paz começará com um cessar-fogo no setor de energia e infraestrutura, bem como negociações técnicas sobre a implementação de um cessar-fogo marítimo no Mar Negro, um cessar-fogo completo e uma paz permanente. Essas negociações começarão imediatamente no Oriente Médio”, indagou a Casa Branca.
 

China denuncia tarifas dos EUA e reforça laços com a Rússia
Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, fez uma coletiva, nesta sexta-feira (7), alertando que Pequim, após o aumento de tarifas em todos os produtos chineses que entram nos Estados Unidos, vai responder.  Além disso, ele também defendeu a posição do país em relação às outras questões globais. 

 

O governo americano aumentou, na última segunda-feira (3), a tarifa em 20% sobre todos os produtos chineses. Na terça-feira (4), Pequim anunciou taxas sobre produtos agrícolas americanos, que começarão a cobrar a partir da próxima segunda-feira (10).

 

Entre os produtos agrícolas estão o sorgo, soja, carne suína, bovina, frutos-do-mar, frutas, vegetais e laticínios, que estarão sujeitos a um imposto adicional de até 10%. O imposto do frango, trigo, milho e algodão pode subir até 15%.

 

“Se cada país se concentrar em suas prioridades nacionais e acreditar apenas na força e no status, o mundo retornará à idade da pedra, os países menores e mais pobres vão pagar o preço e a ordem internacional será afetada. As grandes potências devem assumir suas responsabilidades. Não devem ser motivadas pelo lucro e intimidar os fracos”, declarou o chinês.

 

O ministro também falou da importância da China na África, elogiou o Brics e afirmou o peso dos países do Sul na economia do mundo. 

Lateral convocado para Seleção Brasileira também tem convite para defender a Rússia
Foto: Reprodução / Instagram

O lateral-esquerdo do Zenit, Douglas Santos teve seu nome citado na pré-lista de convocados para a Seleção Brasileira de Dorival Júnior. Além da equipe Canarinha, a Seleção da Rússia também chamou o atleta para defender o país.

 

O jogador atua no país russo desde 2019, como principal jogador do Zenit. Até então, com a camisa do clube, o atleta conquistou 12 títulos e recebeu a cidadania do local em 2024. Com a conquista, o lateral poderá atuar na seleção do país europeu, caso deseje. 

 

Caso seja de fato convocado para vestir a camisa do Brasil, Douglas vai disputar posição com Alex Telles do Botafogo, Alex Sandro do Flamengo, Abner do Lyon e Guilherme Arana do Atlético-MG. 

 

A última vez que Douglas vestiu o Verde e Amarelo foi em 2013, quando atuava no Náutico e foi chamado para jogar contra a Bolívia, em um amistoso. 

 

Os atletas serão chamados para disputar as partidas contra a Colômbia, em Brasília, no dia 20 de março, e a Argentina, no dia 25, em Buenos Aires.

A convite de Putin, Lula deve viajar para Rússia em maio
Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve viajar para na Rússia, no próximo mês de maio, para celebração dos 80 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial, que ocorreu naquele mês em 1945. A viagem a Moscou é um convite do presidente russo, Vladimir Putin, com quem Lula conversou por telefone na manhã desta segunda-feira (27).

 

Segundo a Agência Brasil, a nota do Palácio do Planalto afirma o presidente brasileiro “indicou intenção de comparecer” a Moscou. “O presidente russo ressaltou que se encontrava hoje em São Petersburgo para a celebração dos 80 anos do fim do cerco a Leningrado. Demonstrou satisfação com perspectiva de receber o presidente brasileiro e fortalecer o relacionamento entre o Brasil e a Rússia”, diz a nota.

 

A comemoração russa, que ocorre em meio a paradas militares nas principais cidades, remonta o momento que as tropas aliadas tomaram Berlim e os representantes do regime nazistas assinaram a rendição. A ocasião marca o fim da guerra na Europa, mas o Japão, aliado da Alemanha, continuou a lutar até 2 de setembro de 1945. 

 

Na conversa de hoje, Lula e Putin trataram sobre outros temas da agenda global e bilateral, entre elas a guerra da Rússia na Ucrânia. O presidente brasileiro expressou sua preocupação com o cenário internacional e reafirmou o “compromisso do Brasil com a promoção da paz”.

 

Putin também cumprimentou o Brasil pelo lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza durante a presidência brasileira do G20, em 2024, e recordou que a Rússia foi um dos primeiros países a aderir à iniciativa. Atualmente, o Brasil está na presidência do Brics, bloco de países emergentes do qual Brasil e Rússia fazem parte. As informações são da Agência Brasil.

Segurança da Rússia prende grupo adolescentes de 16 e 17 anos sob suspeita de planejar ataque com bomba
Foto: Getty Images / iStockphoto

O Serviço de Segurança Nacional da Rússia (FSB) informou neste sábado (4) a prisão de quatro menores, nascidos entre 2007 e 2008, suspeitos de planejar um ataque terrorista com um dispositivo explosivo improvisado em locais movimentados na cidade de Ecaterimburgo, localizada na região dos Urais.

 

De acordo com o FSB, dois dos detidos também são acusados de incendiar um carro da polícia.

 

Um vídeo divulgado pela agência estatal Tass mostra um dos menores confessando que seguia "canais neonazistas" no Telegram, os quais incentivavam ações contra as forças policiais. 

 

No depoimento gravado, o jovem afirmou: “Li nesses canais que você deve agir contra a polícia.”

Putin comenta situação na Síria e na Ucrânia e convida ocidente para “duelo de mísseis”
Foto: Alan Santos/Presidência da República

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizou uma coletiva de imprensa neste final de ano, que durou mais de 4 horas, na qual respondeu a 67 perguntas de jornalistas e da população comentando diversos temas, entre eles alguns polêmicos como a questão da Síria e a guerra contra a Ucrânia, sobre a qual Putin afirmou que “faria tudo de novo”, mas que “teria começado antes”.

 

Putin afirmou que o país não estava devidamente preparado quando começou a guerra, mas que ele não podia esperar a situação “piorar ainda mais”, sem dar detalhes do que esta “piora” seria.

 

O presidente disse que a Rússia tem ganhado terreno diariamente e está próxima de atingir os principais objetivos da guerra, que já dura quase 3 anos. Ele exaltou ainda o novo míssil hipersônico Orenshik, que afirma não poder ser abatido por qualquer bateria antiaérea tradicional.

 

Com o anúncio, convidou o Ocidente para um duelo: “Escolham um alvo em Kiev, concentrem todas as suas forças de defesa aérea e nós atacaremos com o Orenshik para ver o que acontece. Nós estamos prontos. Será que o outro lado está?”.

 

Putin ainda afirmou que está pronto para negociar a paz na região, até mesmo com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Sobre um possível cessar-fogo, Putin afirmou que não o faria com Volodymyr Zelensky, pois não o considera um interlocutor legítimo, já que o seu mandato já venceu.

 

SÍRIA E ECONOMIA

Sobre a queda de Bashar al-Assad, aliado de Putin no Oriente Médio e, atualmente, refugiado no país, o presidente afirmou que ainda não se encontrou com o ex-ditador desde que ele chegou à Rússia, mas minimizou a gravidade da situação: “As pessoas tentam apresentar o que aconteceu na Síria como uma derrota para nós, mas não foi o caso”.

 

Quanto a economia, Putin afirmou que ela está estável, que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve crescer até 4%, mas o que lhe preocupa é a inflação de quase dois dígitos. Ele não comentou sobre as taxas de juros de 24% ou acerca dos efeitos das sanções do Ocidente devido à invasão à Ucrânia.

Governo russo anuncia criação de vacina contra o câncer
Foto: Ministério da Saúde russo

O governo da Rússia anunciou, nesta quarta-feira (18), que o seu Ministério da Saúde desenvolveu duas vacinas contra o câncer. A previsão dos russos é que, ao menos um destes imunizantes comece a ser distribuído, gratuitamente, para pacientes com a doença, a partir do início do próximo ano.

 

De acordo com a agência estatal de notícias, as vacinas foram desenvolvidas em projetos de colaboração com centros de pesquisa médica. O veículo de comunicação ainda informou que ensaios pré-clínicos realizados com os imunizantes apontam que a dose possui eficácia e suprime o desenvolvimento de tumores e de metástases

 

COMO FUNCIONAM AS VACINAS?

O Centro Nacional de Pesquisa Médica, departamento do Ministério da Saúde da Rússia informou que, atualmente, estão sendo trabalhadas duas linhas de vacinas oncológicas pelos seus pesquisadores.

 

O primeiro destes imunizantes é uma “vacina personalizada” que utiliza uma tecnologia similar a que foi usada nas doses contra a COVID-19, a partir do uso de RNA mensageiro.

 

“Com base na análise genética do tumor de cada paciente, uma vacina única é criada para ‘ensinar’ o sistema imunológico a reconhecer células cancerígenas”, detalhou o Centro de Pesquisa.

 

O segundo imunizante desenvolvido pelo Centro de Pesquisa foi chamado de “Enteromix”. A vacina foi formulada com base na combinação de 4 vírus não-patogênicos que, ao mesmo tempo, destroem células malignas e ativam a imunidade dos pacientes contra um tumor.

Trump já conversa com Putin e Zelensky sobre conflito, afirma jornal
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, teria entrado em contato com o presidente russo, Vladimir Putin, e com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, para conversar, individualmente, acerca do conflito entre as duas nações, que já dura quase três anos.

 

Segundo o jornal norte-americano Washington Post, o presidente eleito dos EUA teria conversado com Putin na última quinta-feira, e, durante a conversa, teria pedido ao líder russo que não escalasse o conflito. Além disso, Trump teria mencionado uma “considerável presença militar norte-americana na Europa, durante a conversa.

