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randolfe rodrigues
O líder do governo no Congresso Nacional, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), criticou a obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na execução dos trabalhos legislativos. Em conversa com a imprensa nesta quarta-feira (6), o congressista equiparou o impedimento das atividades aos ataques do 8 de janeiro, quando manifestantes depredaram as sedes do legislativo e judiciário federal.
Nesta terça (5), parlamentares da oposição protestaram contra a decisão que determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Em protesto, deputados e senadores adotaram uma estratégia de obstrução nas atividades do Congresso Nacional. O mecanismo é utilizado para dificultar ou impedir votações nas Casas Legislativas.
“Me parece que isso mais se assemelha à chantagem. A gente aprende com a polícia que quando o sequestrador está fazendo chantagem, a gente não cede à chantagem porque se ceder à chantagem desse jeito, o sequestrador pega costume. Então se isso virar pauta, toda vez alguém que se sente prejudicado em algum tema vai querer se acorrentar à mesa da presidência do Congresso Nacional, aí não tem mais Congresso funcionando. Já não basta o 8 de janeiro que eles depredaram tudo isso aqui, agora eles estão fazendo o 8 de janeiro de direto para fora, contra o Brasil e contra os brasileiros”, afirmou o senador.
Randolfe também defendeu que a dissolução da obstrução seja realizada com base no diálogo. Ainda nesta terça, é prevista uma reunião entre os líderes do Congresso, a qual, ao que tudo indica, a oposição não deve comparecer completamente.
“O que eu vou pedir agora na reunião é para eles pararem com isso. Eu já fui à oposição, fiz obstrução, mas obstrução abre a sessão do Congresso Nacional, da Câmara, do Senado, se diz que está obstrução, e quem tem melhor competência bota um número para votar. Mas isso não é obstrução, é uso arbitrário da força contra o Alexandre de Moraes, contra o presidente Lula, contra mim, não, é uso arbitrário da força contra o Brasil, contra os brasileiros”, disse o Randolfe.
Após manobra regimental orquestrada pelo líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), o Senado votou em plenário, nesta terça-feira (1º), o projeto que cria a Lei da Reciprocidade Econômica. A proposição foi aprovada por 70 votos a favor e nenhum contra, e agora segue para ser apreciada pela Câmara dos Deputados.
A manobra do senador Randolfe Rodrigues consistiu em reunir assinaturas suficientes para que o projeto fosse levado com urgência para o plenário. A matéria foi aprovada pela manhã na Comissão de Assuntos Econômicos, mas como estava em regime terminativo, teria que aguardar o prazo regimental de cinco dias para apresentação de eventual recurso no plenário. A iniciativa do líder do governo permitiu a votação do projeto ainda nesta terça.
O projeto da Lei da Reciprocidade Econômica teve sua votação apressada por reunir apoios entre o governo, a oposição e a bancada do agronegócio. O texto ganhou força principalmente em resposta ao chamado "tarifaço" imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e às possíveis restrições impostas a produtos brasileiros.
Com a aprovação no Senado, o projeto provavelmente será votado no plenário da Câmara na sessão desta quarta (2). Mesmo com a obstrução comandada pela oposição por conta da falta de definição a respeito do projeto da anistia aos presos do 8 de janeiro, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) pretende votar a urgência e depois o texto da proposta de autoria do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA).
Caso aprovado também na Câmara, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) terá poderes para suspender concessões comerciais e de investimentos em resposta a países ou blocos econômicos que impactam negativamente a competitividade dos produtos nacionais. Pelas regras atuais, o Brasil não pode aplicar tarifas unilateralmente a um país, o que poderia dificultar uma eventual resposta ao “tarifaço” de Trump.
O projeto permite ainda que a Camex possa adotar medidas de restrição às importações e suspender concessões, patentes ou remessas de royalties, além de aplicar taxações extras sobre os países a serem retaliados. A redação final no Senado foi elaborada pela senadora Tereza Cristina (PP-MS), que articulou detalhes do texto com técnicos do Itamaraty e do governo.