 

De acordo com o periódico, Trump, antes disso, já teria conversado com o presidente ucraniano, na quarta-feira (6). Durante o telefonema, o futuro presidente dos Estados Unidos teria afirmado a Zelensky que o país permaneceria ao lado dos ucranianos no conflito.

 

ABERTURA E CONDIÇÕES PARA O FIM DA GUERRA

Na sexta-feira (8), o governo russo já havia confirmado que Putin estava aberto a discutir a questão da guerra com Trump, mas isso não significava que o país estaria disposto a alterar as suas condições para a resolução do conflito.

 

Os termos do líder russo já haviam sido explicitados em junho deste ano. Para ele, a Ucrânia deveria abandonar as suas intenções de se juntar à OTAN e retirar todas as suas tropas do território de quatro regiões que a Rússia reivindicou.

 

Em contrapartida, Zelensky rejeitou veementemente a proposta e afirmou que aceitar estas condições seria equivalente à capitulação. O líder ucraniano, por sua vez, apresentou um “plano de vitória”, que inclui pedidos de apoio militar adicional do ocidente.

Google é multado em 20 decilhões de dólares por tribunal na Rússia
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O Google, empresa de tecnologia estadunidense, foi multado em cerca de 20 decilhões de dólares (R$ 120 decilhões) por um tribunal russo após ter banido um canal ultranacionalista do YouTube em 2020. A situação se deu devido a sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra o proprietário do canal.

 

Conforme informações do portal Extra, os proprietários do canal em questão estavam sob sanções do governo estadunidense desde 2014, mas só tiveram o seu canal bloqueado pela gigante da tecnologia em 2020. Ainda segundo o portal, após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, a lista de canais russos banidos pelo Google aumentou drasticamente.

 

Um ano antes, em 2021, um tribunal russo ordenou que o Google devolvesse o acesso aos proprietários das contas bloqueadas, sob a ameaça da aplicação de uma multa progressiva caso isso não fosse feito. Já em 2022, vários veículos estatais russos, como a Sputnik, a NTV e a Russia 24, foram bloqueados por apoiarem a invasão da Ucrânia. Moscou, por sua vez, retaliou a gigante da tecnologia aplicando multas, mas não chegou a tirar o site do ar no país.

 

A multa aplicada pelo tribunal contra a gigante da tecnologia, estimada em 20 decilhões de dólares é consideravelmente superior ao valor de mercado e à renda anual do Google, que, no ano de 2023, foi avaliada em US$ 307 bilhões. Com isso em mente, é muito difícil imaginar que a empresa pague o valor da multa, representada por um número de 35 dígitos.

Ministro Mauro Vieira representará Lula durante cúpula do Brics na Rússia
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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou, neste domingo (20), que o novo chefe da delegação brasileira na cúpula do Brics, em Kazan, na Rússia. O chefe da pasta, o ministro Mauro Vieira representará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após o chefe do Executivo sofrer um acidente doméstico.

 

Lula sofreu um acidente doméstico em Brasília, no último sábado (19), e deu entrada no Hospital Sírio-Libanês com um corte na nuca. Segundo avaliação médica, o caso não é grave, mas o presidente recebeu orientações para não realizar viagens aéreas de longa distância.

 

O presidente embarcaria no final da tarde deste domingo (20) ao lado de Vieira e o ministro Alexandre Silveira para a Rússia. Em nota, o Itamaraty informou que o ministro das Relações Exteriores embarca na noite deste domingo, enquanto Lula participará virtualmente da sessão de chefes de Estado da cúpula.

Lula sofre acidente doméstico e cancela viagem à Rússia
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não vai mais viajar à Rússia para participar presencialmente da 16ª Cúpula dos Brics. Ele sofreu um acidente doméstico em Brasília neste sábado (19) e teve um ferimento na cabeça. 

 

De acordo com informações obtidas pelo g1, Lula deu entrada no Hospital Sírio-Libanês com um "ferimento corto-contuso em região occipital" – ou seja, um corte na nuca. O caso foi confirmado em boletim médico divulgado pela unidade neste domingo (20). 

 

Conforme avaliação médica, o caso não é grave. Porém, como medida precaução, o cardiologista Roberto Kalil Filho orientou o presidente a não fazer viagens de longa duração. No entanto, a orientação não impedirá o político de continuar os demais compromissos da agenda presidencial em Brasília. 

 

"Após avaliação da equipe médica, foi orientado evitar viagem aérea de longa distância, podendo exercer suas demais atividades. Permanece sob acompanhamento de equipe médica, aos cuidados do Prof. Dr Roberto Kalil Filho e Dra Ana Helena Germoglio", diz o boletim do Sírio-Libanês.

 

A agenda em Kazan, na Rússia, começava na próxima terça-feira (22). Lá, havia a expectativa de Lula participar de reuniões bilaterais com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping. O presidente embarcaria na manhã de hoje da Base Aérea de Brasília. 

 

Segundo o Palácio do Planalto, no entanto, Lula participará do evento de maneira remota. "O presidente irá participar da Cúpula dos Brics por meio de videoconferência e terá agenda de trabalho normal essa semana em Brasília, no Palácio do Planalto", informou a Presidência da República.

 

Lula tem 78 anos. Há pouco mais de um ano, em setembro de 2023, o presidente fez uma artroplastia total do quadril direito – uma cirurgia para substituir, por uma prótese, a cartilagem desgastada naquela região do corpo. Há poucas semanas, quando o procedimento completou um ano, Lula passou por exames de revisão.

Lula abre assembleia da ONU criticando guerras e falta de compromisso com crise climática e dá estocada em Musk
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Em um discurso de quase 20 minutos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu a 79ª Assembleia da Organização das Nações Unidas, em Nova York, com críticas à própria entidade, aos países que fomentam guerras e gastam bilhões nos conflitos, aos que não se comprometem com a reversão da emergência climática mundial e até mesmo, de forma indireta ao bilionário Elon Musk. Durante o discurso de Lula, a transmissão mostrou que na comitiva brasileira estavam a primeira-dama Janja, e os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira.

 

Ao abrir a reunião, Lula fez uma saudação especial ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, presente à Assembleia da ONU. O presidente brasileiro falou sobre os confrontos envolvendo Israel, o grupo palestino Hamas e que agora chegaram também ao Hezbollah e ao Líbano. Segundo afirmou Lula, o direito de defesa passou a ser direito de vingança.

 

"Em Gaza e na Cisjordânia, assistimos a uma das maiores crises humanitárias da história recente, e que agora se expande perigosamente para o Líbano. O que começou como ação terrorista de fanáticos contra civis israelenses inocentes, tornou-se punição coletiva de todo o povo palestino. São mais de 40 mil vítimas fatais, em sua maioria mulheres e crianças. O direito de defesa transformou-se no direito de vingança, que impede um acordo para a liberação de reféns e adia o cessar-fogo", afirmou.

 

Lula também citou a guerra entre Ucrânia e Rússia, e falou da dificuldade de se chegar a um acordo que interrompa o conflito. Neste momento da fala do presidente brasileiro, a transmissão mostrou que o presidente da Ucrânia, Zelensky, acompanhava atentamente o discurso. Lula também falou sobre os gastos com armamentos militares em contraposição ao que é investido para a erradicação da fome no mundo.

 

"2023 ostenta o triste recorde do maior número de conflitos desde a Segunda Guerra Mundial. Os gastos militares globais cresceram pelo nono ano consecutivo e atingiram 2,4 trilhões de dólares. Mais de 90 bilhões de dólares foram mobilizados com arsenais nucleares. Esses recursos poderiam ter sido utilizados para combater a fome e enfrentar a mudança do clima. O que se vê é o aumento das capacidades bélicas. O uso da força, sem amparo no Direito Internacional, está se tornando a regra. Na Ucrânia, é com pesar que vemos a guerra se estender sem perspectiva de paz. O Brasil condenou de maneira firme a invasão do território ucraniano. Já está claro que nenhuma das partes conseguirá atingir todos os seus objetivos pela via militar. Criar condições para a retomada do diálogo direto entre as partes é crucial neste momento", disse.

 

A dificuldade da ONU em se impor na solução de conflitos mundiais também esteve presente no discurso de abertura da Assembleia. Lula lembrou do Pacto para o Futuro assinado por líderes mundiais, mas criticou a falta de força política da ONU para transformar o discurso em medidas efetivas.

 

"Adotamos anteontem, aqui neste mesmo plenário, o Pacto para o Futuro. Sua difícil aprovação demonstra o enfraquecimento de nossa capacidade coletiva de negociação e diálogo. Seu alcance limitado também é a expressão do paradoxo do nosso tempo: andamos em círculos entre compromissos possíveis que levam a resultados insuficientes. Nem mesmo com a tragédia da COVID-19, fomos capazes de nos unir em torno de um Tratado sobre Pandemias na Organização Mundial da Saúde. Precisamos ir muito além e dotar a ONU dos meios necessários para enfrentar as mudanças vertiginosas do panorama internacional", destacou Lula. 

 

Em relação ao problema da emergência climática enfrentada por todo o mundo, o presidente brasileiro cobrou maior compromisso de todos os países no enfrentamento da questão que, segundo ele, já não é mais algo a ser solucionado em um futuro próximo. "O planeta já não espera para cobrar da próxima geração e está farto de acordos climáticos que não são cumpridos. Está cansado de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas e do auxílio financeiro aos países pobres que nunca chega", pontuou.

 

O presidente Lula elencou situações em todo o mundo que mostram o drama das mudanças climáticas, e que evidenciam a necessidade de uma ação urgente e conjunta das nações. Lula não deixou de citar acontecimentos recentes no Brasil, e reconheceu que é preciso fazer muito mais para prevenir as catástrofes ambientes.

 

"O negacionismo sucumbe ante às evidências do aquecimento global. 2024 caminha para ser o ano mais quente da história moderna. Furacões no Caribe, tufões na Ásia, seca e inundações na África e chuvas torrenciais na Europa deixam um rastro de morte e destruição. No Sul do Brasil, tivemos a maior enchente desde 1941. A Amazônia está atravessando a pior estiagem em 45 anos. Incêndios florestais se alastraram pelo país e já devoraram 5 milhões de hectares apenas no mês de agosto. O meu governo não terceiriza a responsabilidade e nem abdica da sua soberania. Já fizemos muito, mas sabemos que é preciso fazer muito mais", afirmou o presidente. 

 

Nesse ponto de seu discurso, Lula aproveitou para elencar ações realizadas pelo seu governo para o combate aos crimes ambientais. 

 

"Além de enfrentar o desafio da crise climática, lutamos contra quem lucra com a degradação ambiental. Não transigiremos com ilícitos ambientais, com o garimpo ilegal e como o crime organizado. Reduzimos o desmatamento na Amazônia em 50% no último ano e vamos erradicá-lo até 2030", disse.

 

O presidente também fez críticas veladas ao empresário norte-americano Elon Musk, dono da rede social X. Lula disse que as  plataformas digitais devem se submeter às leis de cada país, e completou dizendo que a liberdade é a primeira vítima de um mundo sem regras".

 

"O futuro de nossa região passa sobretudo por construir estado sustentável, eficiente, inclusivo e enfrente todas as formas de discriminação. Que não se intimida ante indivíduos, corporações e plataformas digitais que se julgam acima da lei. A liberdade é a primeira vítima de um mundo sem regras. Elementos essenciais da soberania incluem o direito de legislar, julgar disputas e fazer cumprir as regras dentro de seu território, incluindo o ambiente digital", colocou o presidente.

 

Na parte final de seu pronunciamento, em nova estocada na ONU, o presidente brasileiro voltou a defender a necessidade de uma reforma no organismo internacional, e destacou que nunca na história uma mulher ocupou o principal cargo de comando das Nações Unidas.

 

"Inexiste equilíbrio de gênero no exercício das mais altas funções. O cargo de Secretário-Geral jamais foi ocupado por uma mulher", criticou Lula.

 

Uma outra crítica feita por Lula às nações se relacionou ao embargo econômico a Cuba. Para o presidente brasileiro, a população do país é que paga o preço desse bloqueio. "É injustificado manter Cuba em uma lista unilateral de Estados que supostamente promovem o terrorismo e impor medidas coercitivas unilaterais, que penalizam indevidamente as populações mais vulneráveis", afirmou o presidente.

 

Ao final de seu discurso, o presidente Lula voltou a defender mudanças no Conselho de Segurança da ONU, que, segundo ele, exclui países da América Latina e da África. Lula pediu que haja espaço para a discussão mais abrangente de reformas na entidade. 

 

"Não tenho ilusões sobre a complexidade de uma reforma como essa, que enfrentará interesses cristalizados de manutenção do status quo. Exigirá enorme esforço de negociação. Mas essa é a nossa responsabilidade. Não podemos esperar por outra tragédia mundial, como a Segunda Grande Guerra, para só então construir sobre os seus escombros uma nova governança global. A vontade da maioria pode persuadir os que se apegam às expressões cruas dos mecanismos do poder. Neste plenário ecoam as aspirações da humanidade. Aqui travamos os grandes debates do mundo. Neste foro buscamos as respostas para os problemas que afligem o planeta. Recai sobre a Assembleia Geral, expressão maior do multilateralismo, a missão de pavimentar o caminho para o futuro", concluiu o presidente brasileiro.
 

Em telefonema, Putin e Lula discutem queimadas, paz na Ucrânia e relação entre países
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

O presidente da Rússia Vladimir Putin entrou em contato com o presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (18). A informação, divulgada pelo Palácio do Planalto, é de que Putin entrou em contato para “manifestar solidariedade ao Brasil no enfrentamento dos incêndios florestais”, mas outros temas, como a guerra na Ucrânia, também foram discutidos entre os líderes.

 

Lula e Putin discutiram sobre assuntos e temas que virão a ser debatidos durante a cúpula dos BRICS no mês que vem, na cidade russa de Kazan, bem como as relações bilaterais entre os países.

 

Acerca da guerra na Ucrânia, o governo afirmou que os presidentes discorreram acerca da proposta de paz defendida pelo Brasil e pela China, que tenta convencer mais países a aderirem à proposta de cessar fogo no conflito iniciado em 2022. Na próxima semana, após a Assembléia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, os governos brasileiro e chinês deverão fazer uma apresentação sobre a proposta.

 

Em junho deste ano, Lula se recusou a participar de um encontro sobre a guerra liderado pela Suíça argumentando que não via sentido na discussão da paz sem a participação de representantes russos. O presidente defende que a negociação precisa abranger os dois lados.

 

Por conta desse e de outros posicionamentos de Lula, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tem tecido certas críticas ao presidente brasileiro, considerando-o de posição favorável a Putin. Os mandatários brasileiro e ucraniano chegaram a se encontrar em setembro do ano passado, mas depois disso trocaram farpas publicamente.

 

Lula chegou até mesmo a dizer que acreditava que tanto Zelensky quanto Putin “estão gostando da guerra”, e, de acordo com fontes, teria se recusado a encontrar o presidente ucraniano novamente no mês de dezembro.

Agência Mundial Antidoping acusa EUA de esquema de doping

Mais um capítulo do confronto WADA x Estados Unidos estáno ar. A Agência Mundial Antidoping (WADA) publicou, na manhã desta quinta-feira (8), uma nota oficial apresentando vários detalhes de uma série de fraudes cometidas pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA), nos últimos anos. 


A denúncia indica que os estadunidenses teriam permitido que muitos atletas dopados competissem por anos, sem punição ou impedimento. Em nota oficial, a WADA informou que está ciente de, pelo menos, três casos de atletas que competiram por anos, "enquanto agiam como agentes secretos da USADA, sem que a WADA fosse notificada e sem que houvesse qualquer disposição permitindo tal prática sob o código ou as próprias regras da USADA".

 

A WADA cita o caso de um atleta de elite, sem revelar a identidade, que teria competido em eliminatórias olímpicas e eventos internacionais, mesmo admitindo ter tomado esteroides e outras substâncias ilegais. Ainda assim, continuou competindo até a aposentadoria.


"Seu caso nunca foi publicado, os resultados nunca foram desqualificados, o prêmio em dinheiro nunca foi devolvido e nenhuma suspensão foi cumprida. O atleta foi autorizado a competir contra seus competidores desavisados ??como se nunca tivessem trapaceado. Nesse caso, quando a USADA finalmente admitiu à WADA o que estava acontecendo, ela aconselhou que qualquer publicação de consequências ou desqualificação de resultados colocaria a segurança do atleta em risco e pediu à WADA que concordasse com a não publicação. Sendo colocada nessa posição impossível, a WADA não teve escolha a não ser concordar", relatou a WADA na nota oficial.

 

Ao fim da nota, a WADA chama a USADA de "hipócrita" pelas frequentes denúncias dos estadunidenses contra atletas dopados de outros países como os principais concorrentes China e Rússia.


"Como outros atletas devem se sentir sabendo que estavam competindo de boa-fé contra aqueles que eram conhecidos pela USADA por terem trapaceado? É irônico e hipócrita que a USADA grite quando suspeita que outras Organizações Antidoping não estão seguindo as regras à risca, enquanto não anunciou casos de doping por anos e permitiu que trapaceiros continuassem competindo", finalizou a WADA em nota oficial.


A USADA defendeu a liberação para os dopados competirem, de forma que eles atuassem como informantes secretos em esquema de tráfico de pessoas e drogas.


"É uma maneira eficaz de lidar com esses problemas maiores e sistêmicos", disse o presidente-executivo da USADA, Travis Tygart, à Reuters. A agência não deu mais detalhes sobre o incidente do informante da USADA.

 

Confira a nota oficial da WADA: 


"A Agência Mundial Antidoping (WADA) responde a uma reportagem da Reuters de 7 de agosto de 2024 expondo um esquema pelo qual a Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) permitiu que atletas que se dopararam competissem por anos, em pelo menos um caso, sem nunca publicar ou sancionar suas violações das regras antidoping, em violação direta do Código Mundial Antidoping e das próprias regras da USADA.

 

Este esquema da USADA ameaçou a integridade da competição esportiva, que o Código busca proteger. Ao operá-lo, a USADA estava em clara violação das regras. Ao contrário das alegações feitas pela USADA, a WADA não aprovou esta prática de permitir que trapaceiros de drogas competissem por anos com a promessa de que tentariam obter evidências incriminatórias contra outros.

 

Dentro do Código, há uma disposição pela qual um atleta que fornece assistência substancial pode posteriormente solicitar a suspensão de uma proporção de seu período de inelegibilidade. No entanto, há um processo claro para isso, que não envolve permitir que aqueles que trapacearam continuem a competir enquanto podem ou não reunir evidências incriminatórias contra outros e enquanto podem reter um efeito de melhoria de desempenho das substâncias que tomaram. Quando a WADA finalmente descobriu sobre essa prática não conforme em 2021, muitos anos depois de ter começado, ela imediatamente instruiu a USADA a desistir.

 

A WADA agora está ciente de pelo menos três casos em que atletas que cometeram violações graves das regras antidoping foram autorizados a continuar competindo por anos enquanto agiam como agentes secretos da USADA, sem que a WADA fosse notificada e sem que houvesse qualquer disposição permitindo tal prática sob o Código ou as próprias regras da USADA.