Um dos lados envolvidos na chamada “Guerra dos Bonés”, que movimentou o Congresso Nacional nesta segunda-feira (3), durante a sessão de abertura do ano legislativo, ganhou mais um integrante. O time governista que vem usando bonés azuis ou amarelos com a mensagem “O Brasil é dos brasileiros” foi reforçado nesta manhã de terça (4) com a adesão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em vídeo publicado em suas redes sociais na manhã desta terça (4), o presidente Lula, ao som de uma música de batucada, coloca o boné azul “O Brasil é dos brasileiros”. O vídeo é rápido, dura apenas alguns segundos, e o presidente nada fala, apenas posa sorri após vestir o adereço.
A “Guerra dos Bonés” foi deflagrada no último sábado (1º), quando ministros e líderes do governo, como Alexandre Padilha, Jaques Wagner e Randolfe Rodrigues, desfilaram pelo Senado com o boné azul “O Brasil é dos brasileiros”. Essa iniciativa foi idealizada pelo novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Sidônio Palmeira, que inclusive já providenciou a confecção de bonés de diferentes cores para ser distribuído entre os parlamentares que apoiam o governo.
A mensagem no boné busca ser um contraponto aos acessórios usados pelo presidente Donald Trump e seus apoiadores nos Estados Unidos e no Brasil. O ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, tem aparecido em vídeos e lives na internet ao lado de um boné vermelho lançado por Trump, onde se lê a palavra MAGA (Make America Great Again).
Após ser questionado pela imprensa a respeito da ideia do boné, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que é uma afirmação da soberania do povo brasileiro. “Aqui é o Brasil dos brasileiros. Tem gente que usa outros bonés, a gente usa boné do Brasil. Orgulho do Brasil. Ninguém vai bater continência, não.”, afirmou.
A ideia do governo levou à reação de parlamentares de oposição. Na sessão de abertura do ano legislativo, nesta segunda, um grupo de deputados usou um boné na cor verde e amarela. A frase bordada no acessório era “Comida Barata Novamente. Jair Bolsonaro 2026”.
Esses deputados inclusive gritaram palavras de ordens em alguns momentos da sessão no plenário da Câmara. No momento em que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, entregou a mensagem presidencial aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Mota (Republicanos-PB), os deputados vestidos com o boné gritaram: “sem picanha, sem café”.
Em outro momento da sessão, esses mesmos deputados gritaram outras palavras de ordem, como “Lula, cadê você?”, ou “Fora Lula”. A cada vez que esses deputados gritavam as suas palavras de ordem, do outro lado do plenário, deputados e deputadas governistas devolviam dizendo “sem anistia”.
Após a sessão, os deputados de oposição, vestidos com o boné verde e amarelo, foram para o Salão e Verde e gritaram “fora Lula”. O deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara, disse aos jornalistas que a ideia é rebater as ações da comunicação do governo federal.
“A ideia do boné foi do Sidônio. Então cada ideia dele nós vamos copiar e fazer melhor. Sidônio dá a ideia e a gente dá a resposta”, disse Sóstenes.
Do lado do governo, o senador Randolfe Rodrigues disse que a oposição vai ficar correndo atrás das iniciativas do governo, mas não vai conseguir ser melhor. “Os melhores garotos propaganda de bonés estão do lado de cá”, brincou o senador, que é o líder do governo no Congresso.
Além de Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), o MDB vem fazendo uma ofensiva para tentar filiar à legenda o senador Romário (PL-RJ).
De acordo com o portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, as conversas têm sido conduzidas pelo prefeito de Duque de Caxias (RJ), Washington Reis, atual presidente estadual do MDB no Rio.
A negociação faz parte da ofensiva do MDB para tentar retomar o posto de maior bancada do Senado, hoje com o PSD, com 15 senadores.
Na semana passada, o MDB filiou o senador Alessandro Vieira (SE). Com a filiação, a bancada da sigla foi para 11 senadores, empatando com o PL.
O MDB tenta ainda filiar Randolfe, atual líder do governo no Congresso. O senador, porém, disse que só avançará nas conversas em agosto.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.