 

Em um caso, um atleta de elite, que competiu em eliminatórias olímpicas e eventos internacionais nos Estados Unidos, admitiu ter tomado esteroides e EPO, mas foi autorizado a continuar competindo até a aposentadoria. Seu caso nunca foi publicado, os resultados nunca foram desqualificados, o prêmio em dinheiro nunca foi devolvido e nenhuma suspensão foi cumprida. O atleta foi autorizado a competir contra seus competidores desavisados ??como se nunca tivessem trapaceado. Nesse caso, quando a USADA finalmente admitiu à WADA o que estava acontecendo, ela aconselhou que qualquer publicação de consequências ou desqualificação de resultados colocaria a segurança do atleta em risco e pediu à WADA que concordasse com a não publicação. Sendo colocada nessa posição impossível, a WADA não teve escolha a não ser concordar (após verificar com seu Departamento de Inteligência e Investigações que a ameaça à segurança era crível). O doping do atleta, portanto, nunca foi tornado público.

 

Em outro caso de um atleta de alto nível, a USADA nunca notificou a WADA sobre sua decisão de suspender a suspensão provisória de um atleta, o que é uma decisão apelável, apesar de ser obrigada a fazê-lo sob o Código. Se a WADA tivesse sido notificada, ela nunca teria permitido isso.

 

Como outros atletas devem se sentir sabendo que estavam competindo de boa-fé contra aqueles que eram conhecidos pela USADA por terem trapaceado? É irônico e hipócrita que a USADA grite quando suspeita que outras Organizações Antidoping não estão seguindo as regras à risca, enquanto não anunciou casos de doping por anos e permitiu que trapaceiros continuassem competindo, na remota possibilidade de que pudessem ajudá-los a pegar outros possíveis violadores. A WADA se pergunta se o Conselho de Diretores da USADA, que governa a USADA, ou o Congresso dos EUA, que a financia, sabiam sobre essa prática não conforme que não apenas minou a integridade da competição esportiva, mas também colocou a segurança dos atletas cooperantes em risco".

COI permite que apenas 15 atletas russos estejam nos jogos de Paris 2024
Foto: Reprodução / X / Daniil Medvedev

Apenas 15 atletas russos poderão competir com bandeira neutra nos Jogos Olímpicos de Paris, conforme a lista final publicada nesta quinta-feira (18), pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). A lista inclui sete tenistas, três canoístas, três ciclistas, um nadador e uma ginasta de cama elástica, em comparação com os 335 que também participaram sem bandeira em Tóquio, quando a guerra na Ucrânia ainda não tinha iniciado.


Os tenistas que irão à capital francesa incluem Daniil Medvedev, Pavel Kotov, Roman Safiullin, Yekaterina Alexandrova, Mirra Andreeva, Diana Shnider e Yelena Vesnina.

 

A equipe de ciclismo inclui Tamara Dronova, Alyona Ivanchenko e Gleb Syritsa ; enquanto Zakhar Petrov , Alexey Korovashkov e Olesya Romasenko navegarão pelas águas parisienses a bordo de canoas e canoas . Eles estarão acompanhados do nadador Yevgeny Somov e da ginasta Anzhela Bladtseva.

 

As informações chegadas da imprensa russa, dão conta de que um total de 21 atletas, em sua maioria lutadores e judocas, desistiram de competir nos Jogos mesmo após receberem aprovação do COI. As federações de ambas as disciplinas alegaram que o COI impediu a participação de alguns dos seus melhores atletas, pelo que optaram por renunciar completamente.


Por decisão do COI, todos os atletas russos serão neutros – não usarão símbolos nacionais e não poderão ouvir o seu hino – e também não haverá representação russa nos desportos coletivos.

Ataque russo à Ucrânia deixa pelo menos 31 mortos; hospital infantil foi danificado
Foto: Ricardo Stuckert/PR

A Rússia lançou uma série de mísseis contra Kiev e outras cidades ucranianas nesta segunda-feira (8). Ao menos 31 pessoas morreram em todo o país e um importante hospital infantil foi atingido. O Governo Russo nega ter tido civis como alvo.

 

Em um raro ataque diurno, diversas cidades do país foram atacadas na manhã desta segunda-feira. Até o momento da reportagem, 31 mortes haviam sido confirmadas, mas as estimativas do governo é de que o número aumente durante o dia.

 

De acordo com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a Rússia disparou mais de 40 mísseis, visando diferentes cidades e danificando inúmeros edifícios ao redor do país.

 

Além de Kiev, a cidade de Kryvyi Rih, onde nasceu Zelensky, foi atingida, tendo um saldo de 10 mortes e, ao menos, 31 feridos.

 

O prefeito de Kiev afirmou que o principal hospital infantil da cidade foi danificado. As janelas foram quebradas e os painéis arrancados. Um pai relatou que ficou soterrado pelos escombros, segurando uma toalha contra o rosto de seu filho para que ele conseguisse respirar.

Após pacto entre Coreia do Norte e Rússia, Coreia do Sul considera fornecer armas à Ucrânia
Foto: KCNA

A Coreia do Sul afirmou nesta quinta-feira (20) que irá reconsiderar a possibilidade de fornecer armas à Ucrânia. A decisão gera polêmica pois acontece depois que os líderes da Coreia do Norte e da Rússia assinaram um pacto de defesa mútua em caso de guerra.

 

A declaração foi dada pelo conselheiro Nacional de Segurança da Coreia do Sul, Chang Ho-jin. “O governo expressou sérias preocupações e condenou o acordo abrangente de parceria estratégica assinado ontem entre a Coreia do Norte e a Rússia”, afirmou o conselheiro.

 

De acordo com a CNN Brasil, o acordo é uma reedição de um outro pacto feito entre os dois países durante a Guerra Fria, quando concordaram em fornecer assistência militar em caso de ataque aos seus países.

 

REAÇÃO DE PUTIN

O líder russo, Vladimir Putin fez uma declaração relacionada à ação tomada pelos sul-coreanos, durante entrevista coletiva no Vietnã. Putin afirmou que não tem nada como o que se preocupar sobre o pacto entre russos e norte-coreanos.

 

“A República da Coreia não tem nada com que se preocupar, porque nossa assistência militar sob o tratado que assinamos só surge se a agressão for realizada contra um dos signatários. Até onde eu sei, a Coreia do Sul não está planejando uma agressão contra a Coreia do Norte”, declarou o chefe de estado russo.

 

Putin ainda alertou contra o fornecimento de armas à Ucrânia: “Isso seria um erro muito grande”, destacou. O presidente ainda mencionou que, caso isso aconteça, “também tomaremos decisões apropriadas que dificilmente agradarão à atual liderança da Coreia do Sul”.

Cúpula da Paz para a Ucrânia na Suíça termina sem consenso
Foto: Divulgação

A Cúpula da Paz para a Ucrânia, realizada em Buergenstock, Suíça, terminou neste domingo (16) sem consenso total entre os participantes. A presidente suíça, Viola Amherd, anunciou que a maioria dos 90 países presentes apoiou a declaração final do evento, embora México, Arábia Saudita e Índia não tenham assinado o documento.
 

De acordo com a CNN, o comunicado final da cúpula destacou a necessidade de uso seguro da energia nuclear, a proteção das rotas de navegação marítima e o retorno das crianças deslocadas e civis detidos ilegalmente. Amherd reconheceu a importância de incluir a Rússia em futuras negociações e enfatizou o respeito à Carta das Nações Unidas.
 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, afirmou que o apoio dos líderes mundiais poderia ajudar a restaurar o Estado de Direito Internacional. Entretanto, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, rejeitou uma proposta de paz do presidente russo, Vladimir Putin, classificando-a como "completamente absurda" e argumentando que atender às exigências de Moscou deixaria Kiev vulnerável a novas agressões.
 

A declaração final foi apoiada pela maioria dos participantes, mas a ministra das Relações Exteriores do México, Alicia Barcena Ibarra, afirmou que não havia apoio internacional suficiente para nenhuma iniciativa de paz específica. Alguns aliados europeus expressaram a necessidade de um alcance mais amplo nas negociações.
 

Moscou, que não foi convidada para a cúpula e não demonstrou interesse em participar, considerou o evento uma perda de tempo e apresentou propostas rivais à distância.

Lateral do Arsenal diz que aceitaria lutar pela Ucrânia na guerra: "Não podemos desistir"
Foto: Reprodução / Instagram

O lateral e titular absoluto da Seleção Ucraniana, Oleskandr Zinchenko, do Arsenal, deu declarações fortes nesta sexta-feira (5) à BBC, alegando que aceitaria uma possível convocação para lutar pela Ucrânia na guerra. O jogador contou que seus amigos de infância hoje enfrentam uma dura batalha no campo de batalha.

 

"Acho que é uma resposta clara. Eu iria. E é difícil entender que recentemente estávamos na mesma escola, brincávamos no recreio ou no campo de futebol, e agora eles têm de defender o nosso país. Honestamente, é muito difícil aceitar isso, mas é o que é. Não podemos desistir", contou Zinchenko.

 

De acordo com o governo do da Ucrânia, mais de 30 mil cidadãos já morreram na guerra. Ainda em conflito com a Rússia, o país segue com carência de soldades e atualmente recorre a uma diminuição de idade dos convocados. Ainda nesta semana, o presidente Volodymyr Zelenskiy assinou um projeto legistlativo onde reduz a idade dos combatentes de 27 para 25 anos.

 

Zinchenko revelou que ainda mantém contato com os ex-colegas da Rússia, mas não quis exercer nenhuma opinião ou crítica sobre eles.

 

“Desde a invasão, poucos me enviaram mensagens de texto, e não posso culpá-los porque não é culpa deles. Não posso dizer a eles: “Pessoal, façam os protestos lá fora e todas essas coisas”, porque sei que eles podem ir para a prisão”, revelou.

 

O lateral dos Gunners já chegou a ser homenageado por torcedores do clube e sempre busca se pronunciar a respeito do difícil momento em que seu país vive.

Amistoso entre Rússia e Paraguai é cancelado após ataque terrorista em Moscou
Foto: Divulgação / Estádio Dínamo de Moscou

O amistoso entre as seleções da Rússia e do Paraguai, inicialmente programado para ocorrer na próxima segunda-feira (25), foi cancelado em decorrência de um ataque terrorista que abalou os arredores de Moscou na sexta-feira (22). O atentado ocorreu em uma casa de shows e lamentavelmente resultou na perda de 115 vidas até o momento.

 

Em comunicado conjunto emitido pela União Russa de Futebol (RFS) e pela Associação de Futebol do Paraguai, foi anunciada a decisão de cancelar o encontro entre as duas seleções devido ao trágico acontecimento.

 

"A União Russa de Futebol (RFS) e a Associação de Futebol do Paraguai decidiram cancelar o encontro entre as duas seleções em virtude do atentado ocorrido recentemente", declarou o comunicado da RFS.

 

O jogo, que estava programado para ocorrer no estádio do Dínamo de Moscou, poderá ser remarcado para uma nova data, conforme anunciou a federação russa de futebol.

 

Vale ressaltar que a Rússia encontra-se atualmente suspensa de participar de partidas oficiais pela FIFA e UEFA desde 2022, devido ao conflito em curso com a Ucrânia.

Putin se reelege com votação recorde em comparecimentos e promete fortalecer o exército
Reprodução / G1

O presidente Vladimir Vladimirovitch Putin foi reeleito, neste domingo (17), com eleição recorde em comparecimentos na Rússia. Segundo dados do instituto estatal FOM, Putin teve 87% dos votos e o comparecimento foi de 74,2%, conforme a Comissão Eleitoral Central. 

 

No discurso da vitória, Putin afirmou que sua vitória era um sinal "de que somos todos irmãos em armas", e prometeu "completar os objetivos da operação militar especial, tornando o Exército mais forte", agradecendo aos soldados na Guerra da Ucrânia. 

 

Segundo informações da Folha de São Paulo, o gestor do país por mais de duas décadas declarou ainda que não aspira colocar o mundo “à beira da Terceira Guerra Mundial e que "o resultado da eleição vai permitir a consolidação da sociedade", afirmou o presidente. 

 

Com 86% de aprovação em sondagens, Putin era o favorito à disputa, ainda que tenha sido acusado de fraudes e abuso do poder político para garantir o resultado positivo. Atrás dele, três deputados disputaram a corrida eleitoral, o comunista Nikolai Kharitonov, com 4,7%, o liberal Vladislav Davankov, com 3,6% e o ultranacionalista Leonid Sluski, com 2,5%.

 

O comparecimento recorde foi cerca de 7% maior que o de 2018, onde 67,7% foram as urnas. A divisão da votação principal em três dias facilitou os números, com os cidadãos sendo amplamente incentivados a votar. 

VÍDEO: Rússia dispara 40 drones contra Ucrânia em maior ataque das últimas semanas
Foto: Reprodução / Redes Sociais

A Rússia realizou um ataque com drones 40 drones contra a Ucrânia, na madrugada desta sexta-feira (3), sendo a maior investida do Kremlin contra Kiev nas últimas semanas.

 

De acordo com o jornal Britânico The Guardian, os veículos aéreos não tripulados atingiram uma instalação militar em Ivano-Frankivsk e causaram incêndios na cidade de Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana. A infraestrutura civil também foi afetada pelo ataque.

 

Nas redes sociais, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, postou um vídeo do estrago que, de acordo com ele, os 40 drones Shahed, fabricados pelo Irã, e 1 míssil Kh-59, fizeram a “pacatas vilas e cidades em dez regiões da Ucrânia, de leste e sul a oeste”. Veja:

 

 

A Força Aérea da Ucrânia afirmou que abateu 24 dos 40 drones. Essa ação foi considerada um dos maiores ataques com drones direcionados às cidades de Kharkiv, Odesa, Kherson e à região de Lviv, na fronteira com a Polônia. 

 

Segundo Zelensky, de acordo com relatórios preliminares, não houve vítimas, e as consequências do ataque “estão sendo tratadas”. Ele falou que está fortalecendo a defesa aérea e a artilharia de defesa móvel da Ucrânia.

 

Além disso, o presidente ucraniano afirmou que, à medida que o inverno se aproxima, os russos tentarão causar mais danos nas infraestruturas de energia, que eles alertam estar mais vulneráveis do que no ano passado, pois possuem menos capacidade excedente e poucos equipamentos.

Lula e Zelensky se encontram em Nova York e conversam sobre os "caminhos para construção da paz"
Foto: Ricardo Stuckert/PR

“Uma boa conversa sobre a importância dos caminhos para construção da paz e de mantermos sempre o diálogo aberto entre nossos países”. Desta forma o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se referiu ao encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no final da tarde desta quarta-feira (20), em Nova York, nos Estados Unidos. 

 

O encontro com Zelensky aconteceu no hotel onde Lula está hospedado em Nova York. Os dois líderes se encontraram em território americano por conta da participação de ambos na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

Em postagem nas suas redes sociais, o presidente ucraniano disse que foi uma “reunião importante”, e que os diplomatas dos dois países seguirão conversando em busca de uma fórmula para a obtenção da paz no conflito com a Rússia.

 

“Reunião importante com Lula. Após a nossa discussão honesta e construtiva, instruímos as nossas equipas diplomáticas a trabalhar nos próximos passos nas nossas relações bilaterais e nos esforços de paz. O representante brasileiro continuará participando das reuniões da Fórmula da Paz, afirmou Zelensky.

 

Também participaram do encontro o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, e o assessor especial de assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim. Por parte do governo ucraniano, a reunião contou com a presença do chefe de gabinete da Presidência, Andrii Iermak, o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, além do assessor-chefe para assuntos militares da Ucrânia.

 

Ao final do encontro, em conversa com a imprensa, o ministro Mauro Vieira disse que a conversa entre os dois presidentes foi amigável e que os dois seguirão dialogando pela construção da paz. 

 

“O presidente Lula e o presidente Zelensky tiveram uma longa discussão, em ambiente tranquilo, amigável, em que trocaram trocaram informações de cada um dos países e situação do mundo neste momento. Eles, os presidentes, instruíram as suas equipes, os seus ministros do Exterior, para continuar em contato para desenvolver as relações bilaterais e discutir as possibilidades de paz”, disse o chanceler brasileiro. 
 

Avião de líder mercenário que desafiou Putin cai e mata todos a bordo
Foto divulgada do líder, supostamente, na África. Foto: @Razgruzka_vagnera

O líder do grupo mercenário Wagner, que protagonizou um motim contra a cúpula militar da Rússia no maior desafio ao presidente Vladimir Putin em mais de 20 anos, estava na lista de passageiros de um jato executivo que caiu perto de Tver, na Rússia. Todas as dez pessoas a bordo morreram.


O acidente ocorreu na noite desta quarta (23) na rota que o jato de fabricação brasileira Embraer Legacy 600 fazia entre Moscou e São Petersburgo, um dia depois de Ievguêni Prigojin reaparecer em suas redes sociais com um vídeo que teria sido gravado durante operações do Wagner na África, de acordo com matéria da Folha de S. Paulo. 

 

O jato tinha matrícula RA-02785, e desde 2019 estava sob sanção dos Estados Unidos por ser considerado de propriedade de Prigojin, que era um aliado próximo de Putin. Ele foi visto embarcando na aeronave diversas vezes, inclusive quando foi para Belarus após o motim fracassado de 24 de junho.

 

O episódio nunca foi explicado totalmente, com diversas contradições em seu curso. Se confirmada a morte do empresário em solo russo, contudo, será muito difícil para o Kremlin evitar as acusações de queima de arquivo.

 

Nesta mesma quarta, um dos principais generais russos, Serguei Surovikin, foi demitido da chefia das Forças Aeroespaciais após uma nebulosa investigação acerca de suas ligações com Prigojin e o motim, embora ninguém fale isso oficialmente na Rússia.

 

Ele é o mais próximo ex-auxiliar do presidente russo a morrer em circunstâncias obscuras. Conhecido como "chef de Putin", por ter fornecido serviços de alimentação no Kremlin e ao governo russo, em contratos anuais de US$ 1 bilhão. Seu grupo mercenário, atuante desde 2014, foi instrumento importante na Guerra da Ucrânia até o rompimento de Prigojin com a cúpula militar russa, antes do motim.  

Em meio a rebelião de mercenários, avião presidencial de Putin deixa Moscou
Foto: Reprodução / flightradar24

Utilizada para o transporte oficial do presidente russo Vladimir Putin, a aeronave RA-96022 deixou a capital Moscou na manhã deste sábado (24) em direção à cidade de São Petersburgo, conforme registro do site "flightradar24", que monitora voos oficiais ao redor do mundo.

 

Segundo as informações, às 10h no horário de Brasília, o avião já estava fora dos arredores da capital. A saída ocorre em meio ao movimento do Wagner Group, maior companhia mercenária da Rússia, para alcançar a capital após acusar o Ministério da Defesa russo de bombardear suas próprias unidades em combate na Ucrânia.

 

Foto: Reprodução / flightradar24

 

A força conta com o apoio de grupos opositores ao governo Putin e cerca de 50 mil homens tentam abrir caminho pelo sul do país.

 

O governo russo colocou Moscou em alerta máximo após o grupo de mercenários Wagner iniciar uma campanha contra o ministro da Defesa do país. Na madrugada deste sábado (24), no horário local, Yevgeny Prigozhin, chefe dos mercenários, afirmou que suas forças chegaram a uma região perto da Ucrânia, Rostov.

 

Prigozhin sugeriu não ter encontrado resistência das tropas russas até o momento, mas prometeu "destruir" quem se colocar em seu caminho. "Nós estamos avançando e vamos até o fim", disse. O governador de Rostov pediu que as pessoas não saiam de casa a não ser que seja necessário.

 

O Grupo Wagner é uma empresa privada paramilitar que existe desde antes da guerra na Ucrânia, e tem vínculos com o governo de Wladimir Putin. Porém, após baixas no conflito ucraniano, o número de recrutas aumentou, assumindo a "linha de frente" da guerra. E isso levou a desentendimentos com o exército russo.

 

O estopim para a reação contra Moscou teria ocorrido após supostamente o Ministério da Defesa atacar um acampamento do Grupo Wagner, matando combatentes.

 

Ainda assim, Prigozhin prometeu não se tratar de um golpe militar.  "É uma marcha por justiça. Nossas ações não interferem de forma alguma nas tropas." Após as ameaças, a segurança em Moscou foi reforçada e a população compartilhou vídeos de tanques de guerra na cidade.

Lula cobra maior confiança da Europa na relação com o Brasil e pede diplomacia para fim da guerra na Ucrânia
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Na abertura da entrevista coletiva após encontro bilateral com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta segunda-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou que a reunião marca o relançamento da associação entre o Brasil e os países da Europa. Lula destacou que esta é a primeira visita de um chefe do Executivo da União Europeia ao Brasil em 10 anos. O presidente brasileiro reforçou sua preocupação com o acordo apresentado pela União Europeia em março deste ano, que amplia as obrigações do Brasil e as torna objeto de sanções em caso de descumprimento. Para Lula, a confiança mútua deve ser uma premissa entre parceiros.

 

“Em 2007, assinamos com a União Europeia o Pacto de Parceria Estratégica. Passados 15 anos, constatamos o acerto dessa decisão. Nosso comércio bilateral avança de forma consistente. A União Europeia constitui o 2º maior parceiro comercial do Brasil e nossa corrente de comércio poderá ultrapassar este ano a marca de 100 bilhões de dólares. Expus à presidente Van Der Leyen as preocupações do Brasil com o instrumento adicional ao acordo apresentado pela União Europeia em março deste ano. A premissa que deve existir entre parceiros estratégicos é a da confiança mútua e não de desconfiança e sanções”, disse Lula. 

 

O presidente brasileiro falou também da aprovação recente, pela União Europeia, de leis próprias com efeitos extraterritoriais que acabaram por modificar o equilíbrio do acordo com o Brasil, firmado em 2007. “Essas iniciativas representam restrições potenciais às exportações agrícolas e industriais do Brasil”, disse.

 

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Lula relatou à imprensa que também conversou com Ursula von der Leyen sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia. Lula disse que lembrou à dirigente europeia que o Brasil votou a favor de resoluções na ONU que condenaram a invasão, e reiterou que a diplomacia é o caminho para que a paz seja novamente estabelecida entre os dois países. 

 

“A volta da guerra ao coração da Europa reflete a complexidade dos desafios dos tempos em que vivemos. Reiterei nosso empenho em busca da paz, evitando a escalada da guerra e do uso da força e seus riscos incalculáveis. Não há solução militar para esse conflito. Precisamos de mais diplomacia e menos intervenções armadas na Ucrânia, na Palestina, no Iêmen. Os horrores da guerra e o sofrimento que ela provoca não podem ser tratados de forma seletiva. Os princípios basilares do Direito Internacional valem pra todos”, afirmou.

 

Sobre a posição brasileira a respeito da guerra, a presidente da Comissão Europeia defendeu uma ação conjunta dos países europeus com o Brasil para que seja estabelecida a paz entre Rússia e Ucrânia. Ursula também elogiou defesa feita por Lula para criação de um “clube de países” que atue para o fim da guerra. 

 

“Somos parceiros estratégicos e temos de trabalhar juntos para enfrentar desafios globais, que incluem a guerra na Ucrânia. O impacto dessa guerra afeta a segurança global, a segurança alimentar. O Brasil sentiu dificuldade de comprar fertilizantes. Essa guerra é uma ameaça aos princípios do direito internacional. O presidente Lula tem defendido a criação de um clube de países para facilitar a paz entre Ucrânia, e nós queremos uma paz duradoura e justa”, declarou a dirigente europeia. 

 

Ainda sobre o acordo bilateral entre Mercosul e União Europeia, Lula reiterou na entrevista que o continente deseja construir uma agenda bilateral positiva, com cooperação ativa em diversas áreas. O presidente falou também do processo recente de desindustrialização enfrentado pelo Brasil, e salientou que as parcerias serão fundamentais para fomentar a geração de emprego e renda no País. 


“O nosso caminho deve ser a formação de parcerias para o desenvolvimento sustentável. A Europa e os EUA voltaram a reconhecer, após ciclos de liberalismo exagerado, a importância da ação do Estado em políticas industriais. Programas bilionários de subsídios foram adotados nos países desenvolvidos em favor da reindustrialização. O Brasil, que sofreu um grave processo de desindustrialização, tem ambições similares. Por isso, o Brasil manterá o poder de conduzir as políticas de fomento industrial por meio do instrumento das compras públicas. Unir capacidades em matéria de pesquisa, conhecimento e inovação é igualmente decisivo como resposta ao desafio de gerar empregos e distribuir renda”, afirmou.


Sobre o acordo entre União Europeia e Mercosul, Ursula von der Leyen afirmou que ele deve estar assinado até o final do ano, e irá gerar vantagens para ambos os lados. A dirigente europeia disse acreditar que o acordo comercial vai ajudar o Brasil a se reindustrializar. 


“Eu acredito que há grandes vantagens para ambos os lados com o acordo entre Mercosul e União Europeia, porque vai criar as condições corretas para que flua o investimento, vai respaldar a reindustrialização do Brasil, vai ajudar a integrar as nossas cadeias de suprimentos, e aumentar a competitividade de nossas indústrias globalmente, criando bons empregos no Brasil. Esse acordo é mais do que um acordo comercial: é uma plataforma para o diálogo, é um engajamento de longo prazo. Temos que dar um passo na direção do outro, e esperamos que até o final do ano a gente possa concluir esse acordo”, disse Ursula von der Leyen.

Lula critica ONU e se esquiva de dizer se Crimeia é da Rússia ou Ucrânia
Foto: Ricardo Stuckert/ PR

O presidente Lula afirmou nesta quarta-feira (26), na Espanha, que ninguém pode ter dúvida de que o Brasil condenou a violação territorial da Ucrânia pela Rússia. O petista, no entanto, se esquivou de responder se considera Crimeia e Donbass, antigas regiões da Ucrânia, territórios ucranianos ou russos.

 

“Ninguém pode ter dúvida de que nós, brasileiros, condenamos a violação territorial que a Rússia fez com a Ucrânia”, disse Lula em declaração ao lado do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, no Palácio Moncloa, sede do governo espanhol.

 

 

O petista afirmou que o Brasil foi “taxativo” ao condenar a invasão e disse que, após a deflagração do conflito, não adianta dizer quem está certo ou errado. Segundo ele, é preciso parar a guerra. “Só vai se discutir um acerto de contas quando parar de dar tiro”, declarou.

 

Em sua fala, Lula também criticou diretamente a Organização das Nações Unidas (ONU) na mediação do conflito e defendeu uma reforma no Conselho de Segurança do órgão para a entrada de novos países. “A ONU que me perdoe, mas já poderia ter convocado uma sessão extraordinária para discutir essa questão da guerra”, pontuou.

 

O presidente brasileiro avaliou que, se não se buscar a paz o mais rapidamente possível, a guerra vai demorar para ter fim. “E não sei o que pode acontecer com o prolongar dessa guerra. Pode acontecer tudo, até uma desgraça maior”, frisou o chefe do Palácio do Planalto.

 

O mandatário ainda comparou a guerra com uma greve trabalhista. “Sei que não é correto mostrar esse exemplo. Já fiz greve dizendo 80% (de aumento salarial) ou nada. Eu ficava com nada”, declarou. Para ele, a guerra já chegou a um estágio que precisa de interferência externa para acabar.

 

Conforme publicou o Metrópoles, embora tenha condenado a invasão russa da Ucrânia, Lula evitou responder, ao ser indagado por jornalistas espanhóis, se considera Crimeia e Donbass territórios da Rússia ou da Ucrânia. “Não cabe a mim decidir de quem é a Crimeia”, respondeu o petista.

 

“Acho que, quando sentar na mesa de negociação, pode discutir qualquer coisa. Até a Crimeia. Mas não sou eu que vou discutir. Quem tem que discutir isso são os russos e ucranianos. Primeiro para a guerra, depois vamos conversar”, acrescentou.

 

Após o encontro com o primeiro-ministro, Lula seguiu para um almoço com o rei Felipe VI, no Palácio Real. O monarca foi um dos chefes de Estado que prestigiou a posse do petista em Brasília, em 1º de janeiro. A previsão é de que Lula retorne ao Brasil por volta das 16h desta quarta, no horário local (11h no Brasil).

Lula nega ter igualado Ucrânia a Rússia e se justifica: “Alguém precisa falar em paz”
Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a se manifestar sobre a Guerra da Ucrânia neste sábado (22), durante sua visita a Portugal. O petista afirmou que não quis igualar a Rússia ao país invadido, mas sim defender que a paz precisa ser pautada no debate internacional.

 

“Eu nunca igualei Rússia e Ucrânia. Eu sei o que é invasão e o que é integridade territorial. Mas agora a guerra já começou e alguém precisa falar em paz”, declarou o presidente da República.

 

Lula voltou a repetir que a sua guerra é contra a fome no Brasil, relembrando um pedido feito pelo ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, para que os brasileiros o ajudassem no confronto contra o Iraque em 2003.

 

“Em meu primeiro mandato eu fui aos EUA e o Bush pediu que o Brasil entrasse na guerra contra o Iraque. Eu respondi que minha guerra era contra a fome no Brasil. Hoje, outra vez, temos 33 milhões passando fome em nosso país. Essa é minha guerra”, disse Lula.

Na despedida da China, Lula diz que EUA precisam parar de incentivar guerra e começar a falar em paz
Foto: Reprodução / TV Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi incisivo ao falar sobre a guerra na Ucrânia e defender que os Estados Unidos “parem de incentivar” o conflito. A declaração foi feita nos últimos instantes de sua viagem oficial à China, nesta sexta-feira (14), enquanto o petista se dirigia ao aeroporto de volta ao Brasil.

 

“Eu acho que a China tem um papel muito importante (para o fim da guerra), eu continuo reiterando que a China possivelmente tenha o papel mais importante. Agora, outro país importante é os Estados Unidos. É preciso que os Estados Unidos parem de incentivar a guerra e comecem a falar em paz. É preciso que a União Europeia comece a falar em paz para a gente poder convencer o (Vladimir) Putin e o (Volodimir) Zelensky de que a paz interessa a todo mundo e a guerra só está interessando por enquanto aos dois. Eu acho que é possível”, disse Lula, quando questionado pelo colunista Rodrigo Rangel do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, na saída do hotel onde esteve hospedado em Pequim.

 

O presidente prosseguiu, mais uma vez se referindo aos Estados Unidos, que fornecem armas à Ucrânia: “É preciso ter paciência para conversar com o presidente da Rússia, é preciso ter paciência para conversar com o presidente da Ucrânia, mas é preciso sobretudo convencer os países que estão fornecendo armas e incentivando a guerra a pararem, porque eu acho que, quando se começa uma briga – a gente fala em guerra, mas poderia ser uma briga de rua, poderia ser uma greve – é preciso começar e saber como parar. E muitas vezes a gente não sabe como parar. E acho que nós estamos numa situação em que acho que os dois países estão com dificuldades de tomar decisões. Se os dois países estão com problema de tomar decisões, eu acho que é preciso que terceiros países que mantenham relação com os dois criem as condições de termos paz no mundo. Nós não precisamos de guerra”.

 

Sem dizer exatamente se Xi Jinping aceitou participar, Lula voltou a falar de sua ideia de criar um grupo de países que não estejam envolvidos no conflito para negociar um acordo de paz. “Não é uma coisa fácil. Vocês sabem que uma briga entre família é muito difícil, quando ela começa a gente não sabe como ela termina. E uma guerra é a mesma coisa, sabe? É preciso, agora, paciência, é preciso encontrar no mundo países que estejam dispostos. O Brasil está disposto. A China está disposta. Temos que procurar outros aliados e negociar com as pessoas que podem ajudar nessa paz.”

 

O presidente brasileiro fez as afirmações ao ser indagado se, na reunião que teve nesta sexta-feira com o presidente Xi Jinping, houve algum avanço relativo à questão da guerra – ele já havia dito anteriormente que pretendia discutir o tema com o líder chinês. A China é a principal aliada da Rússia de Vladimir Putin e é considerada peça-chave em qualquer tentativa de se negociar uma solução para o conflito, iniciado há mais de um ano no coração da Europa.

 

Depois de normalização da Vaca Louca, Rússia reabre importações de carne bovina brasileira
Foto: Marcello Casal Jr. / EBC

A Rússia derrubou as restrições a importações de carne bovina brasileira e reabriu o mercado de proteínas com o Brasil. Os russos haviam suspendido as suspensões NO DIA 1º de março, após um caso isolado de encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) atípica, conhecida como o “Mal da Vaca Louca”, no estado do Pará. O anúncio foi realizado pelo governo federal nesta sexta-feira (7).

 

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou que, por meio de sua rede de embaixadas, em conjunto com as adidâncias agrícolas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) em países estratégicos, segue atuando desde a ocorrência do caso de EEB para evitar fechamentos indevidos de mercados.

 

Em 2022, as exportações de carne bovina para a Rússia somaram cerca de 165 milhões de dólares, o equivalente a 24 mil toneladas do produto. As Filipinas são o sexto destino das exportações de carne bovina do Brasil, somando 275 milhões de dólares em 2022 (61 mil toneladas).

Apesar da guerra na Ucrânia, presidente do COB apoia participação de atletas da Rússia e Belarus em Paris 2024
Foto: Divulgação

Apesar da guerra da Ucrânia, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, defendeu a participação de atletas da Rússia e do Belarus nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Para o dirigente, os esportistas dos dois países entrariam na disputa sob bandeira neutra. A questão está sendo discutida nesta terça-feira (28), na reunião do Conselho Executivo do COI, em Lausanne, na Suíça.

 

"A participação de atletas com passaportes russos e bielorrussos em competições internacionais funciona. Vemos isso quase todos os dias em vários esportes, principalmente no tênis, mas também no ciclismo, em algumas competições de tênis de mesa. Vemos hóquei no gelo, handebol, vemos isso no futebol e em outras ligas nos Estados Unidos, mas também na Europa e também em outros continentes. Em nenhuma dessas competições, incidentes de segurança aconteceram", afirmou o dirigente alemão.

 

Desde a invasão da Rússia à Ucrânia, em fevereiro do ano passado, atletas do país e do aliado Belarus passaram a sofrer sanções esportivas. Em algumas modalidades, eles competem como esportistas neutros e por causa disso, alguns adversários se recusam a cumprimentá-los ou até mesmo jogar.

 

Alexandra Xanthaki, relatora especial das Nações Unidas (ONU), está assessorando o COI na discussão da questão. Ela é favorável à permissão de soldados russos que lutaram na guerra da Ucrânia a competirem em Paris, por considerar discriminatório o banimento de atletas militares.

 

"Não acho que faça sentido excluir todos os soldados e militares russos. É discriminatório porque havia muitos outros atletas de outros países em operações militares ativas e nunca foram excluídos. No entanto, todo atleta deve ser excluído se for considerado culpado de atrocidade, de graves violações dos direitos humanos em tempos de guerra, incluindo crimes contra a humanidade e genocídio. Também podem ser excluídos se forem considerados culpados de propaganda de guerra", disse.

 

A participação dos atletas da Rússia e do Belarus precisa ser definida nos torneios pré-olímpicos deste ano. Uma opção seria que eles disputassem sob bandeira neutra. Além disso, existe a possibilidade de colocar os russos em competições classificatórias asiáticas, já que a rejeição entre países europeus é grande. Mais de 90% do território russo está localizado na Ásia, mas tradicionalmente a nação sempre esteve presente nas competições do Velho Continente.

 

Os Jogos Olímpicos de Paris-2024 estão programados para serem disputados entre os dias 26 de julho e 11 de agosto do ano que vem.

Putin visita cidade ucraniana de Mariupol; território está ocupado desde o início da guerra na Ucrânia
Foto: Sputnik/Mikhail Metzel/Pool via REUTERS

 

O presidente russo Vladimir Putin esteve na cidade de Mariupol, neste domingo (19).  Esta é a primeira visita do chefe do Kremlin ao território ocupado desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022. Putin voou para Mariupol de helicóptero.

 

Desde maio passado, o porto de Mariupol, localizado no Mar de Azov, no sudeste da Ucrânia, está ocupado pelas forças russas.  

 

Segundo a mídia russa, o líder russo percorreu vários bairros de Mariupol, fazendo paradas e conversando com os moradores.

Dilma deve assumir presidência do Brics durante viagem de Lula à China
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A posse da ex-presidenta Dilma Rousseff  para o comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), nome oficial do Banco do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, deve acontecer no final deste mês na China. 

 

Neste período o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve estar cumprindo a etapa final de sua viagem ao país asiático, onde deve encontrar com sua aliada de longa data.

 

Com US$ 32 bilhões em projetos aprovados desde 2015, o banco, que  a própria Dilma ajudou a criar,  atualmente investe US$ 4 bilhões no Brasil, principalmente em rodovias e portos.Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a nova comandante da instituição tem a oportunidade de ampliar a inserção internacional no banco, mas terá dois grandes desafios: impulsionar projetos ligados ao meio ambiente e driblar o impacto geopolítico das retaliações ocidentais à Rússia, um dos sócios-fundadores.

 

Em relação à economia verde, o principal desafio de Dilma, que enfrentou conflitos com a área ambiental do governo nos dois mandatos de Lula, não será a adaptação às novas exigências ambientais dos projetos de infraestrutura.

 

“Nesse ponto, vai depender mais de quem coloca o dinheiro e financia os projetos, principalmente a Rússia e a China, que não têm esse perfil ambientalista, decidir colocar valores em projetos mais ambientais. A adaptação da Dilma ao perfil de economia verde é o menor dos problemas”, diz Carla Beni, economista e professora de MBAs da Fundação Getulio Vargas (FGV) em São Paulo. Ela, no entanto, lembra que a China pode usar o banco para suavizar a imagem de grande emissor de carbono e financiar esses projetos.

 

Já em relação à Rússia, o doutor em relações internacionais na Universidade de Lisboa e membro da Associação Portuguesa de Ciência Política, o economista Igor Lucena, as sanções por causa da guerra na Ucrânia estão impedindo o banco de emitir títulos no mercado financeiro europeu e norte-americano. A nova presidenta da instituição terá de encontrar opções para captar recursos fora do Brics.

 

“Haverá uma maior necessidade de a presidente Dilma articular com países não atrelados às sanções contra a Rússia para que o banco possa emitir títulos, dívida em estados e regiões que sejam capazes de absorver esses papéis e dar capilaridade de financiamento ao banco. Talvez esse seja o maior desafio da ex-presidente Dilma dentro do Brics: a situação internacional da Rússia e como isso impacta dentro do próprio banco”, diz Lucena.

Em meio a guerra, Zelensky convida Lula para reunião presencial na Ucrânia
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / EBC

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que convidou o chefe do executivo do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para uma visita à Ucrânia a fim de realizar uma reunião. A declaração foi dada nesta sexta-feira (24), dia em que o confronto entre os ucranianos e os russos completa 1 ano.

 

“Eu lhe mandei convites para vir à Ucrânia. Realmente espero me encontrar com ele. Gostaria que ele me ajudasse e apoiasse com uma plataforma de conversação com a América Latina. Estou realmente interessado nisso. Estou esperando pelo nosso encontro. Face a face vou me fazer entender melho", disse Zelensky.

 

Na última quinta-feira (23), Lula apoiou uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que condena as "nefastas consequências humanitárias" da invasão da Ucrânia pela Rússia (veja mais aqui). Na gestão de Jair Bolsonaro (PL), o Brasil havia optado por uma posição de neutralidade.

Balé russo sobre surto de Covid-19 três semanas após retorno aos palcos
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Uma das mais renomadas companhias da Rússia, o Balé Mariinsky, que foi um dos primeiros a retomar as apresentações durante a pandemia, teve um revés. 

 

Segundo informações do jornal O Globo, a companhia, que chegou a promover bailes de gala e apresentações completas, distribuindo máscaras, luvas e fazendo distanciamento entre poltronas, acabou tendo que voltar atrás, no dia 13 de agosto, e suspender os espetáculos, aulas e ensaios.

 

Apesar do Balé Mariinsky comunicar a pausa sem explicar os motivos, o serviço de notícias russo Interfax informou que a medida ocorreu porque que cerca de 30 pessoas estão com Covid-19 e o dançarino britânico Xander Parish, principal solista do Mariinsky, confirmou o surto, apesar das medidas de segurança adotadas pela companhia.

 

Segundo o bailarino, primeiro um membro apareceu com febre, "depois mais um, mais um e mais um”. Diante da situação, a equipe recebeu um e-mail com orientações para se manter em quarentena até serem testados. 

Porta dos Fundos: Moro aguarda decisão de juiz para analisar extradição de acusado de ataque
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Após Eduardo Fauzi, um dos suspeitos envolvidos no ataque à sede do Porta dos Fundos, ocorrido na véspera do Natal de 2019, fugir para a Rússia (clique aqui), as autoridades brasileiras estudam sua extradição.


De acordo com informações do blog de Matheus Leitão, no G1, interlocutores do ministro da Justiça, Sérgio Moro, informaram que a pasta aguarda um pedido formal do juiz responsável pelo caso para tentar pedir a remoção do suspeito para o Brasil, onde ele teve um mandado de prisão expedido no dia 30 de dezembro, um dia antes da fuga.


Ainda segundo a publicação, após receber um pedido formal no Judiciário, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado ao ministério de Moro, analisa se a documentação é compatível com o processo de extradição, que exige decretação da prisão ou uma condenação de pena privativa de liberdade. Caso tudo esteja de acordo com os trâmites legais, o ministério encaminha a solicitação ao Itamaraty para que seja formalizado o pedido para a Rússia.

Em shows com o Neojiba, Daniel Boaventura lança DVD em Salvador
Foto: Divulgação

O soteropolitano Daniel Boaventura retorna a Salvador no mês que vem para duas apresentações. O artista vai apresentar o show de seu novo CD e DVD, "From Russia With Love", nos dias 9 e 10 de novembro no Teatro Castro Alves (TCA).

 

O álbum recebeu esse nome porque foi gravado em Moscou, na Rússia. Nas apresentações na Bahia, ele será acompanhado pela Orquestra Castro Alves (OCA). “Lançar esse novo trabalho na minha terra natal com regência do maestro Marcos Rangel e acompanhado por 80 jovens músicos residentes de um projeto social tão importante e respeitado na Bahia e no mundo, quanto o NEOJIBA, do qual meu pai, Dr. Edivaldo Boaventura, foi conselheiro, realmente não tem preço", ressalta Boaventura.

 

Nos shows, o cantor interpreta grandes sucessos da música mundial, como "Just The Way You Are", "Corazon Espinado" e "Fascinação". Além de inglês, português e espanhol, ele também vai cantar em italiano e russo.

 

“Estou muito feliz por este trabalho. A Rússia é um país de grande força. Um país que resistiu, que tem uma pujança cultural ainda, creio eu, não totalmente descoberta pelo mundo ocidental, e uma beleza fora de série. A qualidade dos músicos, a afinação, a generosidade, eles foram incríveis. E o maestro? Alexey Vereshchagin, um gênio, um popstar na regência. O resultado final é excelente", conta Daniel. 

 

Como as apresentações de Boaventura sempre terminam em clima de festa, a sequência final será marcada por "Last Dance", "Never Can Say Goodbye" e "Dancin' Queen" até o encerramento do concerto com "Can't Take My Eyes Off You".

 

Os interessados em assistir às apresentações já podem adquirir as entradas por meio do portal Ingresso Rápido, na bilheteria do TCA ou nos postos SAC dos shoppings Barra e Bela Vista. Os preços variam entre R$ 60 e R$ 180.

 

SERVIÇO

O QUÊ: Lançamento do DVD “From Russia With Love”

QUEM: Daniel Boaventura e Neojiba

QUANDO: 09/11, às 21h | 10/11, às 20h

ONDE: Sala Principal do Teatro Castro Alves

QUANTO: Filas A a P - R$180,00 (inteira) e R$90,00 (meia), Filas Q a Z6 - R$150,00 (inteira) e R$75,00 (meia), Filas Z7 a Z11 - R$120,00 (inteira) e R$60,00 (meia)

Músicos do Rammstein se beijam no palco em protesto às leis homofóbicas na Rússia
Foto: Reprodução / Instagram

Durante um show realizado recentemente em Moscou, na Rússia, músicos do Rammstein protestaram contra a legislação homofóbica do país governado por Vladmir Putin. 


Quando o grupo de rock alemão tocava a música "Auslander" os guitarristas Landers e Richard Kruspe se beijaram, para expressar de forma clara a oposição às leis russas, que reprimem a classse LGBTQ+.


Uma foto com o registro do momento foi divulgada na conta oficial do grupo no Instagram, acompanhada da legenda: “Rússia, nós te amamos”.

'Rocketman': Rússia proíbe cenas de sexo gay em filme sobre Elton John
Foto: Divulgação

A empresa responsável por distribuir na Rússia o filme biográfico sobre Elton John censurou cenas de amor homossexual e de consumo de drogas na versão que foi exibida nesse país, de acordo com críticos que assistiram ao filme nesta sexta-feira (31) em Moscou. 

 

Segundo informações da France Presse, a empresa confirmou ter feito essas modificações por razões legais, sem outras explicações. “Todas as cenas de beijos, amor ou sexo oral entre homens foram cortadas”, comentou no Facebook o crítico de cinema russo Anton Doline. 

 

“Rocketman”, que foi apresentado no Festival de Cannes, aborda o sucesso de Elton John, um dos primeiros cantores abertamente gay e sua luta contra as drogas, sexo e álcool. 

 

Segundo a agência, desde 2013, existe uma lei que pune com multa ou prisão qualquer ato de “propaganda” homossexual em frente a menores. Mas, não deixa claro se isso se aplica ao filme, que será proibido para menores de 18 anos quando for lançado na Rússia, na semana que vem.

 

O ministro russo da Cultura, Vladimir Medinski, disse que sua pasta não foi responsável pelos cortes, argumentando que "tudo é decidido pelo distribuidor", segundo a agência Ria Novosti. De acordo com o crítico Anton Doline, a distribuidora também alterou a mensagem que aparece no final do filme: o texto original indica que Elton John encontrou o amor e cria duas crianças com uma pessoa do mesmo sexo, a versão russa diz apenas que ele criou uma associação de luta contra a aids.

Terapeuta brasileiro preso na Rússia já escreveu três livros na prisão
Foto: Reprodução / UOL

Preso há dois anos em Moscou, o terapeuta e professor Eduardo Chianca Rocha, de 67 anos, já escreveu três livros no período. A informação foi divulgada pela coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, que não informou o tema das obras.

 

Chianca chegava à Rússia, em agosto de 2016, para ministrar um curso de terapia alternativa quando foi pego com oito litros de ayahuasca, substância que possui efeito alucinógeno. Acusado de tráfico internacional de drogas, ele afirma que não sabia que o chá era proibido no país.

 

De acordo com a publicação, na semana passada, as autoridades russas permitiram que ele cumpra o resto da pena, que foi reduzida a três anos, no Brasil. Assim, a expectativa é de que ele retorne ao país em outubro.

Na Rússia, Mart’nália diz temer mais o racismo que a homofobia
Foto: Divulgação

Negra e homossexual assumida, a cantora Mart’nália comentou o cancelamento do show de Liniker durante a Copa do Mundo na Rússia, por medo de transfobia. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a artista que se apresentou no mesmo evento, disse não ter sofrido como a colega. “Não sabia que ela tinha ficado nervosa, mas eu não penso nisso, não”, comentou Mart’nália. “Por enquanto está tudo leve”, acrescentou, destacando que se preocupa mais com o racismo que com os ataques aos homossexuais no país, cujo governo proíbe manifestações de afeto entre casais homoafetivos nas ruas. “É mais fácil eu pensar na coisa do preto, que só ficou eu de preto num lugar. Mas homofobia e racismo tem no mundo inteiro”, ponderou.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Afinal, quantos ovos você come? O Cacique parece estar bastante interessado no assunto. Mais do que isso: mostrou que sabe tudo de conta! Enquanto isso, tem gente economizando ao invés de comprar um guarda-roupa novo. Mas sem salvação mesmo está nosso Cunha, que decidiu entrar numa briga de gigantes. Outro clima bom é pros lados de Camaçari. Acho que o único no paraíso por enquanto em solo baiano é Ronaldo do Buzu. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Capitão Alden

Capitão Alden

"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".

 

Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.

Podcast

Projeto Prisma entrevista Ivanilson Gomes, presidente do PV na Bahia

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O presidente do Partido Verde (PV) na Bahia, Ivanilson Gomes, é o entrevistado do Projeto Prisma na próxima segunda-feira (4). O programa é exibido no YouTube do Bahia Notícias a partir das 16h, com apresentação de Fernando Duarte.

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